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A Arte da Conservação da Natureza.

A Arte da Conservação da Natureza.
Mauricio Savi
out. 15 - 7 min de leitura
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Feliz é o homem para quem os cumes estão ao seu alcance... Porque as luzes que brilham em cima, iluminam tudo abaixo.      JOHN MUIR

A necessidade de proteger, conhecer e saber usufruir a natureza é aspiração de parcela da humanidade. Lembrando prezado leitor, que esta história de conservação é recente, talvez porque nós seres dotados do livre arbítrio nos divorciamos e adoecemos quando longe da integração deste sistema natural. O desafio aqui destas palavras é recordar partes da jornada da “vida”!

A Terra surgiu há cerca de cinco bilhões de anos: num ambiente primitivo com pouco oxigênio e rico em gases tóxicos. Nos primeiros bilhões de anos que se seguiram, nosso planeta foi habitado apenas por bactérias. Porém, um fato extraordinário ocorreu nesse período: algumas delas, as bactérias, passaram a explorar o hidrogênio, um recurso abundante, e a combiná-lo com oxigênio para obter a energia de forma mais eficiente que a usada pelos outros seres da época, surgindo a fotossíntese e a respiração celular.

Posteriormente, cerca de 3,5 bilhões de anos atrás, outro evento surpreendente surgiu; um novo tipo celular mais complexo, maior e mais eficiente na utilização dos recursos ambientais. Como isso ocorreu é algo misterioso e de verificação praticamente impossível, devido à nulidade de registros fósseis.

Num momento bem mais recente, há 230 milhões de anos (Ma) se formou o supercontinente denominado “Pangea”, circundado por um único oceano a Pantalassa. No entanto, há 200 Ma, este continente vem se fragmentando. A América do Sul e a África separaram-se por completo entre 130 e 100 Ma, juntamente com a Antártica, e a Austrália, e a Índia, que se situava ao sul do eixo terrestre, começa a sua rota para o norte, iniciando a colisão com a Ásia e posteriormente originando a cordilheira do Himalaia.

Praticamente ontem, isto é em relação a idade da Terra, (dois a três milhões de anos atrás) os períodos glaciais se iniciaram sendo os responsáveis pelo padrão atual de distribuição das espécies de plantas e animais que os livros e a vida atualmente nos ensinam.

No entanto, enfrentamos alguns dilemas contemporâneos, o conceito de evolução e adaptação de DARWIN (2003), em “Origem das Espécies”, observa as afinidades mútuas dos seres organizados, as suas relações embriológicas, a sua distribuição geográfica, a sua sucessão geológica e outros fatos análogos, diante dos quais chega-se à conclusão de que as espécies não se desenvolveram independentemente umas das outras.

Neste ponto quero chegar!  Um dos maiores cientistas da natureza Eduard Wilson em 2002, atraves dos estudos de geneticistas e paleontologistas afirma que todas as espécies atuais possuem um ancestral comum, considerando a aceitação epistemológica de que pertencemos a um “sistema”. Ou seja, eu, você, tudo e todos, somos de alguma forma UM!

Aqui passamos a compreender que nossa separação do conceito de sistema, trouxe doenças para nós e para o planeta, afinal, é possível assim concluir, temos o mesmo pai e a mesma mãe, mas agimos como um filhote desgarrado que rejeita suas ancestralidades, um comportamento quer por impulso ou imaturidade, tem feito as maiores modificações na nossa vida e de outras espécies, incluído as regulações energéticas da biosfera, gases, climas, aguas, entre outros, afetando as linhas de interligação dos meios naturais e empobrecendo os sistemas ecológicos.

Para entender o nosso comportamento atual, a palavra ECOLOGIA, provém do latim, onde Ekos é casa e Logus ou Logia, significa estudo ou saber, e isso envolve o processo evolutivo humano e as capacidades neuro-cognitivas que também possuímos e todas as nossas relações e a de outros seres com os demais na casa que compartilhamos, a Terra.

O problema da nossa crise ecológica e consequentemente de inúmeras doenças físicas e da alma que incutimos a nós e aos outros, demonstram que em algum momento da nossa história evolutiva, o “ser-humano” se dissocia de seus irmãos fragmentado a visão de comunidade biológica. Este comportamento que gera vulnerabilidades nas relações energéticas do sistema, e o ser humano no seu ato de arrogância, se auto classifica como população superior e mais evoluída, claro, dentro de seus próprios critérios e conceitos, e assim cria a visão da “teoria representacionista patriarcal”, que é absorção cerebral passiva de informações externas prontas, ocasionando distorções de comportamento, tanto em relação ao ambiente e a alteridade, o “eu” e ao “outro”.

Esta fragmentação traduz a separação do sujeito e do objeto, nos convencendo que somos separados do mundo (MATURANA e VARELA, 2001). Esta separação, talvez explique porque nos ofendemos equivocadamente quando somos chamado de animal! Afinal, os três reinos básicos são as rochas, o vegetal e o animal, em qual você se classificaria então?

Segundo FRANKEL e SOULÉ (1981), os dados que dispomos levam a admitir que esta separação de respeito a outras formas de vida, é o episódio em curso, mais intenso e causa de extinção maciça já ocorrida na história da vida, sem que a maioria dos seres humanos perceba a gravidade desse drama e com ele se sensibilize.

Contudo, há outros paralelos dos sentimentos e atitudes evolutivas que também desenvolvemos, como afirma TUAN (1974), um dos primeiros autores modernos que procurou sintetizar as afinidades humanas com a natureza através do conceito de “topofilia”: sendo o “elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico”. De acordo com WILSON (1999), é coerente afirmar que desenvolvemos a “biofilia”, que seria a tendência inata de nos interessar pela vida e pelas formas de vida, e em certos casos, nos ligarmos emocionalmente a elas.

Afirmo, isto não importa! Desde que possamos compreender e resgatar o nosso real posicionamento no sistema,  somos únicos, somos um, somos tudo, somos todos, com a mesma origem, e formamos uma família universal! Nos humanos, classificamos a vida artificialmente como “outras espécies ou reinos”, que tal rompermos estas classificações e entendermos que o todo e tudo é ha somente “energia” e na boa energia o amor se propaga, se dissipa na luz, por tanto que tal escolher iluminar a sua vida e assim iluminar a todo o universo?  

Afinal, Lavoisier ensina: na vida, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma! Então, que a Luz seja única, na sua, na  nossa e em todas as vidas!

 

Mauricio Savi, Professor, Mestre e Doutor em Conservação da Natureza, Montanhista, Mestre em Reiki Tradicional Tibetano.

 


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