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PROSPERIDADE

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Márcia Regina Valderamos
mar. 3 - 6 min de leitura
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O dinheiro sempre foi visto como “coisa suja” no meu Sistema. Quando ouvia falar em dinheiro até ficava mal, triste, depressiva. Dinheiro sempre me trazia choro e ranger de dentes porque me vinham lembranças de brigas horríveis na minha casa por causa dele.

Hoje sei que dinheiro não é coisa ruim. É uma energia que reverbera e que não é por causa dele ou por ele que brigamos, matamos, fazemos sofrer. É por causa das nossas doenças de alma não tratadas.

A ambição não é defeito de caráter como me ensinaram. É outra energia que nos impulsiona para atingirmos metas, realizarmos nossos sonhos, sermos prósperos. Claro que como com tudo que fazemos, temos que sempre estar conscientes do que essa ambição representa, não só a nós mesmos, mas também para os demais, para o nosso contexto.

Todos temos o direito a ter vida plena, saudável, feliz e abundante. Mas, eu vivia paralisada devido aos traumas pessoais e transgeracionais da minha família. Estou sendo curada durante esses cursos com minha amada Mentora Olinda Guedes.

Nós, da minha família de origem, somos descendentes do povo indígena do interior do Brasil, do povo do leste Europeu e da Espanha, os quais foram vitimados por guerras, perderam muitos familiares, ficaram órfãos... outros tantos (senão todos) tornaram-se órfãos funcionais, pois os pais não receberam e não puderam dar amor de graça.

Todos sofreram muito e também houve os que foram para outras terras, vieram para o Brasil por não terem meios de subsistência na sua Pátria Mãe, ou foram expulsos de suas terras, todos de uma ou outra maneira, desrespeitados, humilhados perderam sua dignidade, passaram fome, sofreram com as intempéries.

Essas memórias epigenéticas vem passando de geração em geração e chegaram a mim. Agora eu sei. Agora eu vejo. E não precisa mais.

Durante a live do Jonas Kaz no dia 16/02/21, a amada Mestra Olinda disse:

Quando você não tem sonhos, quando você não se faz próspero, não está prejudicando somente a si, mas também a muita gente.

Isso me tocou profundamente!

Quanto egoísmo da minha parte! Quanta presunção! Quem sou eu para não ter sonhos? Achar que não mereço ter sonhos, que não me compete ser realizada, ganhar dinheiro justo, ter prosperidade e abundância e assim poder fazer o que o Saber Sistêmico diz que é correto, que é respeitar a lei sistêmica do equilíbrio, da compensação? Quem disse que já fiz tudo o que podia, o que competia fazer?

Para pertencer, ser como os meus, tenho que ficar perpetuando essa condição de impotência, infantilidade, orfandade, desamparo e carência? Por que, se com isso desequilibro todo o meu sistema, o nosso entorno e sinto que não sou e nem faço os meus felizes. Isso só está piorando as coisas.

Como pode ser errado, ser pecado, ter dinheiro em abundância, ser famosa, reconhecida, ter êxito, se eu conseguindo, conseguindo cada vez mais ser próspera, poderei fazer doações para, por exemplo, o povo do Malawi, onde o Jonas Kaz fez voluntariado e hoje nos contou que, apesar de lá morrerem tantas e tantas pessoas, muitas e muitas crianças de desnutrição, apesar de não terem nenhuma perspectiva de melhora, esse povo honrado não deixa de valorizar a si mesmo, uns aos outros, a sua terra, ao quase nada que tem. E, principalmente, eles têm sonhos.

Que direito tenho eu, com tudo que tenho de possibilidades aqui no Brasil, de terra dadivosa, que direito eu tenho de não sonhar? De não me permitir ser vencedora? Muitos morreram e vão morrer de fome, por exemplo, se eu não for ativa, se eu não agir.

Sim. Sou uma gota no oceano, porém são de gotas que se formam os mares. Não. Basta de ser vítima de circunstâncias que não condizem com o meu “aqui e agora”.

Bem diz o Jonas:

É muita florzinha para pouco cartão de crédito.

Meus antepassados sofreram muito sim, mas eu não preciso sofrer no mesmo tanto para ter o amor deles. Eles não haveriam de querer me ver sofrendo só para ser igual a eles, coisa que nunca vou ser, pois tenho infinitas oportunidades aqui nesse tempo e nessa terra que vivo.

O Jonas, menino lindo por fora e um Apolo na alma, disse:

Dê o seu máximo de abundância para que o próximo possa sair do seu mínimo de escassez.

Essa é a lição que fica dessa live.

Não é que eu tenha o direito de ser feliz, ser protagonista da minha vida, ter sonhos e metas ambiciosas, não se trata apenas de eu ser ou não merecedora de saúde, plenitude, felicidade, abundância, prosperidade. Não.

É muito mais para o além do aparente, como ensina a Mestra Olinda. Eu tenho o dever de ter dinheiro e obter tudo que possa fazer o bem reverberar, repassar para o próximo, dividir, multiplicar com o meu semelhante.

A Mestra diz sempre: ”A vida recompensa a ação “.

Portanto, não é me lamentando, sendo melancólica, deprimida, desanimada, temerosa, insegura, medrosa, não é ficar só querendo curar meu umbigo, minhas feridas que eu vou conseguir ser próspera em tudo na minha vida e ter paz.

É agindo em favor de mim mesma e da humanidade. Afinal, todos nós nesse mundo somos um só, não é mesmo?

E termino a minha reflexão com outra frase do Jonas: “Se não for por amor próprio, que seja por amor ao outro”.

 


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