O sofrimento humano demonstra toda a complexidade que há por trás dos traumas, sintomas e doenças, suas dinâmicas sistêmicas, trazendo a luz o que até então não era visto, compreendido.
Os emaranhamentos nos fazem ficar tão resistentes aos sintomas, no entanto, quando recebemos a vida da forma como nos foi dada, sem julgamentos, aceitando-a da forma que é, percebemos que a raiva, a tristeza, o medo, a dor, mal estar e tantas outras coisas reprimidas passam a fluir e dar lugar a sentimentos apaziguadores, leves, o amor começa a fluir.
Há ainda, sintomas de memórias transgeracionais, que herdamos dos antepassados e que nos fazem reviver certas dinâmicas, a fim de que possamos voltar a atenção e o nosso olhar aos excluídos do sistema.
Desta forma, quando adoecemos, existe algo que não foi cuidado, zelado. Há uma mensagem por trás da doença ou sintoma, que precisa ser ouvida e compreendida. Assim, quem adoece trabalha para todo um sistema, seu sofrimento é resultado de muitos envolvidos, portanto, merece respeito e cuidado.
Podemos concluir que o sofrimento humano é a busca do amor, é o que nos sinaliza a direção a seguir, por vezes a rota precisa ser alterada, pois nada fica para trás.
A doença é apenas uma forma do organismo dizer: estou aqui e não desisto de viver.
Olinda Guedes
Assim, os sintomas e doenças guiam a rota, o caminho a seguir, o que é necessário ser feito, as tarefas à cumprir, até que pelo conhecimento a cura aconteça.