Para o amor dar certo é preciso ser aceito como você é pelo seu clã familiar é sentir- se pertencente, ser respeitado por ele.
Todos nós sonhamos em sermos felizes nos relacionamentos, encontrar um príncipe encantado e a maioria pensa em ter filhos, um lar aconchegante com um gatinho e um cachorrinho buscando referência no nosso sistema familiar.
Quando vivemos num lar estruturado queremos imitá-lo e quando não é dizemos que tudo será diferente, mas é pura ilusão nós seguimos cegamente os problemas de nossos ancestrais inconscientemente.
Quando os vínculos de amor são interrompidos em nossas vidas começa um grande problema, não só para a pessoa como para seus descendentes. Olinda Guedes, no livro Além do Aparente comenta sobre as Leis do Amor, quando elas são violadas é interrompido o movimento, e a criança começa com excessos de comer, beber, falar, adoecer, começam emaranhamentos de vários tipos.
“Existe uma ordem entre a criança e seus pais e a ordem é: primeiro os filhos recebem e depois eles passam adiante. O amor da criança em direção aos pais, é sempre em direção ao futuro, é sempre para frente. Quando a criança está ferida, quando o vínculo desse amor foi interrompido, a vida não vai para frente, a criança adoece, não aprende, não floresce. Porém, não acontece só com uma criança, isso acontece com todo filho, todas as pessoas, independentemente da idade”. (GUEDES,2015. p.67)
Atraímos para nós pessoas com problemas semelhantes ou iguais que carregamos e por fim acontece os fracassos e separações repetidamente. É preciso buscar então soluções e uma das mais eficazes é começar investigar como foi a vida de nossos pais, avós, bisavós, tataravós, descobrir como foi a infância deles. Pois é na infância que começa, na maioria das vezes, todos os traumas.
Acredito que este trecho do poema de Fernando Pessoa condiz com o texto:
A criança que fui chora na estrada
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei- de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.”
PESSOA, Fernando. Novas Poesias
Inéditas. Lisboa: Ática,1973.
Nós podemos realizar terapias de constelações sistêmicas para resolver os nossos emaranhados para que os nossos antepassados fiquem em paz e equilíbrio e nossos destinos sejam mudados e assim a geração futura se beneficiara não tendo tantas questões e tarefas para resolver.
#mod03