Quando me sentei na cadeira e fiquei olhando para o computador, me deparei com a sensação do que devo escrever.
Fiquei ali sentada por quase uma hora e nada.
Decidi então esquecer.
Me levantei e decidi caminhar um pouco onde moro.
Sai e comecei a olhar o céu que já estava escuro e a lua despontava e ao longe avistei um ponto brilhante e vi as crianças a pedalar de bicicletas e outras tantas passeando de carrinho de bebê com seus pais.
Me sentei no banco e fiquei observando as pessoas e os seus jeitos: umas ao telefone, outras sozinhas, outras com filhos, outras fazendo atividade.
E fiquei me perguntando se a pandemia aqui não existia já que estava assim cheio de gente, uns com máscaras outros, sem.
Parece que tá tudo bem mas não está e a prova tá ai para quem quiser ver.
O mundo chora a perda de tantas pessoas.
Eu choro porque já perdi um tanto de gente, alguns parentes, pessoas conhecidas do trabalho, acompanhei sofrimento de amigos que perderam seus pais, pessoas famosas e por ai vai e por elas eu choro.
Eu gosto de plantas e cultivo algumas: cactos, suculentas, algumas ornamentais. não dá pra cultivar muito porque o espaço é bem pequeno.
Todas as vezes que as rego eu olho para elas para ver suas folhas, seus galhos, suas raízes, suas terras e converso com elas.
Após um tempo percebi que o que está acontecendo tem haver com a mãe natureza respondendo a tantas falhas nossas com ela: desmatamento e a invasão da casa dos animais, poluição do ar e sonora, poluição dos rios, a matança desenfreada de todas as espécies, inclusive da nossa.
E com isso me veio a palavra, perdão.
Quantas vezes devemos pedir por cada erro que cometemos conosco e com o próximo e por tabela, a natureza.
Quanta maldade estamos enfrentando em nossos sistemas, quantas noites escuras da alma e a humanidade afastada da mãe natureza, de seus ensinamentos.
Quando eu falo da mãe indiretamente falo do pai, o criador de tudo e todos.
Mas então a mãe porque ela é colo, carinho, é amor e é o que nós faz mais falta amar e amor.
Sem amor não conseguimos e nem podemos amar porque só podemos dar o que recebemos.
O pai protege, o pai guia mas é no colo da mãe que sentimos os sentimentos e os expomos.
É o equilíbrio da alma, da vida, é o sentido de tudo.
Ninguém vai até o pai sem o consentimento da mãe.
Ninguém oferece colo, se não teve um.
Todos nós temos fome de amor mas são poucos os que são saciados e sentem a plenitude, estão completos.
A grande maioria de nós está doente por falta de tantas coisas mas exclusivamente de amor e dessa forma esquecemos os outros e excluímos e o sistema futuramente mostra as dores, as noites escuras da alma.
Devemos perdoar?
Perdão é divino e temos centelha da divindade em nós, pois somos a imagem e semelhança do pai. O perdão significa um novo jeito de olhar a vida, de ter compaixão, de não julgar o próximo e com isso receber e dar o amor.
Perdoar é fácil?
Sinto que não mas é algo que pode ser trabalhado e se não conseguirmos, pedimos ao pai para nos ajudar nesse caminho e por outro lado, fazemos a nossa parte e buscamos reparar os nosso erros e assim se permitir realizar os princípios e movimentos sistêmicos.
Perdoar e será perdoado, amarás e será amado.
Como diz são Francisco: senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz.
#mod11