A casa da infância
As janelas da minha alma
Debruçam sobre a varanda da casa
Da infância
Sem brinquedo na lembrança
e olham o rio do fundo da cozinha
O banquinho com pedaços da galinha
Meus brinquedos
Minha irmã roncando de nascida no quarto
Está tudo bem?
Vera, verdade!
A porta dos segredos se fecha
E a minha alma se abre
Roçando o passado
Chão verde
Água Riacho
Dores amores
Não doem.
A fazenda ao lado
Não era nossa
Extensão de mim
Tudo é vida!
Sopa de galinha caipira
Sou caipira
Casa do pai da avó do avô
O caminho estreito
Passos de criança
Olhar no infinito
Do ser
De lá me fiz
Raiz exposta
Revigorada pela busca
Origens e futuro
A casa me olha
Entro
O que houve
Era maior antes?
Eu era pequena!
Hoje é uma casinha
Cresci.
Me encontro
Eu e a casa
A casa e eu
A casa onde mora
Minha infância
Como era a casa da sua infância? Seria uma honra saber, me conta.