Olinda, muitos casos de aborto na família, como posso incluí-los se nem sei quantos são?
Cara estudante,
Ai, meu Deus!
Enquanto leio essa pergunta me vem a sensação de uma chuvinha mansa durante o anoitecer e uma frase que minha mamãe sempre dizia:
- Deus sabe de todas as coisas.
Com todo este tempo de terapia e escutar corações doloridos meus olhos lêem esta frase assim:
- Olinda... tantos morreram, tantos foram assassinados. Foi assim, fatos, acontecimentos. Talvez não houve pranto, luto, arrependimento, tristeza, saudades.
Uma afirmação assim seria verdadeira em relação a este sistema?
De todo modo o amor que bate à porta sempre tem um bom lugar no meu coração.
Como incluir?
Olhando com amor o quanto o anonimato nos faz sofrer. O quanto nossa dor quando ignorada aumenta ainda mais a extensão da ferida.
Não é um mero exercício de barganha:" - vou desenhar trinta e duas mandalas para que todos estejam incluídos. Amém."
É um exercício de amor, compaixão, caridade, empatia, arrependimento pela ignorância que levou ao sofrimento ou por tudo o que deixou de ser ou por tudo o que foi.
Você imagina como é?
A vida fica tão linda depois do deserto. Caminhe por ele e encontre o oásis.
Um abraço florido de amor
Olinda Guedes