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MEU PRIMEIRO RENASCIMENTO

MEU PRIMEIRO RENASCIMENTO
Rosane Huergo
mar. 22 - 3 min de leitura
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Tudo aconteceu tão “por acaso”.

Mestra Olinda comentou a respeito dessa ferramenta hoje de manhã na aula de tira dúvidas da Formação Real. Eu faço a F4 desde fevereiro, e, no momento em que ela comentou, pareceu que essa palavra, renascimento, ressoou em mim. Não pensei em fazer imediatamente, mas conforme o dia foi passando, parece que a possibilidade de fazer foi tomando forma e de repente, eu já estava me comunicando com a Edna e marcando para dali a meia hora pra fazermos. Também pesou o fato de ser equinócio de outono no hemisfério sul, e de alguma forma a Terra estava me chamando para mais uma missão.

Após fazer o grupo obrigatório de respirações e acelerar meu coração, me vi olhando para minhas pequenas mãos que pareciam brincar com a água dentro da barriga da minha mãe. Era tão gostosa a sensação de tocar aquela água morna e aconchegante. Tinha tanto espaço ali.

Dava pra explorar bastante. Me senti acomodada numa caminha macia que apoiava minhas costas como em um berço aconchegante. Delicioso tudo aquilo. E foi de repente que percebi que não estava sozinha. Havia uma figura do meu lado esquerdo, era uma menina.

Ela também brincava com a água  e me fazia sentir que não estava sozinha. Seu nome era Clara.

De repente a água ficou agitada e senti um gosto de vinagre na boca e Clara não estava mais ali. O que havia acontecido? Então ouvi de Edna algumas frases sistêmicas que repeti várias vezes. “Eu sou inocente. Eu sou inocente. Nossa mãe não teve culpa”. Me senti muito triste e solitária. Foi aí que reparei que eu não estava mais sozinha, um ser diferente surgiu vindo em minha direção. Era um unicórnio branco e me vi transportada para um lugar mágico cheio de borboletas coloridas, relva verde e macia e muitas bolas coloridas.

Um mundo mágico.

Refiz minhas energias e de repente percebi a mão de meu pai em meu ombro do lado direito.

Ele era muito alto e magro. Senti também a mão de minha mãe no meu ombro esquerdo e ela parecia ser bem menor que meu pai. À medida em que meu pai se alongava, ela diminuía até que desapareceu por completo. Fiquei chamando por ela mas não ouvia nenhuma resposta. Foi então que percebi o semblante triste de meu pai, e que ele estava chorando.

Aí entendi que minha mãe havia partido. Partido como? Chamei , chamei  e chamei por ela. Perguntei a ele onde ela estava e de repente me vi acariciando um corpo que jazia inerte. Ela parecia estar dormindo mas seu corpo rijo me fez não ter esperanças de vida. Foi ai que me ouvi dizendo: ” Querida Mamãe, eu te amo.

Te amo muito, com todo o meu coração. E é por esse amor que vou fazer o meu melhor por nós. “

E dentre muitas lágrimas de amor e reconhecimento, segui o fluxo do meu coração e muitas memórias foram limpas, curadas e consteladas por uma hora e meia de renascimento.

Gratidão Olinda, Edna e Universo por tudo!

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