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DEVOÇÃO A IMAGENS RELIGIOSAS: UMA EXPERIÊNCIA

DEVOÇÃO A IMAGENS RELIGIOSAS: UMA EXPERIÊNCIA
Simone Belkis
abr. 9 - 4 min de leitura
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Eu tive um aprendizado bem especial outro dia.

Meus amigos leitores já sabem que sempre lhes conto sobre minhas experiências e processos. Pois estive eu em uma sessão de terapia que me deixou um pouco combalida e sensível, naquele momento. E imagino que isso tenha me feito ter a seguinte percepção: sentir o porquê das pessoas se inspirarem e se devotarem a símbolos religiosos.

Mas, antes disso preciso falar um pouco da minha forma de encarar a religião, para que possa fazer sentido aos meus caros leitores, a percepção que tive. Eu já contei a vocês que fui criada dentro da igreja católica, e em minha casa temos várias imagens guardadas e zeladas por minha mãe.

Mas, como também já contei, eu me considero uma livre pensadora e deixei de frequentar ambientes dogmáticos assim que me foi possível fazê-lo. Abandonei esse caminho,  ainda que me tenha sido dado por herança familiar e assim o tenha assimilado, segui a procura de minhas próprias respostas. Que aliás, levaram-me para cada vez mais longe do dogmatismo religioso e de seus símbolos.

Eu os respeito, mas prefiro formular minhas próprias teorias.

Essa minha busca acabou me levando para um outro patamar de compreensão, o mundo transcendente, aquele que os religiosos acreditam ser alcançado somente pelos santos e seus correspondentes.

Não vou ser presunçosa e dizer que alcancei o Nirvana, hehe. Mas, a verdade é que começo a vislumbrar do que se trata conectar-se com meu eu Superior, onde encontrarei (e sempre encontrei) as respostas que o mundo material não pôde me dar. 

Após a sessão de terapia, eu senti o quanto era difícil para mim, meio São Tomé que sou, conectar com essa transcendência, que nada mais é que o contato com o silêncio e o invisível do Divino (que apesar de ser Divino, é real e acessível a todos nós, desde que façamos o necessário).

E então, eu percebi que se pudesse transferir aquela sensação para algo mais palpável, sentiria-me mais segura e confiante em acreditar nessa conexão, tendo um intermediário. E me veio a mente a imagem de um santo, naquele momento ficou claro o porquê de transferir para um outro ser (supostamente com maior capacidade "religiosa" do que eu) o mérito e a sensibilidade de conexão e produção de milagres. Foi muito interessante até mesmo para deixar de julgar essa adoração, mas sem deixar de questionar a idolatria.

Na verdade, isso é bem óbvio. Mas não até que percebamos que essa função (de conectar-nos com o Divino sem intermediários) é nossa e perfeitamente possível, embora trabalhosa. É mais fácil transferir, e certamente, muitos o fazem sem sequer saber que o fazem.

Cada um de nós deverá vivenciar a sua própria experiência religiosa, sabendo seu verdadeiro significado que vem da palavra religare do latim, e que significa ligar novamente, reconectar. Ou seja, ninguém pode viver por nós essa conexão. 

Quando entramos no silêncio do Divino e ouvimos sua voz "falando" conosco, por meio de sensações, emoções, visões ou até mesmo ouvindo sua voz, isso é ter uma experiência religiosa, é saber que aquilo que sente e que sabe (porque simplesmente sabe) é viver, de verdade, a religião. 

Outra questão importante a ser levantada aqui é o porquê de termos transferido para fora de nós o nosso maior poder. Voltados demais para a sobrevivência e os desejos mundanos, terminamos por perder a conexão, e ao invés de criar na 3º Dimensão o paraíso terrestre, acabamos por nos moldarmos à sua forma de caixa, fechada para nossa capacidade de almas, e entregando-a a outrens, muitos dos quais, aliás, foram sacrificados por causa de sua capacidade de conexão, condenados por um mundo doente, que para compensar e se redimir, idolatra-os.

 

 


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