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Resenha - OS SETE SABERES NECESSÁRIOS A EDUCAÇÃO DO FUTURO

Resenha - OS SETE SABERES NECESSÁRIOS A EDUCAÇÃO DO FUTURO
OLINDA GUEDES
ago. 31 - 5 min de leitura
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por Piedley Macedo

Os sete saberes necessários à educação do futuro de Edgar Morin não nos passa nenhuma fórmula secreta de como devemos pensar a educação, mas busca demonstrar algumas lacunas existentes entre o que é educar hoje e como deveria ser a educação do futuro. No seu estudo ele nos afirma que a educação depende da combinação desses saberes o qual deveria ser tratada em toda a sociedade e em toda cultura.

Em seu primeiro saber intitulado como "Enfrentar as Cegueiras do Conhecimento", o autor busca trabalhar a ideia de erro, porque a ciência sempre buscou afastar o erro de sua concepção, sendo assim tudo aquilo que era considerado como erro devia ser retirado da criação do conhecimento.

Segundo Morin "O dever principal da educação é preparar cada um para enfrentar os não saberes com lucidez", ou seja a necessidade de integrar os erros nas concepções para que o conhecimento consiga avançar.

Outro fator abordado neste saber seria a ilusão, ou como somos iludidos sobre o mundo e sobre nossa realidade, pois o acaba sendo permeados por nossas percepções, acaba traduzindo o conhecimento de acordo como nós entendemos, buscando os erros e as ilusões deste conhecimento conseguimos compreender e formarmos um conhecimento puro.

Em seu segundo saber o autor busca trabalhar a ideia de conhecimento pertinente, o qual entre em contraposição com a ideia que para aprendemos temos que fragmentar, ou seja quando mais nos fragmentamos as disciplinas mais o conhecimento consegue avançar. A ideia central deste saber remonta a necessidade de que o todo é mais que a soma das partes temos que "pensar as relação entre o todo e as partes", onde a educação do futuro busca estimular a inteligência geral e o conhecimento do todo.

O terceiro saber nos direciona a pensar na condição humana, aprendemos que somos só culturais, precisamos reaprender que não nos limitamos apenas a este aspecto mas também somos naturais, físico, psíquicos, míticos, sociais dentre outros. Neste saber o autor busca demonstrar que necessitamos reaprender nossa própria condição, "ensinar o ser humano: com razão e sensibilidade; razão e emoção", O ser humano deveria ser objeto para educação do futuro.

O quarto saber diz  respeito a identidade terrena, o qual precisamos ensinar aos nossos alunos a ideia de sustentabilidade com objetivo construir um planeta que seja viável para as futuras gerações, ensinar, portanto, a identidade da terra pátria. A educação do futuro deve estimular o conhecimento do planeta e a forma como devemos nos relacionar com ele, devemos "salvar a unidade humana e a biodiversidade".

Em seu quinto saber o autor aborda o princípio da incerteza o qual busca-se contrapor aos preceitos defendidos pela ciência cartesiana o qual nos direciona a pensar que tudo que é científico faz parte da certeza, desta forma devemos ensinar nas escolas a ideia de incerteza, sendo assim esta incerteza nos levaria ao avanço da cultura, ao avanço do saber. No processo educativo é necessário saber lidar com a incerteza, "compreender a incerteza do real".

O sexto saber o autor enfatiza a necessidade do ensinar a compreender porque se formos analisar como a educação se apresenta atualmente podemos notar que ela prioriza a incompreensão, a incompreensão dos outros, a incompreensão do mundo. A educação do futuro precisa buscar na incompreensão o entendimento e a aceitação para se alcançar a compreensão, "evitar o egocentrismo e o etnocentrismo" ou seja devemos deixar de tentar compreender os outros por nossas crenças e valores "tolerar os outros com sua diferença".

O seu último saber diz respeito a ética do gênero humano, ou seja, ensinar a cidadania terrestre, "pela democracia", "pelo diálogo".   Surge desta forma um termo denominado pelo autor de antro-poética o qual se ancora em três elementos o indivíduo, a sociedade e a espécie, ou seja precisaríamos arranjar uma antro-poética que religasse este três fatores e não os afastasse.

Portado os Sete Saberes de Morin não devem ser entendidos como uma norma para ser aplicados nas escolas, são inspirações que motivariam o educador a repensar seu posicionamento na docência, na relação com os outros discentes, com as grades curriculares, na relação da disciplina e na sua relação com o processo avaliativo.

Um tanto mais sobre Edgar Morin:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Morin

https://aterraeredonda.com.br/edgar-morin/


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