Encontramos diariamente algumas pessoas com medo da maternidade ou paternidade, já outras que desejam ser mães ou pais com grande intensidade.
No meu caso posso dizer que esse mundo da maternidade foi se construindo ao longo da vida. Tive a oportunidade de construir uma nova Caroline.
Durante muito tempo eu acreditava que teria apenas um filho, fazia planos pessoais e financeiros considerando apenas essa possibilidade. Até que a Sofia nasceu e eu não compreendia porque logo após o nascimento dela eu já pensava em ter outro filho...
Até o dia em que ouvi: “Sistemicamente para o primeiro filho a chegada do irmão, simboliza que os pais estão tão felizes com ele que se sentem capazes de ter mais filhos”. Ainda hoje posso sentir meu coração transbordando de felicidade ao compreender que como filha mais velha meus pais ficaram felizes com minha chegada e me deram de presente uma irmã.
Essa deve ter sido uma das curas mais importante na minha vida, sair da escassez do amor dos pais para um amor que se multiplica à chegada de cada filho e que permitiu que eu compreendesse que a ideia de não ter mais filhos era na verdade a intenção de não dar um irmão à Sofia.
Hoje sigo com olhar atento às questões que o relacionamento com a minha filha me apresentam, e com amor acolho e ressignifico cada memória da minha infância. Agora, ciente da abundância do amor dos pais, um amor que cresce a cada nascimento de um novo filho, como eu iria me privar de transbordar meu coração de amor?
Gratidão minhas filhas, por me permitirem ser mãe, uma mãe que se cura!