Quando criança fui negligenciada, vivia em um ambiente desfuncional, no meio da violência e do alcoolismo.
Minha genitora não foi minha mãe, minha bisavó assumiu a responsabilidade por me criar. Cresci com uma dor não resolvida, com um sentimento de culpa, porque na catequese ouvia que devemos amar nossos pais. Eu não conheci meu genitor e tinha mágua , rancor, da minha genitora por não ter s minha mãe.
Agora adulta e com o conhecimento sistêmico dado pela professora Olinda, sinto um alívio em meu coração, tiro o peso da culpa de minhas costas, pois agora sei que meus genitores não foram meus pais e meu sentimento era justificado, pois as necessidades básicas da minha criança não foram atendidas.
Eu era uma adulta dominada por antigos sofrimentos desproporcionais ao contexto, sentia um vazio, uma tristeza.
Ouvir a professora Olinda dizer que devemos honrar os genitores e amar os pais, foi libertador para mim. Hoje sei que minha mãe também era adulta com uma criança ferida, que assim como eu não teve suas necessidades atendidas quando criança.