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A BOA NOTÍCIA: NINGUÉM PODE NOS FAZER INFELIZES - PARTE II

A BOA NOTÍCIA: NINGUÉM PODE NOS FAZER INFELIZES - PARTE II
Eleonora de Góes  Miranda
ago. 14 - 3 min de leitura
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É conveniente assumir também que a felicidade não significa prazer, nem sucesso, nem ausência de dor e frustração. A felicidade é outra coisa: uma sintonia com o aroma de ser essencial e com a força da vida, um sim incondicional a todas as suas dimensões, um viver em consonância com nossas predisposições e o estabelecimento de vínculos ricos e significativos com os outros.

Então, se sabemos que não podemos pedir a plena felicidade ao nosso companheiro, quem é esse que dentro de nós a reclama e se empenha em encontrar exigências e argumentos infelizes porque a realidade não se assemelha a seus sonhos? Quem escreve intensos dramas com brilhantes, embora fatais, argumentos? É, nem mais nem menos a criança que continua viva em nós. Se a letra de tantas e tantas canções românticas fosse o sensor que nos informasse dos assuntos- chave emocionalmente nos relacionamentos afetivos, o resultado seria inequívoco: o parceiro teria o poder sobre a vida e a morte e, além disso, seria o sentido da vida. Escutamos, por exemplo: “Não posso viver sem você”, “Se você for embora, eu morro”, “Sem você nada faz sentido”, “Não há um inferno pior que sua ausência”, etc. Se analisarmos com cuidado essas frases, veremos que só podem vir de uma criança. Para elas, poderiam ser frases reais, pois com tão pouca idade a ausência da mãe ou do pai é vivida como um inferno. Sua dependência é tão grande que, sem eles, ela sente que não conseguiria sobreviver, ou que não teria sentido viver: sem eles, poderia morrer, literalmente. Portanto, a mensagem popular que povoa essas canções refere-se ao amor romântico infantil.

Como já disse, somos mamíferos e precisamos de contato e do olhar para sentir que vivemos. E não se trata só de palavras, durante a Segunda Guerra Mundial houve registros de que, em certos orfanatos onde os bebês eram formalmente alimentados e cuidados, mas não tinha uma pessoa significativa que olhasse para eles, que os acariciasses e estabelecesse com eles um vínculo pessoal, os bebês acabavam morrendo. Isso foi denominado “marasmo hospitalar”. Como se, morrendo, eles manifestassem que a vida sem vínculos amorosos significativos não podem vencer a morte.

Quando se trata de uma relacionamento afetivo, devemos nos perguntar sobre a qualidade desse amor: É possível envolver-se real e profundamente e construir bem-estar em uma relação mantida por duas crianças? É uma relação mãe- filho, ou pai- filho, ou um relacionamento entre adultos? O que é legítimo e razoável pedir e esperar em um relacionamento afetivo, e o que não é? O que cabe à criança e o que se espera do adulto?

LIVRO - O AMOR QUE NOS FAZ BEM - JOAN GARRIGA


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