A dinâmica sistêmica do sofrimento na região pélvica
Quanto aos sintomas que surgem na região pélvica, como alergias, coceiras e infecções, remete a uma dimensão de olhar para o corpo com a sacralidade que ele merece. Ele sustenta uma vida e, como tal, esse corpo precisa ser zelado e protegido com a sensibilidade e cuidado que a vida merece.
Os órgãos genitais remetem a dimensão da vitalidade do ser humano. Estão ligados ao prazer de viver e poder interagir de forma saudável com o outro.
Ao observar algum sintoma nesta região que lhe cause algum desconforto, ou mesmo a sensação de sofrimento, recomenda-se ver esses sinais numa perspectiva além do que o aparente do sintoma apresenta. Observe se a sacralidade do seu corpo está sendo respeitada para que o amor flua no ritmo que permita o enriquecimento da vivência saudável. No mesmo ritmo que possibilite a consolidação da relação de afeto e de ternura. Isso demanda um tempo para que o bem querer permita ser amadurecido com o tempo necessário das convivências saudáveis.
A sacralidade da convivência supõe um tempo adequado. Que seja suficiente para o amadurecimento da relação e a possibilidade duma entrega que se configura de forma completa. Alma e corpo constroem um vínculo de amor, cujo qual permitem serem celebrados, amados e abertos à vida.
Essa relação demanda um tempo. Abreviar ou relativizar o tempo necessário para a construção da sintonia de alma e corpo parece uma precipitação. Talvez a alma não se manifeste de forma sintomática, mas o corpo, diante da sua materialidade, se expressa por sinais e sintomas que apontam para o adoecimento e o sofrimento.
Diante da precocidade da ação que não se configura como amor pleno, qualquer corpo saudável e equilibrado irá adoecer, porque isso se configura como uma invasão ao sagrado.