Ao ler o livro a Arte da Guerra de Sun Tzu e ao analisar a filosofia das Constelações Sistêmicas de Bert Hellinger podemos observar que existem pontos fundamentais e que são convergentes, pois para sermos vitoriosos na vida e no mundo empresarial eles devem ser compreendidos. Entre eles destaco:
- “Será vitorioso aquele que sabe quando lutar e quando não deve entrar na guerra, aquele que sabe usar tanto as grandes como as pequenas forças, aquele que tem as tropas unidas pelo mesmo propósito, aquele que é prudente e fica na espera pelo inimigo cujos generais são capazes e não sofrem influências de um soberano.”
Nas Constelações, também, um bom constelador deverá saber quando possui ou não condições para atender o cliente. Não havendo esta condição o mesmo deve, com toda honestidade e respeito, dizer-lhe que aquele problema não se encontra em seu coração. Da mesma forma, um bom constelador não deve sofrer influências de seu constelado, pois a sua intervenção deve ser realizada levando em consideração os princípios da Constelação Sistêmica e as métricas da Ordem da Ajuda, de forma que a cura possa ser promovida.
- “Um general habilidoso respeita os ensinamentos e adota o comando e a disciplina total.”
Da mesma forma, um constelador habilidoso deve ter disciplina e habilidade para lidar com o seu cliente. Deve compreender e trabalhar de forma respeitosa os princípios da constelação: pertencimento, compensação e ordem, bem como todos os demais fundamentos sistêmicos.
- “Conhecendo o inimigo como conhece a si mesmo, a vitória nunca estará em perigo, conheça o terreno, conheça o clima, assim a vitória será total.”
O constelador que conhece e respeita com profundidade os princípios sistêmicos, que conhece o seu terreno, também garante a cura de seu paciente. Conhecer o território de seu cliente o levará saber quais são os recursos que poderão ser utilizados para a cura do mesmo.
- Complementando a lição acima, a outra lição que se tira da obra A arte da guerra é que é “muito importante conhecer o inimigo, os métodos de ataque dele, enfim, deve-se conhecer o máximo possível, mas, além disso, também se deve conhecer muito bem sua equipe e principalmente a si mesmo, saber usar suas forças e fraquezas para dotar a melhor estratégia de ataque usando o melhor que se tem, agir em conjunto atacando o ponto mais fraco do inimigo, assim vencendo.”
Nesse aspecto, o constelador também deve conhecer os fundamentos do trabalho de um terapeuta sistêmico, de forma que possa e consiga utilizar os melhores recursos e as melhores soluções para o seu cliente, pois conforme diz a nossa professora Olinda Guedes: Você só pode oferecer aquilo que você tem em seu coração. O constelador precisa ter flexibilidade para mudar o que está dentro dele para, posteriormente, mudar o seu cliente. O constelador sistêmico deve entender que o que nutre os seus pensamentos limitantes, também limitará o comportamento do seu cliente, pois quando ele (constelador) se transforma, por consequência, transforma o seu cliente.
- Os ensinamentos de Sun Tzu dizem: “Na guerra existem cinco fatores que são essenciais para o ataque e o convívio entre as tropas do exército e o comandante, o primeiro seria a influência moral, havendo harmonia entre povo e seus líderes; o segundo é o tempo que diz respeito a das condições climáticas; (...) e em quinto, a disciplina que é o respeito entre as hierarquias”.
É lindo observar que Sun Tzu, filósofo-estrategista, foi um general chinês que viveu de 544 a 496 a.C. e sabiamente já aplicava um dos princípios fundamentais que, posteriormente, foi proposto e ensinado por Bert Hellinger: o princípio da hierarquia, da ordem.
Respeitar os que vieram antes significa manter a ordem. O respeito pelos que chegaram antes.