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Anotações da Formação em Justiça Sistêmica

Anotações da Formação em Justiça Sistêmica
OLINDA GUEDES
set. 3 - 14 min de leitura
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                                                                  Anotações da aula de Olinda Guedes por                                                                                                                 Pietra  Derner Carneiro

“Quanto mais o tempo passa, mais compreendemos as coisas; o que é ordem, o que é hierarquia.”

“A escritura cursiva faz novas sinapses.”

“Constelações são caminhos inéditos para soluções, novos caminhos, novas sinapses, novos jeitos de pensar.”

“Quando uma questão torna-se um tema do judiciário, ela revela que dentro do sistema existem memórias traumáticas transgeracionais”.

“Todas as situações em nossas vidas, que somos capazes de resolver sem recorrer ao judiciário, demonstram que não só estamos vivendo de modo funcional, como também que temos em nossas histórias sistêmicas ótimos padrões de resolução com relação as figuras parentais”.

 

“Seres humanos funcionam por padrões, assim como toda natureza. Quando existem experiências de exclusão dentro dos sistemas (orfandade), naturalmente constituem-se padrões de procura, de busca, pela figura parental excluída.”

“A fome de autoridade, de hierarquia é uma condição natural de equilíbrio dentro dos sistemas”.

“Memórias traumáticas, de perda das figuras parentais, e da ausência delas, também as memórias de injustiça, do desequilíbrio do dar e receber, também a experiência de privação e ausência de segurança, cria dentro dos sistemas uma condição de busca incessante de reparação, ordenação e inclusão.”

“Numa primeira estância, os indivíduos sofrem e se relacionam com seus pares, com seus iguais, buscando completar. Quando isso não é possível, quando o sofrimento é maior do que a condição desse organismo, naturalmente o indivíduo, a sua mente inconsciente, os seus padrões, atrairão um contexto mais complexo para fazer as resoluções.”

“Os sofrimentos podem ser elaborados:

Primeiro, pelos relacionamentos cotidianos: filhos, cônjuges, amigos, pais, fornecedores e clientes; num café da manhã, nas reuniões. Quando permanece em aberto alguma das fomes sistêmicas, naturalmente o organismo escala, estabelece relacionamentos no âmbito da saúde, financeiro e da felicidade.

Temos, portanto, aqui as instituições bancárias, da saúde e os tribunais.

Eric Berne percebeu que nesta fome de equilíbrio todos os seres chegam as últimas consequências. Ele chamou isso de jogos cotidianos, onde um se sente um pouco mal e o outro também; mas todos tem a sensação de estarem vivos e pertencem.

O segundo nível é adoecer; neste nível nós já encontramos os tribunais, o judiciário, o advogado, a promotoria, a magistratura.

Por exemplo: o indivíduo adoece e lhe é negado o direito da assistência da medicação. Então ele recorre aos tribunais para ter uma chance de sobrevida. Eric chamava de jogos de segundo grau.

Existem chances de viver, mas depende de muitos sistemas para não morrer. Depende da figura patriarcal, nas suas diversas funções. O que protege, o que estabelece consequências, o que arbitra.

Num (terceiro) próximo movimento, quando os emaranhamentos ainda não foram resolvidos, e são padrões antigos e graves, os indivíduos buscam a última chance, e muitos deles tornam-se prisioneiros, vítimas ou perpetradores, oferecendo suas próprias vidas para completar algo no seu grande sistema de origem.

Eles estão nos presídios e também nos cemitérios. São padrões, condições sistêmicas, que permanecem a espera de renascer, de algo totalmente novo. Estes indivíduos carregam para seus sistemas as tarefas mais difíceis; são divisores de água dentro dos seus sistemas.

As constelações são ferramentas sensoriais para fazer intervenções e modificar esses padrões sem depender do tempo mecanicista e de fatos que podem levar ao caos na tentativa de completar.

Portanto, um constelador está sempre a serviço da solução. Se essa solução significar reparação de danos causados, ela será experienciada numa curta fração de tempo, de modo sensorial, liberando o indivíduo e seu sistema do sacrifício, da renúncia; liberando-o para viver o seu talento, a sua individualidade e sua boa contribuição dentro do seu sistema.

Portanto, um constelador só pode atuar junto a tribunais e instâncias que buscam soluções; que olham além do aparente. Que observam o indivíduo como responsável e protagonista dentro do seu sistema.

Uma constelação só tem espaço quando existe a boa percepção.

As Constelações se fundamentam na psicologia cognitiva quando não julga e observa todas as situações do ponto de vista da intenção positiva, de manter vivo todo e qualquer sistema.

Enquanto o judiciário esta a direita do indivíduo, deliberando e arbitrando, ocupando o lugar das figuras parentais; os consteladores estão a esquerda do indivíduo, esta a serviço daquele vida. Contempla o indivíduo e todo seu sistema de origem. Jamais se colocando no lugar de seus pais.

Portanto, fica fácil de perceber porque o judiciário é tão sobrecarregado.

Tanto a advocacia, quanto a magistratura, promotoria... todas essas instâncias só existem se colocando, assumindo o papel das figuras parentais.

 

Um órfão sempre vai a um tribunal procurar os seus pais. E não há nada mais doloroso do que isso.

Talvez somente os hospitais e os doentes graves e crônicos. São situações da vida que experienciamos a condição absoluta da fragilidade e da dependência da criança às figuras parentais.

Deus é a expressão da figura parental mais plena de si.

 

É comum um prisioneiro ou um doente grave esperar por milagres. Ou não mais.

 

Esperança aqui significa “eu ainda acredito que posso ter bons pais”. Quem nada mais espera, está absolutamente ferido no vínculo de amor com seus pais ou com os pais dos pais dos pais...

 

Aqueles que mais sofrem não carregam apenas memórias pessoais, carregam memórias transgeracionais.

 

E a epigenética comprova isso.

Um sofrimento ou uma grande alegria, experiência intensa do sistema, criam padrões e códigos em nosso DNA que tornam-se características daquele sistema. Cor dos olhos, tom da pele, o tipo de cabelo...

 

Quando menos reativos, menos em conexão ao nosso corpo de dor; quanto mais meditativos, mais estaremos seguindo nosso destino.

Ninguém precisa sofrer com o destino que tem, a menos que queira.

 

As circunstâncias é o destino.

Inteligência emocional. Mais criativo, menos reativo.

Questões do judiciário são as mais difíceis da existência humana.

Devemos sempre atuar olhando para a solução.

 

 

“Os filhos chegam, mas somente quando os pais dizem ‘sim’. Elas não existem até os pais dizerem ‘sim’.”

 

E para tornar-se pai é preciso dizer sim.

 

Se o seu filho não está em primeiro lugar, ele torna-se disfuncional, órfão.

 

“Enquanto houver jogo de poder, não há solução, só emaranhamento”.

 

Quando nossos pais estão conosco, não precisamos carregar o mundo nas costas.

 

Nossa cruz nunca é pesada. Nenhuma cruz é pesada. Quando é pesada, estamos carregando a cruz de outras pessoas.

 

“Nenhum juiz, nenhum padre, nem o papa, é melhor que seus pais”.

 

“Eu permaneço seu filho mesmo que eu saiba muito. Jamais serei melhor”.

 

Profissionais sobrecarregados julgam seus pais.

 

Todo filho quer que os pais tenham orgulho dele. Assim, eles também não se sentem sobrecarregados.

 

Felicidade, alegria = nossos pais junto com a gente, apoiando.

“A mãe que veste os filhos. O que faz amadurecer é a mãe”.

‘Eu expresso aquilo que eu quero ser?’

Os melhores servidores são aqueles que não tem vaidade.

 

Enquanto o pai não toma seu lugar, o conflito permanece. Quando chega o pai, chega a ordem na casa. Quando a mãe está ausente, não tem paz. A paz vem da mãe. A ordem e o respeito do pai.

 

Quando menos a gente disputar poder, mais autoridade temos.

Nenhuma empresa deve cuidar do funcionário como mãe/pai.

[Ataque cardíaco = infarto]. – “Que mãe é obrigada a cuidar do filho que decide morrer?”

Aquele que mais recebe, mais pode oferecer.

 

Justiça trabalhista é o órfão exigindo dos pais, é onde encontra-se a inocência dos órfãos.

 

Quando nós não aprendemos uma lição, isso vai se repetindo em forma de outras oportunidades mais evidentes.

Sofrimentos recorrentes tem a necessidade de parar de ser cabeça dura.

Humildade de um pequeno ajuste.

As grandes injustiças do mundo começaram com o tráfico de pessoas.

 

Quem está na justiça, esta movido para a reparação de um dano. Precisa olhar para uma injustiça.

 

Toda profissão é uma constelação.

Um movimento natural para que os sistemas tornem-se completos.

 

Que lindo é se nossos filhos são portadores da gratidão, admiração dos pais.

 

“É necessário ajudar a pessoa a sair da reatividade”.

 

‘Quem dá valor é o pai’.

 

“Quem está em perigo, fome, precisa de um emprego”.

 

Nós só podemos ver a importância das coisas quando estamos extasiados, saciados.

 

“Quem dá importância é a mãe.”

 

“Quem serve, recebe. Quem antes quer receber, não pode merecer.”

 

Governo é a soma de todos nós.

 

A Alegria não tem preço, mas nós podemos ser remunerados pelo nosso êxito.

 

Há tanta abundância que nós não precisamos nos preocupar/disputar.

 

“O pai sempre vem depois da mãe”.

 

Só a mãe que abre o caminho do amor da criança em direção ao pai.

 

Primeiro vem a importância, depois o valor.

Nós só podemos tomar o pai, se passamos pela mãe.

 

Uma pessoa solitária é sempre uma pessoa fragilizada.

 

Às vezes o maior protagonista é a vítima.

 

Toda vítima carrega consigo o arquétipo do órfão. O órfão precisa adotar a si mesmo.

 

A vítima expõe, desprotege; esta pequena. Quem está pequeno não consegue ser pai ou mãe.

 

O mais importante entre o céu e a terra é o ‘eu’.

“Classe social tem ego”.

O empoderamento esta no indivíduo, ligado ao bem comum.

Sem conhecimento sempre seremos ignorantes e sofredores.

Consciência do criador: “não existe o outro”. O que dói no outro, dói em mim também.

Reagir seria usar as mesmas armas.

2% da humanidade consegue pensar que ‘eu não vou fazer para o outro o que eu não quero para mim’.

Precisamos sair do reativo para progredir.

Nós só precisamos de terceiros quando não estamos amadurecidos.

Precisamos de MEDITAÇÃO, ORAÇÃO, AMOR, CONTEXTOS.

 

Se não for por meio do amor de graça, da inocência, ninguém sai da contramão.

Todos nós temos memória de origem do amor de graça, de compaixão, gratuidade.

Cachorro tem instinto parental.

Pais só agridem filhos quando estão desvinculados do vínculo parental.

A gente encontra no nosso caminho pessoas iguais a nós, certas para nós.

Escravidão = tráfico de pessoas.

Crianças superdotadas tem senso de justiça.

“Violência doméstica: onde fica a honra? A honra dos viventes?”

A nossa alma não se cansa de procurar o amor.

‘Os maiores alquimistas são os poetas.’

- Equilíbrio entre amor e poder!

O constelador tem que estar sempre ao lado esquerdo do cliente.

“O que meu trabalho vai resolver no mundo?”

Na direita, ficam os juízes, os pais, os líderes... Na esquerda, os terapeutas e os consteladores.

 

Nenhuma pessoa precisa passar mal em uma constelação.

 

- Constelações Estruturais:

“Isto que nós estamos vendo faz sentido pra você?”

“Como você está se sentindo?”

 

Quando os pais abortam, cria-se um pânico dentro do sistema.

‘Vocês não podiam fazer isso.’

‘Não tem liberdade de fazer isso’.

 

Os melhores representantes são aqueles que não pensam para fazer os movimentos.

 

Quando o cliente já chega nos tribunais, é porque já não tem a voz ouvida. E o cliente precisa ter voz.

 

Não podemos entrar nos papéis de perpetradores do sistema do cliente.

Todo ativista tem alguma memória de injustiça em seu sistema.

Quando não estamos aceitando bem o conhecimento sistêmico, talvez não esteja entendendo direito.

 

Não podemos trabalhar de maneira mecanicista.

“Quando é bem tratado e visto, ele volta”.

A pessoa se sente a vontade quando ela entra em contato com o amor, com a igualdade.

 

“A forma que eu estou me portanto facilita ou dificulta o que eu quero fazer?”

 

Perante fatos que nos chamam atenção, certamente tem uma dinâmica sistêmica atuando.

 

ATIVISMO: órfão pedindo justiça. Pedindo pai e mãe. Que ele receba condições suficientes de subsistência, material e afetiva.

Orfandade transgeracional. Quando está livre de emaranhamentos pessoais.

Quando é pessoal, ele não consegue ser ativista; fica preso no trabalho, etc.

O ativista luta para reparar a injustiça dentro do sistema, que envolve infância e orfandade.

 

Só podemos ajudar quando oferecemos um lugar para aquele sofrimento/situação no nosso coração.

Quando caminhamos com a sandália da pessoa.

Eu sinto/percebo o que você sente/percebe.

Imagem interna = eu devo tirar as minhas sandálias. Reverência!

É por conta de tanta vaidade que o mundo tem tanta injustiça.

“Por dentro, vá descalço.”

 

https://www.facebook.com/pietra.derner

 

OLINDA GUEDES é mãe, professora, terapeuta e autora.

Apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras. 

Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola Real, uma Escola de Saberes Úteis. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável. 

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