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CONSTELAÇÕES ÉPICAS – REPRODUÇÃO ASSISTIDA

CONSTELAÇÕES ÉPICAS – REPRODUÇÃO ASSISTIDA
OLINDA GUEDES
fev. 8 - 44 min de leitura
0140

 

                                                                                                                          Aula bônus 3

Se você quer ficar excelente em alguma coisa, repita sempre.

A gente tem uma cultura de ansiedade, orfandade, de pai.

Quem tem memória de orfandade de pai, quer tudo às pressas.

Aquela urgência tipo, não uma faculdade de medicina, uma faculdade de psicologia, engenharia, jornalismo, são cinco anos, seis anos...

A pessoa diz:

- Não, eu vou fazer essa faculdade de dois anos, que é mais rápida. 

Tem gente que não suporta o tempo. Precisamos curar isso em nós.

Curar essa pressa esquisita que não leva a lugar nenhum.

Quanto mais a gente entende que o tempo vai passar, a gente com pressa ou a gente sem pressa, melhor.  Quão mais cedo a gente entende que o tempo passa, entende que, fazendo um trocadilho, sim, é o hábito que faz o monge, que são horas de prática que tornam uma pessoa excelente.

Quanto mais se pratica, vai saber em que ponto está o lugar certo. Onde que é o fio que puxa a meada. 

Eu tenho ouvido falar, eu ouço muitas pessoas me falando:

- Olinda! Eu já fui em tantos terapeutas e o que eu resolvi com você em uma sessão, eu acho que eu não resolvi na minha vida inteira. Por quê?

Olha que eu estudo sobre felicidade desde os 14 anos, se eu já tenho 51, eu tenho obrigação de saber onde é que está o fio da meada, como é que puxar esse fio.

É claro que eu não acerto sempre de primeira.

Mas eu tenho obrigação de acertar mais que todos os outros que estão há um ano, dois anos, dez anos.

Então é muito lindo a gente pensar que a vida recompensa a ação.

Não tem como uma pessoa não receber da vida a recompensa por toda sua dedicação.

Eu queria desejar isso pra vocês.

Não seja terapeuta marca "Pedrinho'', como se diz.

Sabe?... Que mal lê um livro, que prega todo aquele certificado na parede... mas efetivamente não estuda. Não! Ao contrário, estudem sempre.

Estudem todos os dias sobre cura de trauma.

- Olinda, mas eu não gosto muito de ler, eu não tenho esse hábito!

- Tudo bem. Comece a estudar nas redes sociais, comece a ler as coisinhas de facebook, do instagram, whatsapp e cura de trauma. Como resolver?

Podem começar do jeito que vocês conseguem, porque daqui a pouco vocês vão estar fazendo mestrado e doutorado.

Começa pelo o que você sabe, comece do começo, antes feito que perfeito.

Não tem problema se você não lembra um parágrafo, se você não memoriza nome de autor, se você não consegue ler do começo até o fim.

Não importa. Comece!

Porque a vida recompensa a ação.

Por que estou falando isso?

Sem conhecimento, como é que nós vamos ajudar as pessoas?

Porque uma mãe, um pai, um adulto, precisa estar um passo à frente de quem vem antes.

Como é que a gente vai ajudar os nossos jovens, os nossos adolescentes, as nossas crianças, com os velhos mapas do mundo que a gente tem, não é?

Pensa, muitos de nós não tivemos pais letrados, não foi natural da nossa criação e do nosso berço, já crescer sabendo...

A maioria de nós pertencemos à famílias simples cujos pais trabalham para assegurar a subsistência e a gente aprendeu como, por exemplo, disciplina positiva, comunicação não violenta, criação com apego?

A gente não aprendeu, como que a gente vai se fortalecer com as demandas do mundo sem argumento?

Conhecimento nos dá argumentos e nos dá condição de nos fortalecermos, para a gente não se transformar numa coisa pior, porque a gente pode.

Eu vejo o quão importante é eu ter argumentos para dizer para as pessoas que às vezes me incomodam.

Sempre tem algumas pessoas que vem para nós, para dizer que aquilo que a gente está fazendo está errado.

E daí, para termos autoridade, a gente não pode dizer, eu faço assim porque a minha mãe fazia e deu certo.

É verdade, a minha mãe fazia e deu certo, a gente sempre cuidou da minha mãe com muito carinho.

Ela era a primeira a acordar e a última a dormir.

A minha mãe, da Susy e dos meus irmãos, ela velava pelo nosso sono de verdade, íamos dormir, elas nos levava para dormir, ela orava com a gente e daí começava a contar histórias e a gente dormia com a mamãe contando histórias.

Ela contava uma história diferente e ela ia colocando os enredos na história também, a depender daquilo que a gente precisava aprender.

A mamãe era uma especialista em hipnose ericksoniana, de coração, intuitivamente, mamãe mal sabia ler e escrever, porque foi pra escola só três meses da vida dela, mas era uma pessoa muito sábia.

Quando a gente acordava de manhã, a gente acordava com o cheirinho do café sendo passado, às vezes do pão sendo assado, às vezes do pão e do leite, o crepitar do fogão à lenha.

Como que eu não seria a pessoa que eu sou? Eu não teria muitas outras, que outras alternativas eu teria a não ser de ser uma pessoa amorosa?

Porque eu tive uma mãe amorosa.

Mas na hora de eu criar os meus filhos, vem um monte de gente, vocês sabem, o que acontece na vida de todo mundo, acontece na minha vida também.

Você está mimando demais esse menino, deixa ele mesmo colocar o arroz e o feijão no prato dele, onde já se viu, ele mesmo tem que aprender a cortar as unhas, onde já se viu uma criança desse tamanho ser carregado no colo para mudar de cama.

Claro que, por vezes, a gente não precisa falar nada, não.

Mas quando você percebe que a briga é justa e é importante, aí você tem argumentos para dizer para a pessoa:

- Quantos livros você já leu que diz que você não deve carregar filho no colo?

Às vezes a gente tem que dar uma voadeira, tem que ir com o pé no peito mesmo.

- Quantos livros você já leu, que você me fala assim com tanta autoridade, pra eu mudar o meu jeito de ser?

É lindo quando nós pais, temos autoridade diante de nossos filhos e diante de nós mesmos.

Vocês precisam lembrar sempre de uma coisa que eu ensino aqui para vocês: 

Quem discute perde a autoridade.

Portanto nunca proponha um argumento à base da discussão, ao menos que você esteja num seminário, num congresso, senão você dá logo uma matadora.

Então, é muito lindo, esses dias a Nina falou:

- Mamãe, vai buscar o Dian?

A Nina é um bebezinho, assim ela usa fralda, claro, ela já é uma menininha, vai fazer cinco anos, agora dia 18 de março, mas ela ainda é um bebê, tem paralisia cerebral severa, tem seus desafios.

Ela falou assim: - Mamãe, vai buscar o Dian.  É brava!

Todos os meus filhos são bravos e eu fico contente que os meus filhos são bravos, eu acho que a vida exige valentia de nós.  A vida exige, a pessoa não pode ser mole. Uma pamonha, assim.

A pessoa deve ser valente, não pode ser qualquer coisa, não pode ser manteiga derretida assim, no sentido de não ter resiliência.

Nina falou: - Mamãe, vai buscar o Dian! Ela não entende ainda que pode falar com carinho com jeitinho, ainda está no período de diferenciação e vem lá toda a autoridade e aí eu falei:

- Eu vou lá filha, correndo, buscar o Dian e vou trazer o Dian nas costas pra você.

Ela olhou, ela entendeu, mas ela achou engraçado porque eu nunca tinha brincado assim com ela.

Gente! Se vocês vissem a alegria da Nina, na hora que eu cheguei com o Dian nas costas, porque eu o agarrei assim, pelo ombro, ele deitou e eu achei muito engraçado, os meus filhos gostam muito de brincar.

Quando eu chego com o Dian com as pernas para cima deitado no meu ombro e falei:

-Cheguei! Filha! Aqui, onde eu o coloco?

Mas ela pulava tanto no meu entorno que ria e batia as mãozinhas na perna e falava que ela também queria pegar o Dian no colo, agora.

Então, onde é que a gente aprende essas coisas todas?

A gente sabe que a educação vem de berço, mas a educação vem também da disposição da gente se educar, de buscar conhecimento.

Então, esses anos todos, enquanto chegavam os meus filhos, eu lia muito.

Li, primeiro porque eu cuido de pessoas, porque eu tenho um real interesse de que as pessoas sejam felizes mesmo. 

Então, eu fui me preparando.

Agora que os meus filhos chegaram, eu tenho um reservatório tão bacana, de como lidar com as diversas situações e agradeço a Deus, Ele sabe de todas as coisas, que eu me tornei mãe, com quarenta e sete anos.

Só tem quatro anos que eu sou mãe, então Deus me deu essa sorte.

Porque, se eu fosse mãe com vinte e poucos anos, eu não ia ter essa assertividade que eu teria agora, faltaria bastante livros para eu ler.

Mas como é maravilhoso a gente saber que, quanto mais a gente aprende, mais liberdade a gente tem.

Entenderam?

Quanto mais a gente aprende, mais liberdade a gente tem.

Também quero dizer para vocês que não é essa liberdade de telenovela não.

Não sei por que, quando eu falo de telenovela, eu já lembro do Rio de Janeiro, acho que ancoragem, eu fico pensando.

Não vai pensar que liberdade é você mostrar os peitos. Não é não.

Liberdade, às vezes, é a gente não mostrar nada.

Liberdade, às vezes, é a gente permanecer no silêncio, na nossa paz.

É a gente permanecer assim, centrados e empoderados no nosso caminho.

A liberdade que vem do conhecimento é a liberdade sistêmica.

Precisa ser, senão está errado e a liberdade sistêmica significa a gente dizer sim para a vida e para o destino do jeito que ele é.

Sim. Eu sirvo. Sim, eu tomo a vida.

Sim eu agradeço e assim que é.

Sim!

E, gente, essa prática do sim, essa prática do concordar, como disse o padre Luiz: "Eis me aqui, Senhor!". Essa é a verdadeira prática do sim.

Não é um sim, que fica quieto, parado.

É um sim que fica disposto.

Que fica disposto à educação.

Quem está aqui, que é o meu aluno do Florais de Bach, sabe é o sim do Elm.

Elm é um Floral de Bach maravilhoso.

Todo mundo deveria tomar em alguma época da sua vida.

Talvez como, por exemplo, a Nina já toma Elm, porque bebês especiais, crianças especiais, têm uma missão muito importante nesse planeta, mas talvez as pessoas, a partir dos dezesseis, quinze anos ou trinta anos.

Porque o sim que vem desse conhecimento que a gente toma, dentro dos saberes sistêmicos, ele é um concordar ativo.

Ele é um concordar disposto, que a lã não pesa para o carneiro.

Vocês já devem ter ouvido essa metáfora.

A lã não pesa para o carneiro quando você diz sim, quando você descobre sua vocação.

Quando nós aprendemos, nós estudamos os saberes sistêmicos, ganhamos tanta liberdade, mas não é aquela liberdade que os adolescentes um dia tiveram, imatura, é uma liberdade que te fortalece.

Uma liberdade do tamanho da liberdade de uma sementinha de mostarda, mas ela é totalmente suficiente.

Então, sejam todos bem vindos, eu estou muito feliz de nós estarmos aqui nas nossas constelações épicas, que foi um presente que o campo, que Deus, enfim o universo, me entregou neste fim de ano.

Quem não sabe, vai saber agora, mas eu sou uma pessoa que eu acredito muito em transcendência, que eu acredito muito numa vida eterna.

Quando éramos crianças, íamos ao catecismo, acho que com 8, 9 anos e depois a gente tinha o encontro de jovens.

Sempre admirei muito o presépio, a família de Nazaré.

Tenho muitos encontros com esse aspecto da minha vida.

Para resumir assim em alguns pontos, para chegarmos às constelações épicas, eu considero que a Nina, a minha primeira filha, é um presente de Nossa Senhora para nossa família. 

Pedi para Nossa Senhora que ela intercedesse e ela me deu a minha filhinha, eu queria ser mãe, muito mesmo, e que eu estava pronta para ser mãe.

Deus atende o desejo do coração de seus filhos, e Ele conhece todas as nossas condições, enfim, isso foi no mês de outubro.

Quando foi no mês de março a Nina nasceu no interior de Alagoas com 24 semanas.

Provavelmente naquele final de semana, que eu dobrei os meus joelhos, e como às vezes a minha vida é um pouco engraçada e acho que Deus é engraçado mesmo.

Estava numa igreja batista quando fiz essa oração. 

Em 24 semanas a Nina nasceu.

Certamente, naquele final de semana, a Nina estava sendo concebida.

Um homem e uma mulher se sentiram atraídos um para o outro, numa única vez que eles se encontraram.  Deus tem os seus jeitos incríveis de atender os nossos sonhos.

Sempre nos finais de ano, eu fico muito em sintonia com os presépios, com o que está acontecendo na família de Nazaré, com Maria, com José, com seu ventre, com seu andar no jegue, suas movimentações para chegar num lugar.

A Nina nasceu em 18 de março de 2016 e aí eu sou parteira, eu fico imaginando que foi bom, que o movimento é sempre bom para a mulher, quando ela está na época de dar a luz.

O movimento ajuda muito a parir. Também fico imaginando a equoterapia, porque agora eu também sou uma professora do curso de equoterapia aqui da cavalaria.

Olha!

Como Deus é interessante nas suas direções todas.

A gente sabe que o andar do cavalo, ele organiza totalmente o nosso sistema neurológico, por isso que é importante a pessoa, se ela estiver andando a cavalo, ela pode ter recuperações incríveis.

Uma hora se vocês puderem, estudem um pouquinho sobre equoterapia.

Que lindo!

Maria, antes de parir estava sobre um jumento e isso deve ter ajudado o parto a ser mais fácil.

Então eu fico fazendo todas essas poesias no final de ano.

Pensando, olhando o bercinho, essas coisas todas.

Assim eu fui, tenho meditado muito nesse campo da vida.

As crianças que querem nascer, do papel de nós adultos perante a vida e quando foi agora em janeiro, surgiu assim como num clarão a importância das constelações épicas.

Isso que nós fazemos são constelações épicas, que a gente realmente atua de maneira muito intensa em temas difíceis e trazendo para solução.

Trazendo da dor para o amor e levando o amor de volta para tanta gente no mundo.

Talvez a maior dor do mundo seja exatamente não poder nascer e talvez a segunda dor do mundo seja não ter um pai ou uma mãe.

Crescer sem um pai e uma mãe e levar para diante tantas vezes essas memórias de orfandade.

Então, sejam bem-vindos. Foi assim que nasceram as constelações épicas, é desse campo de amor, é desse campo de sim, é desse campo de transformação.

Então, se vocês perguntarem, esses dias uma pessoa me perguntou:

- Olinda! Parece que você fala muito de Deus no curso, é assim mesmo?

Eu falei:

- É assim mesmo!

Ela falou, então não vou fazer. 

A gente não deve fazer nada que contrarie as nossas premissas, e eu também não devo fazer nada só para ter clientes, no sentido de desrespeitar os meus mapas de mundo, os meus valores.

As constelações épicas elas olham sim, para transcendência, para libertação, para o amor e vocês viram no texto número três, que a gente tem ali acerca, e eu tenho pedido para vocês lerem as transcrições anteriores, porque estes são textos difíceis, mas no texto da aula três, eu coloquei exatamente uma tela que um artista fez do Cristo, do amor do Cristo acolhendo as nossas dores, curando, acolhendo os nossos grandes sofrimentos, porque pelo fruto se conhece a árvore.

Então, se existe uma energia divina na mãe e no pai, também existe toda essa energia divina no filho.

Como é lindo a gente pensar e entender isso tudo.

Então deste modo, de forma longa, eu fiz um pequeno discurso, fiz uma apresentação relativamente longa, mas eu desejo que tenha sido de proveito pra vocês e que nenhum de vocês estejam se perguntando:

- Olinda! Que horas que vai começar a aula?

Porque é um pouco triste, quando uma pessoa conhece um pouquinho dos saberes sistêmicos e ver o professor entregando com tanta generosidade, tão em sintonia com o campo, fazer uma pergunta mecanicista assim:

- Quando vai começar a aula?

Então a aula já começou, estou muito feliz por estar aqui

 

Oração Ir. Neiva

Todos nós somos convidados a nos colocar em sintonia com esse amor maior que eu chamo de Deus e cada um chama como seu coração preferir.

Nós te pedimos, querido Deus, abençoe todo esse trabalho, todos esses estudos, todos esses momentos.

Abençoe, querido Deus, as pessoas que estão aqui e as pessoas que talvez como eu, ficaram um tempo sem estar, mas estava com muita vontade de estar aqui. Derrama suas bênçãos Senhor sobre nós, sobre as famílias, derrama Senhor suas bênçãos sobre nossa mestra, sobre sua família, derrama suas bênçãos sobre nossas casas, os nossos lares, as cidades onde nós habitamos, porque quando nós nos tornamos abençoados a cidade onde nós habitamos torna-se abençoada, quando a cidade torna-se um pouco mais abençoada, o estado torna-se um pouco mais abençoado e quando o estado torna-se um pouco mais abençoado, o nosso país torna-se um pouco mais abençoado e quando o nosso país se torna um pouco mais abençoado, o mundo inteiro torna-se um pouco mais abençoado e nesse grande planeta, nessa grande manada, nesse grande eu, nesse grande nós, nós pedimos a sua bênção.

Abençoa Senhor tudo aquilo que nós iremos aprender, pra isso que estamos aprendendo desde sempre possa se transformar em bênção para todas as pessoas para as quais nós as encontramos, porque existe em nós uma centelha do seu amor.

Existe em nós uma centelha da vida de Deus, do amor de Deus, que faz com que nenhuma pessoa neste mundo seja totalmente, puramente má.

Existe sempre um bem, seja ele como for e nós quando estudamos constelações sistêmicas, nós queremos transformar esse bem num bem ainda maior, nós queremos ampliar tudo de bem e de bom que Deus colocou em nós.

Por isso nós te pedimos abençoa oh! Deus, hoje, sempre e em todos os momentos de nossa vida.

Derramai sobre nós as suas bênçãos. Amém!

Pergunta:

Jamais nasce uma pessoa quando nos dois sistemas não tem como nascer uma nova pessoa? Se dentro dos dois sistemas não tiver como nascer uma pessoa, jamais vai nascer? É preciso que nos dois sistemas tenham possibilidades de ali nascer uma nova pessoa?

Todas as vezes que nasce um filho é porque aqueles sistemas têm pontos importantes em comum. Às vezes os casais se sentem atraídos uns para os outros e são relacionamentos que ficam juntos ou ficam um tempo e muitas vezes eles realmente não conseguem ter filhos e não tem filhos.

Como que nós interpretamos essas realidades?

Porque esses sistemas, eles têm pontos importantes de divergências e esses pontos importantes de divergências não permitem que eles possam se unir.

Um iria triunfar sobre o outro.

Todas as vezes que nasce um filho dentro de um sistema, significa que aqueles sistemas dos quais aquela criança se origina, os pontos importantes eles são totalmente em comum.

O que nós consideramos pontos importantes?

Nós consideramos por exemplo, de um lado tem um assassino, do outro lado também terão histórias de assassinato, de homicídio.

De um lado parece que tem pessoas tão criativas, tão empreendedoras.

Pode ter certeza que do outro lado nós também vamos encontrar isso.

Então os pontos importantes de um sistema, sejam eles no sentido de suas dores ou no sentido de seus talentos, eles estarão presentes em todos os outros sistemas que originou aquela vida.

Portanto, vocês estão aprendendo também sobre um aprendizado importantíssimo, sobre crianças que nascem por meio de doação de óvulos ou sêmen ou espermatozoide e também com relação a filhos por via adotiva.

Não tem filho errado.

Um filho só vem para uma família mesmo que seja por via adotiva, se o sistema da família que o adota tiver esses pontos cruciais em semelhança com sua família biológica.

Então, quando uma pessoa vem para a constelação e ela fala:

- Eu não conheço, eu sou filha por via adotiva, fui encontrada numa caixinha e ninguém sabe nada da minha família biológica, mas eu queria tanto saber, como é que eu faço?

Vem para constelação que a gente mostra para ela, por meio da pesquisa dos padrões da família por via adotiva.

Está tudo lá. 

Então os sistemas, eles se pertencem.

Uma vida jamais chega se os sistemas forem divergentes.

Se um muito incrível e o outro muito nada. Não tem jeito. Deus não deixa uma pessoa triunfar, não deixa ninguém.

Deus faz as pessoas iguais. Por quê?

Porque a gente precisa da compaixão, da caridade, da empatia, para seguirmos juntos, precisamos ter algo dentro de nós que faz com que a gente perceba o outro.

Se eu tenho dentro do meu sistema dor e sofrimento semelhantes àqueles que os meus filhos têm, eu vou saber entendê-los profundamente.

Então existe uma sabedoria divina também, que faz com que gente simplesmente esteja por aí se juntando e com a sensação: - Esse menino parece que não é o meu filho. Como existe muito, principalmente por via adotiva: "devolução'', na verdade não é devolução, é abandono.

Mas de todo modo, nós também precisamos olhar para esses relacionamentos conjugais disfuncionais, quando muitas vezes a mulher olha para criança ou o pai olha para criança e fala:

- Deus o livre, puxou ao pai; pelo amor Deus, que menino chato, igualzinho a minha sogra.

Isso é presunção, você olhar e enxergar o defeitinho na vida do outro e não enxergar a trave que está no próprio olhos.

Porque se a pessoa prestar bem atenção, só um pouquinho de atenção, ela vai ver que ela é tão desagradável quanto aquela que ela está achando que está desagradável.

Enfim os psicanalistas já sabem disso, estudam isso.

Aquilo que a gente critica no outro é aquilo que a gente tem na gente.

Quando Pedro fala de Maria, ele está mostrando muito mais sobre ele mesmo, do que sobre o que ele está falando.

Então essas coisinhas vão mostrando muito essas dinâmicas sistêmicas que atuam e mostram também para a gente, os excluídos, os presunçosos.

Como diz Bert Hellinger, tem uma frase que ela é lacradora:

- “São os bons que excluem” entenderam?

São os bons que excluem e ele falava deste modo mesmo, presta atenção, porque aqueles que se acham, excluem, se acham no direito, então é assim.

 

Pergunta

As crianças são gemelares, eles têm que cada um na hora de ir para o colégio cada uma ir pra uma sala separados. Na visão sistêmica é normal separar eles, sendo que eles não querem?

Em primeiro lugar, dentro da visão sistêmica a gente nunca deveria separar ninguém.

Nós estudamos muito a neurociência, nós estudamos muito a psicologia positiva e nós sabemos que nós apreciamos, faz parte da nossa saúde emocional, o pertencimento.

Nós gostamos de estar juntos.

Nascemos para viver juntos, ninguém nasceu para viver separado.

A gente tem que curar essa doença do capitalismo predatório que fala que você tem que separar, que cada um tem que ter a sua kitinet, o seu apartamento.

É tanta coisa, que bebezinho já nasce e tem que ter o seu quarto.

Que não pode dormir junto, que não tem que ter cama compartilhada.

Essas coisas tristes assim de uma humanidade que esqueceu de como é gostoso viver junto.

Nós somos uma irmandade, nós somos, gostamos de viver junto, nós temos essa vocação para o coletivo.

Nós precisamos.

Temos que repensar a educação, todo pai, toda mãe, todo terapeuta, você não pode pensar só como coisa clínica isolada da vida.

Educação, escola, família. Anda tudo junto.

A felicidade nasce na família e aí ela passa pela família e ela se mostra lá no mundo do trabalho, no mundo organizacional.

Sabe porque existem tantos ciúmes na infância?

Porque os irmãos mais velhos, eles são excluídos dos irmãos caçulas.

São excluídos, eles não podem participar de nada.

Nem do parto, eles tiveram que liberar o peito, porque tiveram que desmamar, porque ia nascer outro e tantas coisas e ficam todos lá de escanteio.

Você não teria ciúmes se fizessem isso com você?

A gente começa a pensar assim, qual seria o tratamento e o ciúmes da infância? Incluir.

Os bebezinhos, os seus filhos, eles têm que ir junto na consulta do pré-natal, eles que tem de trazer a medida da barriga da mãe do ginecologista, que está fazendo pré-natal.

Quando nasce uma criança muda a casa inteira, e aí os irmãozinhos ficam excluídos.

A gente tem que parar com essa energia de separação. Pára. Perdeu o colo, agora vem o outro. O colo não se divide. Olha o meu colo aqui, cabe 7, 8.

Nós nunca deveríamos separar gemelares, nunca devemos separar gemelares, a menos que os dois tenham um consenso.

Esse ano nós queríamos, nós dois, estudar em salas diferentes.

Os dois chegam e pedem para mãe, para o pai, a gente queria experimentar como é isso.

A gente pode? Pode. E se dali dois meses ou quinze dias, geralmente é o tempo que eles suportam, eles quererem voltar a estudar na mesma sala do outro ou eles.

Posso estudar um tempo na sala 1? E outro tempo na sala 2? Ai que a gente vê a importância da pedagogia sistêmica na prática, porque se for pedagogia sistêmica de verdade que essa escola pratica, ela vai falar pode.

Um tanto pode ficar aqui na sala 1 outro tanto aqui na sala 2.

Mas a gente é tão mecanicista, a gente vai falar não pode.

Você começou com a turma 1, vai seguir com a turma 1 até o final.

Ainda sobre gemelares: pode acontecer de bebês nascerem e ainda é muito comum gemelares nascerem prematuros e, às vezes, um ter alta e o outro ainda permanecer no hospital, tratando.

É muito comum, aquele bebê que ficou hospitalizado piorar e aquele bebê que teve alta não continuar evoluindo do jeito que estava evoluindo. Por quê?

Por conta desse sentimento de sermos um.

Nós temos a sensação que nós somos um com tudo e com todos.

Isso faz parte da natureza humana e temos uma sensação muito mais ampliada sobre esse ser um quando somos gemelares.

Então, como fazer Olinda?

O bebê que fica, precisa ficar com o cheirinho do bebê que foi, com o quê?

Com a fraldinha que o bebê usou, deixa pertinho.

O casaquinho e o bebê que vai também deve levar um cheirinho desse irmãozinho que ficou.

Algo que tenha realmente uma informação nele.

Uma roupinha que vestiu, uma luvinha, uma coisinha assim.

O que mais os pais devem fazer?

Quando estiver com essa criança que está em casa, por exemplo, dizer assim:
- Que bom que você está aqui, meu filhinho. A sua evolução e a sua melhora abençoam o seu irmãozinho x que está lá, sendo tratado. Se Deus quiser, logo ele vem para casa também.

Quando estiver lá no hospital também conversar com o bebê que ficou.

- Querido, seu irmãozinho que foi, ficou tão feliz esperando você. Nós estamos contentes que você está evoluindo e se Deus quiser você logo estará em casa.

Falar de um para o outro e de outro para o um.

- Olinda! A criança não sabe ainda nenhum idioma, não tem essa condição.

Não sabe mesmo. 

Mas criança sabe ler energia, mais do que ninguém.

Então a criança vai saber e vai acalmar aquele sentimento de saudade.

O que é esse sentimento de saudade que ele sente?

É buscando aquela parte que está longe, que agora eles não sabem onde estão. Então, esses pequenos exercícios, essas falas, o deixar o cheirinho do bebê de um junto com o outro. Vai dar uma informação para esse organismo que eles continuam sendo humanos e que tem adultos que fazem essa ponte.

Então, essa é a resposta bem comprida para sua pequena pergunta.

 

Não esqueçam o poder das pequenas atitudes.

 

Aluna: Ela quer saber quem é o pai, quem é a mãe. É o pai que pagou para ter? (barriga de aluguel)...

Existe uma diferença entre genitores e pais. Quem são os pais? Pais não são aqueles que entregam o material genético.

Pai, mãe é quem cuida, é quem é guardião. Que porventura pode ser também aqueles que entregaram o material genético. Por exemplo, os meus pais são os meus pais e os meus genitores.

As minhas crianças, eu sou apenas mãe deles, eu não sou genitora deles.

Eu não entreguei a carga genética para nenhum deles. Eles chegaram nesse planeta por meio de outros corpos.

Então, todos aqueles que entregam a vida, que ajudam a entregar a vida, fazem parte do nosso sistema, porque a vida não vai existir, se não houver genitores.

Mas a vida também não segue para diante se não houver... Quero dizer: a vida pode seguir adiante, mas pode seguir com muita dificuldade, se não houver pais.

Acima de tudo, a vida para seguir adiante, exige de nós humildade.

Por que a vida, para seguir adiante, exige humildade?

Porque um filho desconstrói a gente, um filho não traz só estrias, rugas, um filho muda a nossa vida.

Graças a Deus, que um filho muda a nossa vida.

Então, um filho, exige de nós humildade.

Exige entrega.

Mas, quando você fala assim: - Meu Deus, se meu filho der problema?

Você tem que ser humilde e se o filho der problemas: - Meu Deus, me ajuda a entender onde é que foi o meu erro e onde é que eu posso acertar.

Porque tudo o que eu quero é que o meu filho seja feliz. Entenderam?

Um filho exige de nós humildade, que todos os dias você tem que se rever, se olhar, se arrepender, começar de novo, recomeçar.

É vocação. Gestar um filho, parir uma criança é apenas uma condição de vida.

É biológico. Agora um filho. Um filho é vocação.

Você tem um filho, você vai se tornar um pai, uma mãe, que porventura você mesmo gerou e concebeu e pariu, porque você tem disposição.

Qualquer sistema pode nascer crianças especiais, com condições especiais em qualquer sistema, não é porque nasceu assim ou assado que é autista, que isso ou aquilo.

Os nossos filhos fazem tudo para nós. Isso é uma coisa que nos move por dentro.

Numa sociedade egoísta que a gente tem, presunçosa, que coloca as crianças lá, como se fosse um bichinho para ser moldado e aí, vem um conhecimento sistêmico desse e fala.

- O seu filho faz tudo por você.

- Mas o que ele faz por mim?

Ele roer unhas por exemplo, ele arranca os cabelinhos por você, ele tem dor de barriga, ele faz tudo por você.

Enfim, os nossos filhos fazem tudo por nós. Tudo.

Se você vê que uma criança tem um sintoma, você pode olhar para os pais para saber o que são aqueles sintomas, daquela criança.

Os filhos carregam por nós. Aí eu volto para vocês e falo: tem um livro que chama “Longe da Árvore", de Andrew Sólomon. Um manjar.

E esse livro vai falando de crianças especiais e como aqueles pais lidam com aquelas crianças.

Então como é que nós vamos ajudar as nossas crianças a se liberarem de tarefas difíceis?

A Nina carrega uma tarefa muito difícil para o nosso sistema.

Vocês podem imaginar a tarefa que a Nina carrega?

Uma criança que carrega um sintoma tão difícil quanto o autismo, precisa ser tratada a pão de ló, com tapete vermelho; amada. Precisa ter as melhores condições para ela dar conta dessa tarefa e para ela resolver essa tarefa, porque nós conseguimos estar aqui, nós todos livres, porque eles estão carregando para nós.

Crianças com convulsões são crianças que carregam destinos difíceis da família. Entenderam?

Então a vida exige de nós. 

Hellinger dizia: Aquele que não quer perder a inocência, não se case e não tenha filhos.

E é verdade.

É muito fácil a gente ser bom quando a gente não é casada, é muito fácil a gente ser bom, quando a gente não tem filhos.

É muito fácil.

São seres privilegiados aqueles que têm filhos especiais, estão tendo a oportunidade de transformações profundas dentro de seus sistemas, transtorno bipolar também.

Quando nasce uma criança especial dentro de um sistema, significa: "agora o lixo não vai ficar mais debaixo do tapete. Agora o segredo não vai mais ficar guardado a sete chaves".

Aí por isso que a terapia é tão importante para esses pais, para a gente entender como bênção e não como prisão.

E também ver que a gente tem muito trabalho ali, não é só romântico, não é só bonito, colocar fitinha no cabelo e dizer nós somos privilegiados porque meu mundo é azul. Não é assim.

Todo terapeuta precisa estudar muito sobre isso.

Precisam estudar sobre autismo.

Porque tem aumentado de forma considerável no mundo pessoas com transtorno do espectro autista.

Por que será?

Você precisa ser curioso. Porque será que tem aumentado tantas pessoas com transtorno do espectro autista?  Pesquisem.

Nós vivemos num mundo fragmentado, vai vendo as metáforas do cotidiano que você vai vendo como isso se expressa no emocional das nossas crianças.

As pessoas só olham para o seu próprio umbigo, quem pariu que balance.

Você tem que cuidar das suas próprias dores, porque ninguém está lhe vendo. A humanidade tem sido uma humanidade transparente, não é assim.

O mundo tem sido um mundo autocentrado.

É um mundo que eu não quero viver.

Que Deus me cure desse negócio aí e não me deixe navegar nessa onda.

É muito triste. Mas será que é só isso Olinda?

- Não. Deus me livre e guarde de tratar um assunto tão importante de uma forma tão rasa.

É alimento. Tem um médico em Florianópolis, que ele ajuda a tratar pessoas que por conta da alimentação, apresentam condições, expressões, estereotipias, enfim, do espectro autista.

O alimento tem poder na vida da gente.

Atua também no cérebro.

Quantidades que tem nos alimentos, de tudo quanto é alteração que tem.

E aí, a criança já vem de uma geração papinha da Nestlé que compra na farmácia.

Mas é claro e é lindo de ver quando o transtorno do espectro autista ou essas expressões são causadas por alguma toxina no organismo, que venha de vacinação, que contêm metais pesados terríveis ou de outros alimentos cujos organismos não conseguem processar de forma tão milagrosa como outros organismos.

Esse médico consegue verdadeiros milagres.

Porque ele tem todo um projeto e um tratamento que ajuda o organismo a se limpar das toxinas e a pessoa volta a funcionar de forma mais apropriada.

Então existe muito conhecimento necessário entre o céu e a terra, para a gente poder ajudar pessoas.

Como é que a gente vai constelar um tema igual a esse?

Como se constela todos os outros, sem intenção, sem expectativa, sem julgamento.

Você coloca e você constela esse sintoma, igual você constela todos os outros e veja o que o campo fala.

Mas você também pode ajudar o seu cliente, se você conhece acerca de outros detalhes, durante a terapia sistêmica, nisso nós nos diferenciamos muito das outras escolas, você pergunta para essa pessoa como é a alimentação?

Você acha que poderia ajudar a sua família, o seu filho por meio de uma alimentação mais equilibrada?

Mas como eu faria isso?

Tem esse médico, que ele atende nesse lugar, de repente ele poderia lhe ajudar. Você entrega; o que a pessoa vai fazer com isso é a liberdade dela.

Mas você entrega. Você mostra uma luz no caminho.

O autismo sempre tem a ver com solidão dos nossos sistemas experimentaram, de ter que deixar os pais num porto na Polônia, de ter que deixar filhos e esposa e vir para cá, de ter que deixar esposo e filhos porque a pessoa não podia ir.

Solidão. Tanta solidão de ter sido capturado. Quanta solidão que nós temos. Essas memórias tinham que vir à tona um dia para serem curadas.

Estão vindo agora.

E a gente pode curar? Pode.

Vocês viram o milagre que foi com o Guilherme, uma criança de dois anos.

Nós que fazemos milagres? A constelação que cura autismo? Não.

A gente nunca pode ser presunçoso de dizer que a gente cura isso ou aquilo, a gente tem a disposição de constelar todos os temas e a gente quer muito que a solução venha para todos eles.

Por isso a gente tem que ter um coração aberto, sem julgamento, mas com muito discernimento para poder servir e ajudar o campo a liberar cargas tão difíceis.

Talvez vocês estejam se perguntando: 

- E a Nina, por que a Nina ainda não se curou?

Eu ouço frequentemente os médicos falarem, escutei essa semana, inclusive:

- A Nina é um milagre, ela nasceu com 24 semanas, a genitora teve chikungunya duas vezes, teve infecção urinária não tratada. Ela é um milagre. Ela foi para a UTI três vezes no ano passado.

A Nina é um milagre.

Eu não posso ser presunçosa e dizer,  pois a gente não encontrou a solução. A gente está encontrando.

A Nina toca violino, já fala umas palavrinhas em inglês.

É o nosso milagre. O fato dela ainda convulsionar ou dela ter convulsionado, dela precisar de tanta medicação, dela viver muito sedada, faz parte daquilo que a gente tem que carregar, vamos carregando com amor, com humildade, com prece, porque o milagre há de vir, há de se completar.

É isso que eu quero dizer para vocês, de nós não sermos presunçosos.

Onde tem muita briga, tem irmãos excluídos.

Sempre onde tem conflito, tem irmãos excluídos.

Não existe conflito e não há exclusão. Tem pessoas que falam: - Por que esses irmãos brigam tanto desse jeito? Porque estão faltando peças importantíssimas ali.

Estão faltando irmãos. Por isso os conflitos.

Não tem como ter solução se não há arrependimento.

O fato de alguém falar sobre uma coisa que aconteceu, não significa que ela se arrependeu.

Agora, o arrependimento sempre precede inclusões.

 

Tatuagens e inclusão

Aluna: Olinda eu li uma passagem que as pessoas tatuam quando querem incluir alguém. Eu não entendi. Você poderia falar sobre isso?

Hellinger era uma pessoa, antes da Sophie e depois da Sophie. Depois que eles se casaram, ele se tornou outra pessoa... 

Hellinger jamais teria dito isso antes de conhecer a Sophie.

Eu continuo olhando com os mesmos olhos as tatuagens, de antes. Eu não vejo assim de forma tão romântica as tatuagens.

Primeiro, que são códigos culturais.

Tatuagens existem desde o início dos tempos e também são códigos culturais entre os povos.

Um faz um desenho no rosto para dizer:  "estou viúvo", outro para dizer que está disponível afetivamente, o outro: "eu voltei da guerra"... São códigos para eles se comunicarem.

Nos presídios também acontece assim, são códigos, para se comunicarem e também para saber.

A pessoa que sai do presídio com tal coisa, sabe qual foi o delito que cometeu. Entre nós, assim, humanos modernos, acho mais uma preferência estética.

Acho que é mais uma forma de distração. 

Sem arrependimento, pode fazer a tatuagem que for, pode arrancar os dentes, a orelha, que o efeito daquele assassinato vai permanecer no sistema.

A vida não admite barganha. Entenderam o que estou falando?

 

Aluna: Se houver arrependimento, existe a necessidade de ter publicidade?

Nunca. Para que ter publicidade? As coisas tem que ser feitas de maneira apropriada a situação, não pode simplesmente, existe tanta distorção acerca disso sabe, tanto sofrimento, tanta agonia, tanta distorção, tanta exposição, tanto sofrimento, tanta agonia, tanto sofrimento.

Imagina uma pessoa que provocou, 5, 6, 10 abortos, ela vai fazer uma constelação, ah. você tem que ir, você tem que contar para sua família que essas pessoas...

As pessoas na família não escutam nem nada, elas vão escutar isso?

Com que ouvido vão ouvir isso?

Como isso será dito?

Então, eu tenho dito para vocês com constelações marca Pedrinho. Cuidado. Conversão é uma coisa que a gente faz em silêncio profundo.

E a conversão vem por meio da consciência, da conscientização com amor.

Por isso a gente tem que ler muito o Cristo quando a gente trabalha com cura de traumas.

Ele falou para aquela mulher: - “Vá e não peques mais”. Como que você não vai se converter, se você está ali? Conversão é uma coisa tão profunda que não dá para acontecer numa sessão de constelação. Mas que pode acontecer num primeiro olhar.

Susy falando:

Quando acontece isso no profundo do nosso coração. Que essa reconciliação entre a pessoa e o Eterno, quando ela acontece, como a mana falou, é tudo muito íntimo, é de dentro, do interior, da alma.

Só diz respeito a você e ao Eterno, não diz respeito a mais ninguém, no sentido de que isso vai de alguma forma melhorar ou piorar e quando isso acontece, aquilo que for necessário, apropriado, no momento certo, no tempo certo, vai se tornar público para o bem e se não for para o bem, nunca será público.

Porque assim, mediante o arrependimento, vem o perdão e tem uma metáfora muito linda sobre essa questão do perdão, que diz assim: que o Eterno, quando há arrependimento, Ele perdoa e Ele pega aquele pecado, aquela lista que agora está totalmente cancelada, Ele não deixa para mais ninguém ver a lista, que Ele joga lá nas profundezas e ainda põe uma placa: "Proibido pescar aqui.".

Ou seja, não precisa mais ninguém acessar, já está resolvido.

Isso é a liberdade.  Tenha sua chance de fazer agora, como você gostaria que fosse.

Daqui para frente, com as condições que lhe são dadas.

Siga em frente.

 

OLINDA GUEDES é mãe da Nina  e Camila Maria, apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras.  É mãe de mais outros cinco príncipes na terra, mais uma princesa que está chegando e quatro anjos no céu.

A gente sempre cuida da alegria aqui em casa.

Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola Real de Saberes Úteis. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável.

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