Esta semana atendi uma linda cliente, Lise. Assim vou chamar para preservar.
Lise iniciou a conversa falando:
Oi, eu estou bem. Tudo tranquilo. É que minha amiga fez com você uma constelação e adorou. Ele disse para eu fazer. Mas eu estou bem, é só para conhecer...
Perguntei se era casada, tinha filhos...
Não, mas não quero falar sobre isso, ok?
Senti que havia aborto provocado, mas continuei respeitando, continuei com as perguntas.
E seus pais?
Estão bem, são casados. Brigam, mas se dão bem.
E você com sua mãe?
Nossa, eu e minha mãe brigamos muito. Ela não aceita, ela sabe tudo, e eu não suporto, então moro sozinha aqui em SP.
Percebi que ela não era filha única, tinha um irmão da traição do pai, e descobri que ela tinha feito um aborto.
Noto que temos que deixar o cliente contar a história e aos poucos introduzir as falas para poder chegar onde ele não quer falar devido a dor...
Aos poucos ela chegou ao bebê, deu nome, chorou muito... Ela disse que não sabia o que fazer pois o companheiro era casado e tinha família.
Para ela a mãe não presta, mas o pai sim. Ela repete a história do pai, tem um amante, tem um aborto. Tudo se repete.
A constelação foi tomado seu rumo e a emoção foi muito grande. Ela falava muito com a mãe, pedindo perdão e vendo a dor dela.