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AS LEIS DO AMOR

AS LEIS DO AMOR
Sandra Regina Dias Amorim
jan. 21 - 5 min de leitura
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Ordens do Amor: Pertencimento, Ordem ou Hierarquia e Compensação

O Criador das Constelações, Bert Hellinger, nos ensina que essas leis regem a nossa vida e quando bem observadas, nos garantem uma vida favorável.

Três forças básicas atuam na alma, sustentadas pelo vínculo amoroso, dando forma ao laço do destino dentro de um sistema de relacionamentos: força do Pertencimento, a força da Compensação e a força da Ordem.

Elas atuam sobre a "consciência de clã". Essa consciência de clã é o poder de atuação inconsciente da alma do grupo, que cobra o vínculo, a compensação e a ordem. Não olha para as consequências e não olha quem é o bom ou o mal. Atua cegamente e deixa que o emaranhamento se desenvolva do vínculo de destino, colocando o inocente com uma grande força que atua de modo mágico a serviço das forças anímicas da vinculação, indiferente à vontade, saber e amor desse inocente.

As leis do amor são fundamentais para que todo o sistema familiar possa seguir em paz. Quando uma dessas leis é descumprida, todo o sistema sofre, até os inocentes que ainda irão nascer podem carregar os nós gerados pelo descumprimento dessas leis. Em fidelidade, em lealdade a este sistema, ficarão doentes, repetirão padrões e poderão até morrer para pertencer e compensar o sistema.

Os emaranhamentos são exemplos disso. Se olhamos para a vida de uma pessoa, podemos ver que ela tem tudo para ser diferente, para dar certo, e mesmo assim dá errado. O porque disso são os emaranhamentos que impedem que essa pessoa viva a sua realidade e fique presa nos acontecimentos da vida de seus antepassados. Esses acontecimentos podem estar conscientes ou inconscientes nessa pessoa, porém ressoam em sua vida através da força do clã.

Uma pessoa ou várias da família podem ter destinos dolorosos, em lealdade, reparação ou compensação ao sistema.

A Ordem traz clareza do lugar que eu preciso ocupar.

Os que chegaram antes tem prioridade. Quando a ordem é interrompida podem aparecer diversos problemas, como discórdias, pais ocupando o lugar dos filhos, filhos ocupando o lugar dos pais, irmãos sendo injustiçados por perder o seu devido lugar. Chefes que não conseguem comandar, subordinados que não respeitam os chefes e por ai vai.

Onde não há ordem, não há progresso.

A respeito da ordem eu quero deixar um depoimento:

Durante minha adolescência, por arrogância e prepotência, também por desconhecimento, eu ocupei o lugar dos meus pais; implicava com os meus pais, dizia que eles deviam se separar pois brigavam muito...

Os anos se passaram, me casei, e comecei a cuidar deles por acreditar que deveria fazer assim. Os visitava com frequência para manter a ordem de tudo e os "ajudar". Nessa época eles tinham 60 anos e estavam bem, mesmo assim eu sempre dava os meus pitacos em todas as decisões.

Depois dos 75 anos eu recebia para eles, comprava tudo que precisavam, limpava a casa, fazia a comida - dieta especial de diabetes. Tomei as decisões da casa de aluguel, levava ao médico.

Eu tinha a minha família, trabalhava fora e ainda cuidava de tudo deles. Estava cansada, meu esposo reclamava, meus filhos ficavam em segundo plano, e o pior é que eu também só reclamava - que meus irmãos não me ajudavam, que meus pais me solicitavam demais. Quando meu esposo me pedia para não vai lá, eu me sentia culpada. Assim, de pensar que estava me negando a cuidar dos pais.

O que eu não via, era que eu não cuidava deles como filha, fazendo o necessário, eu cuidava deles como mãe.

Posso afirmar que eu sofri demais, demais mesmo. Quando essa ficha caiu, eu olhei pra minha vida sem acreditar no que eu estava fazendo comigo. Descobri até que nesses emaranhamentos eu estava servindo ao meu pai no lugar da minha mãe. Eu estava na esfera do pai, disputando o amor dele com a minha mãe, e da mesma forma disputava o amor dela com ele, quando a defendia nas discussões e ficava brava com ele. Ah! Agora eu sei...

Diante de tudo isso eu vejo o quanto nós estávamos fora do nosso lugar e o quanto isso nos trouxe sofrimentos.

A maioria dos problemas mais sérios surge no ponto onde permanecemos atados ao nosso vínculo amoroso, e a maioria das soluções está no desprender-se das pessoas que estão ligadas a nós e de seus destinos, que elas próprias têm de assumir.

Pertencimento: O força da alma, do vinculo amoroso que rege o clã é justa, todos tem o direito de pertencer, independente do seu caráter ou atitudes, no sistema não se admite exclusão.

Compensação: Quando acontecem injustiças a compensação precisará ser feita, enquanto não houver reparação, os emaranhamentos continuarão, até que sejam vistos e reparados por alguém do sistema. Vínculo e solução atuam em conjunto.

As soluções resultam se concordarmos com os vínculos familiares de uma forma que nos desprendamos de seus destinos.

 O amor é o caminho!


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