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CONSTELAÇÕES ÉPICAS

CONSTELAÇÕES ÉPICAS
Diandra Terezinha Gomes
mar. 3 - 3 min de leitura
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Querida Olinda,

Sou imensamente grata por você partilhar tamanho tesouro. O módulo onze é praticamente uma constelação para mim, pois em minha família existem muitos abortos, suicídios, filhos com deficiências, e em momento algum esses abortos eram contados.

A partir desse curso tão lindo e profundo tenho consciência do quão importante é reconhecer esses filhos, porém minha avó materna sempre evitou tocar no assunto, ela teve dois abortos entre minha mãe que é a filha mais velha e meu tio que é o mais novo. Eles nunca se acertaram, brigam muito, mas os abortos são assuntos não mencionados em meu sistema.

Minha mãe também teve um aborto, o médico sugeriu que o aborto fosse feito pois a criança nasceria com muitos problemas e na época, como passávamos por muitas dificuldades financeiras e emocionais pois vivíamos em uma família totalmente disfuncional, o aborto foi feito.

Minha mãe teve uma vida muito difícil, muitas perdas, encontrou meu avô enforcado, perdeu seu único amor em um acidente e após isso mergulhou em uma depressão profunda por muitos anos. Há cerca de dois anos consegui leva-la para um grupo de constelação e ela melhorou incrivelmente.

Quando ouço a Olinda falar sobre a importância de reconhecer esses filhos não nascidos, que devemos dar um lugar na família, penso que muitas pessoas padecem no sofrimento, talvez por não terem acesso ou não compreenderem tamanha importância, pois por trás de problemas emocionais podem estar gestações interrompidas, ou gemelares que não nasceram.

É visível também a influência que isso traz para os irmãos, que muitas vezes não podem ser prósperos, pois é como se dissessem a esse irmão que não teve a oportunidade de nascer, que pelo amor que sentem também não se permitem viver. Realmente é um tema difícil, pesado, deixa um nó na garganta, é preciso parar e respirar várias vezes.

Quando não contamos um aborto estamos violando a lei do pertencimento, ou seja, todos pertencem e devem ter o seu lugar na família desde a sua concepção.

Penso que é realmente importante para um sistema olhar com amor e respeito e sem julgamentos para estes acontecimentos e decisões que possam ter sido tomadas,  incluir, dar um lugar, assumir toda dor, responsabilidade ou sentimento para que dessa forma o amor volte a fluir.

O aborto é assunto que diz respeito aos pais, por isso se estes não sentirem bem em contar para outras pessoas é necessário respeitar. O fato de contar sobre o aborto não é suficiente para inclui-lo na família. Incluir é um gesto de amor que deve fluir do coração, pode ser através de uma constelação familiar ou de uma meditação acompanhada do desejo sincero.

Uma pessoa está em paz quando todas as pessoas que pertencem à sua família tem um lugar em seu coração.


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