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ANTES DA LEALDADE, A FELICIDADE

ANTES DA LEALDADE, A FELICIDADE
Keli Cristina Cardoso dos Santos
abr. 6 - 3 min de leitura
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Antes da felicidade, a lealdade aos pais.

Como é chocante esta constatação.

Lembro de bem jovem ficar comentando:

- Casar para que?

Se for o caso, melhor só se juntar para facilitar a separação.

Certa feita, eu já no primeiro emprego, professora concursada, levando a casa da mãe nas costas o que me contrariava de sobremaneira, repeti a fala e fui repreendida por uma colega de trabalho. 

Ela me disse que a história da minha mãe era dela, e que a minha era outra e que eu a vivesse e me permitisse ser feliz num relacionamento.

Nunca tinha namorado sério com ninguém, apenas uns flertes sem menor importância, pelo menos para mim e como num passe de mágica, após o mini sermão da colega.

Pouco tempo depois conheci o pai dos meus quatro filhos (3 vivos e um anjinho) e num relacionamento meteórico, namoramos, noivamos, engravidamos e casamos no prazo de um ano.

Creio que vocês possam adivinhar o relacionamento disfuncional que eu vivi durante 15 anos, até não suportar mais tantos abusos e finalmente me separar.

Lembro de pensar nos dois relacionamentos falidos de mãe que nunca casou no papel, morou junto como diziam e de como ela se tornara triste, amarga, enferma física e mentalmente e de me prometer várias vezes, nas situações mais difíceis no casamento, que eu só separaria em caso de agressão física.

Relembro tudo que suportei, mesmo vivendo contrariada, ultrajada, diminuída, no desejo de fazer diferente de mãe.

E foi justamente esse tentar fazer diferente que me conduziu ao mesmo ponto que ela: mãe de três filhos, separada do marido próxima dos 40 anos de idade.
Durante muito tempo olhei com muita revolta minha trajetória, sem entender  porque mesmo tendo feito tudo certo, tudo tinha dado errado.

Eu era a moça que escolhia muito e acabei, no meu entendimento da época, escolhido o pior possível.

Doeu muito recordar dos caras bacanas que tinham gostado de mim, e que se encontravam casados e felizes, e eu os esnobei sem nem saber direito porquê.

Estudando as leis do amor e o conceito de lealdade, muitas coisas fizeram total sentido pra mim.

Especialmente no tocante aos relacionamentos amorosos, no relacionamento com meus filhos e no relacionamento comigo mesma.

Fui magra a vida inteira, mas após os 35 anos de idade comecei a engordar muito e sem conseguir emagrecer e depois da separação desenvolvi doenças físicas semelhantes a mãe.

A questão financeira também foi sempre um desafio para mim, e hoje sei que tem relação com as questões que guardamos com nossa mãe.

Sinto que tem muita coisa ainda a ser trabalhada, mas tenho convicção de estar no caminho certo.

Eu me permito honrar a minha história, mas fazer diferente em prol da minha felicidade.
Pela primeira vez, antes da lealdade, eu escolho a minha felicidade.

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