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CONCLUSÃO MÓDULO 2

CONCLUSÃO MÓDULO 2
Mirtes Hemke
set. 21 - 7 min de leitura
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ACONTECIMENTOS DA MINHA VIDA QUE RECONHECI ATRAVÉS DO ESTUDO DO MÓDULO 2.

Na verdade, sinto que já trabalhava de forma sistêmica muitas situações que vivenciei, só não tinha conhecimento desta técnica.

As leis do amor e os movimentos que curam, falam alto em todos os sistemas familiares.

Eu já vivi em minha vida, muitas situações de emaranhamento, lealdade, exclusão, inversão de papéis, as vezes como protagonista outras como espectadora. Pertenço a uma família de 11 filhos, eu sou a última filha do casal.

Fomos criados com muito respeito, amor, firmeza. Conhecendo limites, hierarquia e ensinados a assumir as consequências dos nossos atos.

Meu irmão número 10, quando era pequeno vendia picolé, pra comprar presente pra mãe, no dia das mães. Ele dava em nome dele e em nome dos irmãos menores, que não tinham recursos para comprar.

Quando eu era pequena, nunca vestia vestido sem vestir um shorts por baixo, mas não lembro de terem me dito que menina tinha que andar assim. Gostava de me vestir assim, também na minha adolescência, lembro que minha mãe dizia que não precisava mais andar assim, que eu não era mais criança.

Meus pais sempre nos incentivaram a estudar. Meu pai não queria que as filhas mulheres trabalhassem. Tivemos que começar trabalhar, como se estivéssemos indo estudar, sempre com o apoio e aval da nossa mãe. Quando recebemos nosso primeiro salário é que contamos que estávamos trabalhando, ele aceitou sem problemas.

Vivi um sentimento de lealdade com meu pai, que não queria que me casasse, para eu cuidar deles. Quando me casei construímos nossa casa casa no fundo da casa dos meus pais, sempre moramos perto, apesar dos desentendimentos dele e do meu marido, eu não tinha coragem de morar em outro lugar. Procurávamos imóvel pra comprar, mas nenhum me agradava. Só depois que meu pai desencarnou, é que consegui encontrar um apartamento que me agradou. E foi com a força e a bênção da minha mãe que consegui desmanchar este que agora entendo ter sido um emaranhamento.

Sempre cuidei dos meus pais, mas sempre mantive meu lugar de filha. Vivi situações com meus filhos, em que meu filho mais velho, queria mandar no mais novo, como se fosse pai dele. Sempre chamava pra conversar e deixava claro a posição que cada um ocupava no seio familiar, sem ter conhecimento de que poderia ser um vínculo de amor interrompido. Agora já são adultos, e isso às vezes se repete.

Outra situação que preciso resolver através da constelação, é que meu filho mais velho cursou a faculdade de Ciências da Computação, sempre foi excelente aluno, nunca pegou prova, sempre passou direto. No último ano fez estágio, foi aprovado, foi aprovado em todas as disciplinas, mas para colar grau teria que fazer o trabalho de conclusão do curso (TCC). Fez o TCC, teria que escolher um professor orientador, foi até a faculdade, falou com um professor que indicou outro colega, foi procurar o professor, que acabou indicando outro professor. Ele acabou ficando bravo, não foi atrás do professor e desistiu de se formar, faltando apenas apresentar o TCC. Fiz de tudo para tentar convencê-lo, mas não consegui. Hoje entendo ter sido algo muito forte, talvez uma memória transgeracional, para que isso tenha ocorrido.

Outro problema que vivencio e que tenho que resolver, é com relação ao meu marido. Ele tem comportamentos que não condizem com o contexto, às vezes está tudo bem, de repente ele tem umas atitudes e fica tudo mal. Fui investigar seu sistema familiar e descobri que sua bisavó materna era índia e foi caçada como um animal. Pelas constelações que assisti, deduzo que este comportamento se dá devido a esta situação. Nossa, agora que estou realizando esta tarefa, estou tendo insights, deve ser por isso também que meu filho mais novo é obeso, está querendo que sua bisavô seja vista.

Outra situação que analisei, na família do meu marido, que a mãe dele e todas as tias, tanto do lado materno, quanto paterno, ou ficaram viúvas ou se separaram, e uma delas nunca se casou e acabou se juntando com seu sobrinho, 15 anos mais novo que ela.

Minha família, tanto do lado materno, como paterno tinham poses, boa condição financeira, nada de trágico ou doloroso aconteceu em suas vidas até a geração dos meus bisavós, que eu tenho conhecimento. Não conseguiram manter seus bens, por serem bons demais e ajudar ou avaliar as pessoas, mas nunca passaram fome, ou outro tipo de dificuldade.

Trago esta característica dos meus avós, procuro sempre ajudar as pessoas, mas tomo o cuidado pra dar, o que posso oferecer, sem que me prejudique com isso.
Vi numa reportagem de tv, um senhor muito parecido com meu pai, pedindo comida, pois estava doente e gastava muito com remédio. Fiz campanha com meus alunos e fomos até a casa dele, que ficava no mesmo bairro da escola que eu trabalhava, levar cestas básicas pra ele.

Acabei adotando o casal. Visitava-os sempre, em todas as datas, Páscoa, dia das mães, dia dos pais, Natal, e levava presentes para eles. No dia das mães, fiquei triste, e ao mesmo tempo emocionada, com a felicidade da dona Maria, me abraçou chorando e disse que tinha 7 filhos e que nenhum tinha lembrado dela.

Como moravam numa área verde, e numa zona de risco, a prefeitura doou uma casa em outro bairro pra família. Eu, meus alunos e meus familiares, ajudamos na campanha para mobiliar a casa. Doei um jogo de quarto para o casal de idosos. Hoje, a família está bem encaminhada. Fiquei muito feliz em poder ajudar. Estou sempre envolvida em causas sociais, para ajudar os menos favorecidos, e isso enche meu coração de alegria e felicidade.

Depois que me envolvi em trabalhos sociais, nunca mais tive problemas financeiros. Ainda vou adotar um casal de idosos carentes, na minha cidade natal, e vou dar a eles o amparo que eles merecem.

Vou me tornar terapeuta, quero muito me colocar a serviço da vida, pra poder ajudar as pessoas a serem mais saudáveis, mais prósperas e mais felizes.

Estou lendo os livros indicados, fazendo os fichamento, completando todas as tarefas, refletindo sobre minha vida, procurando transformar as constelações familiares em um estilo de vida.

Gratidão amada Mestra Olinda, por dividir conosco tanta sabedoria!


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