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FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS

FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS
Márcia Regina Valderamos
nov. 25 - 9 min de leitura
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LEMA DA ESCOLA REAL: “CUIDAR DO SER”

LEMA DOS TERAPEUTAS FORMADOS POR OLINDA GUEDES: “QUEM SE IMPORTA SERVE E SÓ SERVE QUEM SE IMPORTA”

LEMA PARA ATENDER ENQUANTO TERAPEUTA DA ESCOLA REAL: “ANTES FEITO QUE PERFEITO!”

Preparar-se para receber o cliente de forma acolhedora, confortável. A sessão é para ele, logo os meios tecnológicos, as ferramentas de intervenção e os conhecimentos terapêuticos deverão estar de acordo com as necessidades e possibilidades do cliente para que o momento de atendimento seja privativo, atencioso e afetuoso. Se possível, fazer o primeiro contato sem intermediários.

Diante do cliente, devemos sempre estar em estado de presença, reverenciando de maneira respeitosa a sua queixa, o seu estilo de vida, as suas necessidades, os seus sofrimentos, bem como de todo o seu sistema e também daqueles com quem ele convive.

Para servir adequadamente, sem desrespeitar à quem servimos, devemos obedecer as Ordens de Ajuda compiladas por Bert Hellinger:

1ª – OFERECER SOMENTE AQUILO QUE SE TÊM: O cliente precisa estar bem esclarecido sobre o que vamos disponibilizar à ele e o que podemos lhe oferecer. Só podemos oferecer o que estamos aptos.

O cliente é parte fundamental no processo de seu tratamento. Ele é a razão do processo e só ele é quem será tratado pelo terapeuta sistêmico que o respeitará, sem julgamentos. Não há como modificar ninguém, não há mágica. O próprio cliente fará as suas transformações individuais com a ajuda do terapeuta.

A relação entre o terapeuta e seu cliente é entre adultos e ambos trabalham para atingir um objetivo em comum que é a solução para o tema proposto, com análise dos caminhos para a possibilidade da cura. Para que isso aconteça de maneira eficaz, o terapeuta disponibilizará todas as ferramentas e técnicas sistêmicas que conhece e confiará que o cliente é capaz e flexível para modificar o que for preciso e que o mesmo se aplicará em transformar seus padrões e melhorar o seu estilo de vida.

As intervenções sistêmicas atuam sobre o indivíduo e a partir dele acontece uma ressonância com o seu meio.

COMO TERAPEUTA, ENTREGAR SOMENTE O QUE O CLIENTE REALMENTE NECESSITA E PEDIR O QUE É ESSENCIALMENTE NECESSÁRIO.

2ª – TOMAR A REALIDADE COMO É:

Considerar a queixa do cliente dentro do contexto em que ocorre. Acolher e respeitar a queixa, mas também cada detalhe do todo. Levar em consideração todas as circunstâncias, verificando quais os sofrimentos que estão ali. Olhar sistemicamente para o problema e para a solução. Perguntar sempre: Quem? Como? Quando? Desde quando? Porquê? Para quê?

3ª – RESPEITAR A LEI DA COMPENSAÇÃO, DO EQUILÍBRIO:

O terapeuta deve tratar o cliente como igual: dois adultos, dois capazes, duas pessoas que tem o poder, que tem afeto. Terapeuta e cliente são igualmente protagonistas. É uma relação através do diálogo e não da imposição. O terapeuta deve conduzir o cliente a avaliar as suas atitudes, ressignifica-las e adaptá-las ao que deseja obter. Ele deve se convencer do que é bom para ele. Ele pode e deve fazer por si mesmo o que necessita. O terapeuta facilita essa tarefa com as técnicas que possui.

4ª – O TERAPEUTA RESPEITA O CLIENTE, SUA DOR E OS SEUS, NÃO JULGA O CLIENTE E TAMPOUCO O SEU SISTEMA, CONSIDERA, ACOLHE, ESCUTA  A QUEIXA DO CLIENTE E TAMBÉM QUEM OU O QUÊ O FAZ SOFRER,  É EMPÁTICO – “ O TERAPEUTA SE COLOCA DO LADO DE QUEM, CONTRA QUEM, O CLIENTE TEM UMA QUEIXA” (LEMA DA OLINDA GUEDES)

5ª – O TERAPEUTA SÓ PODE AJUDAR A QUEM ELE CONSEGUE DAR UM LUGAR NO CORAÇÃO:

Enquanto ser humano, todo terapeuta tem seus limites e nem todos os casos conseguirão ser atendidos, por isso deve-se autoconhecer e saber as suas feridas interiores e os seus limites, os quais deve tratar.

Caso não possa atender, tem a obrigação de ser honesto e avisar ao cliente que não poderá fazê-lo, mas que seu caso tem como ser tratado por outro profissional que consiga acolhê-lo em seu coração.

Quando está tratando de um cliente não poderá misturar os seus problemas com os dele. Deve estar consciente do que é seu e, caso não consiga separar, não poderá atender essa pessoa.

GRAMÁTICA DAS CONSTELAÇÕES:

É a leitura que o terapeuta faz durante a intervenção sistêmica das Constelações, sempre lembrando que tudo são sinais na relação com o cliente, desde o primeiro contato para o primeiro agendamento.

Anotar todas as observações enquanto hipóteses a serem ou não confirmadas durante o processo. Por exemplo: cliente que desmarca a sessão. Porque desmarca, como desmarca, talvez tenha a ver com o tema que ele trouxe.

Clientes que se preocupam com o dinheiro podem ter problemas com a figura paterna, aqueles que tem problemas com tempo (quer mais tempo de atendimento, quer horários impossíveis, atrasa) podem ter problemas com a figura materna.

Clientes adultos que falam muito pranteiam e podem ter lágrimas represadas, não choradas. O cliente que não fala traz a ideia de que têm segredos no sistema que podem estar identificados com traumas.

Pessoas dentro de um trauma não conseguem falar. Um evento traumático pode criar bloqueio no falar e no pensar, essa memória de evento traumático pode ser associada à uma memória da infância. A pessoa pode estar infantilizada, sem condição neurológica para entender, pensar e elaborar o que está sendo perguntado, então, ela não fala. Os clientes que duvidam que o processo terapêutico será satisfatório estão regredidos, infantilizados e procurando um adulto que faça por eles. Se sentem impotentes, incapazes e frágeis. Deve-se lembrar o cliente que cura é jornada e que o processo de cura dura, no mínimo, vários meses. Não existem soluções mágicas.

Tanto os clientes que querem levar vantagem em tudo (querem escolher o valor pago pelo atendimento) como aqueles que se queixam pelo oposto, são pessoas que estão, em polos opostos da mesma ferida, identificadas com memórias pessoais ou transgeracionais de orfandade. Os inadimplentes, por exemplo, estão identificados com os perpetradores, os aproveitadores dentro do sistema.

Para que o cliente tenha alta é preciso verificar se o que ele trouxe de problema foi solucionado, se ele está feliz no seu dia a dia, satisfeito com o que ganha e como utiliza esse dinheiro, se saboreia com prazer a vida e tudo o que faz, se é feliz com quem vive, no lugar que vive, se têm lazer, se a alimentação e condicionamento físico são adequados, se está em paz consigo e em seus relacionamentos.

FRASES DE SOLUÇÃO:

As frases utilizadas para a solução das questões vêm do coração do terapeuta para tocar o coração do cliente de maneira profunda, elas devem ser elaboradas com palavras que façam a ponte entre o estado atual do cliente e o estado que se deseja que ele chegue para obter a cura no menor espaço de tempo possível, com o menor sofrimento necessário. Essas frases devem ser de pertencimento, de compensação, de restabelecimento da ordem no sistema.

Por exemplo:

Agora eu te vejo (para situações de sofrimento), Olá, você é um de nós (para a inclusão de quem estava fora e esquecido pelo sistema).

Essas frases precisam estar de acordo com o contexto e ter sintonia e congruência com o que o cliente está experimentando. O momento de colocar a frase deve ser quando o cliente percebe do que precisa, nesse instante elas curam, completam, trazem o equilíbrio.

ATENÇÃO PARA COM O CLIENTE APÓS O TÉRMINO DA CONSTELAÇÃO:

Estabelecer rapport com o cliente, perguntando como ele se sente, se recebeu o que esperava da sessão e o que ele leva dela, que está terminando.

O cliente precisa estar bem ao final de cada sessão.

Nem sempre o cliente estará totalmente bem ao final da sessão devido a tensão do trabalho desenvolvido. Nesse caso deve-se motivá-lo a fazer algo para que fique bem: caminhar, banhar-se, dormir, descansar, rezar, etc, além de reconhecer que ele trabalhou muito na sessão e pedir que dê noticias nos dias subsequentes.

Dar algumas tarefas para que o cliente dê sequência ao que foi trabalhado, constelado na sessão. Por exemplo: receber massagem reparentalizadora.

Essas tarefas devem ajuda-lo a sair do emaranhamento, interrompendo os mesmos padrões de sofrimento.

PRAZO DE DURAÇÃO DA JORNADA DE CRESCIMENTO:

De 3 meses a 1 ano, aproximadamente, com no mínimo uma sessão mensal.

Devemos estar sempre a disposição do cliente enquanto terapeutas e mesmo que não seja perfeito, o trabalho trará benefício quando for feito.

 

CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÓDULO 8


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