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De quem é a vida que você vive?

De quem é a vida que você vive?
Silvia Costa
ago. 19 - 3 min de leitura
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A diferença entre passado, presente e futuro é apenas uma persistente ilusão. Albert Einstein

A série Dark anuncia sua trama complexa com essa frase de Einstein. Para quem não assistiu a série e adora um desafio, eu recomendo. E se assistir for sua escolha, fique tranquilo, não darei spoiler. 

A história se passa na cidade de Winden, na Alemanha e envolve uma teia em que narrativas se repetem e destinos se cruzam numa dança de cadeiras sem fim. Quem achávamos que era filho, era, na verdade, pai; o mocinho era o bandido, e depois, o mocinho de novo… As impressões que temos da linearidade do tempo e da supremacia do livre-arbítrio são colocadas em xeque. 

Em Dark, todos vivem para encontrar o fim de um ciclo interminável de sofrimentos, desencadeado por uma origem desconhecida.

Foram essas questões que me fizeram perceber o quanto dessas histórias temos vivido sem reconhecer. Como vivemos quando há muitos anos aconteceram tragédias na nossa família de origem? Qual é a repercussão que esses acontecimentos têm em todos que fazem parte do sistema?

Nós somos seres que fabricam crenças inconscientemente a partir das nossas experiências. Aquilo que ficou como lição depois de uma vivência se torna uma crença. Raramente temos acesso ao conteúdo da crença enquanto ela está sendo estruturada nas bases do nosso comportamento. Portanto, passamos a agir de uma maneira que pode ser bastante negativa, sem consciência da origem. E o ciclo se estabelece quando temos contato com novas gerações. Elas não tiveram a mesma experiência que tivemos, mas irão aprender a crença através do nosso comportamento e ao passo que a origem ficará cada vez mais obscura.

Por exemplo, quantas histórias de abuso temos vivido como Humanidade? O quanto nossos ancestrais passaram por isso, o que aprenderam, e o que desse aprendizado ainda se repete em nós? Durante guerras, um ancestral pode ter aprendido que permitir o abuso físico e psicológico era o único meio de continuar vivo. Essa crença fazia sentido para ele naquela época, mas faz sentido para nós hoje? Claro que não! Então, por que ainda muito de nós nos percebemos incapazes de nos proteger? Onde foi parar nossa potência? Nosso poder para fazer valer nosso desejo de proteção? Quantos de nós não estamos vivendo destinos que não são nossos? Histórias que aconteceram há tanto tempo mas vivem ainda agora, como um espelhamento daquele tempo, sem que tenhamos consciência disso.

Dessa maneira, trazemos na nossa memória física e emocional todos esses padrões e crenças familiares. É por isso que a Constelação Familiar, a Cura da Criança Interior e a Desprogramação do DNA não existem apenas para serem procuradas num momento de desespero, até porque, muitas vezes, esses momentos não acontecem, gostamos do que é habitual, conhecido… São terapias necessárias para desfazemos nós, trazermos à luz a origem de ciclos ocultos, para vivermos nosso próprio destino; sem espelhamentos, contratos e lealdades destrutivas… Com consciência da matéria escura que habita em nós, podemos transformá-la em portal para o que nossa essência realmente deseja: vida plena.

 


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