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A dinâmica do vínculo afetivo

A dinâmica do vínculo afetivo
Rayanne Jarcem
abr. 24 - 4 min de leitura
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O que são os relacionamentos afetivos, se não uma troca de universos, sistemas familiares e inconscientes. É uma missão grande, daquelas de se jogar em parafusos, mochila nas costas e toalhas quentes e limpas, as vezes frias e incalculáveis. Nessa soma é importante acrescentar amor, ou paixão, ou os dois. Que seja um sentimento próximo ao puro, que cure.

Dias atrás estava em um curso de formação, no qual o tema era sobre casais, relacionamentos, famílias e seus desencontros  e encontros, porque não? 
Me ficou forte a música "A VIDA É A ARTE DO ENCONTRO, EMBORA HAJA TANTO DESENCONTRO PELA VIDA".  E todos precisam ser incluídos, todos os encontros precisam ter lugar no coração.

Talvez não tenhamos proporção de quanto isso marca intensamente e energeticamente as vidas. 

Nesse sentido, estamos falando do que o Bert Hellinger chama de Vínculo. E dentro de um relacionamento, o principal vínculo é a relação física, que os corpos podem dizer ser um ato apenas sensorial, mas a alma sabe o vínculo que permanece.

Vocês sabem que gosto de contar histórias não é mesmo? Conto uma que a minha mestra da formação em constelação familiar trouxe de suas vivências:

Então, em um treinamento com Bert no Brasil um rapaz muito incomodado pelo tema disse que discordava que o o único vinculo era obtido através desse envolvimento. Que acreditava ter outras formas de vínculos. Bert então pergunta quais formas ele ilustraria? Ele ficou sem resposta mais disse não acreditar. E então Hellinger o chamou para vivenciar algo.

O colocou a frente de todos e perguntou quantas pessoas o rapaz tinha se envolvido fisicamente. Então chamou as representares daquele número. Vendou todas as moças e pediu para que ele andasse livremente entre elas. Disse apenas "Vamos ver o que acontece!"

As moças logo que começaram a andar se colocaram em formato de círculo com a cabeça voltada para dentro, todas vendadas. Bert então pediu para que o rapaz andasse livremente entre elas.

O rapaz na expertise de não dar bandeira e com o ar de "tanto faz", começou a ir no maior silencio possível pelo lado de fora do círculo. Andando devagar, tranquilamente. (De certo pensando "minha tese é real...rs).

Nesse movimento, o inevitável da alma aconteceu: Cada vez que ele passava por uma moça vendada ela virava seu corpo para olhar (mesmo com a venda nos olhos) como quem sente "ele está aqui".

Uau! (Silêncio se fez)...

Ele, e a todos presentes sentiram aquela emoção e aquele êxtase. Ele baixou a cabeça, consentiu e disse "Agora vejo". Bert lhe deu um frase que é "Desculpe pelo dano que causei, vocês todas fazem parte." Olhou a todas as representantes nos olhos e todas sorriam como leves penas que podem voar com o vento.

Pronto, a alma sabe!

Ao ouvir essa história muitas pessoas diriam que é pesado isso de vínculos passados. Mas não é isso, e quem sente isso na verdade se conecta com algo na alma, e precisa dar lugar no coração.

Dar lugar a amores antigos, a expectativas antigas, a envolvimentos físicos, a relações extra- conjugais, a um primeiro amor. Pensa que tudo foi do jeito que era possível. Mesmo que isso tenha gerado uma perda, um dano, dor ou mágoa. Usar a frase "foi assim" para a alma é lindo, já que ela traduz para a consciência que agora não precisa mais sofrer.

Deixa no passado o que é do passado, para que agora você possa estar integral seja em um relacionamento, seja sozinho(a) mesmo.

Veja bem, toda sua história é muito bonita! A que envolve alguém então, é mais bonita ainda... Envolvia dois universos com amor, dor, alegria e tristeza e teve o desfecho necessário para as ambas as partes. Pode deixar ir! Você está completo assim. E se alguns amores retornarem, faça escolhas.

Seu coração não dá conta de ser um novelo de lã emaranhado, liberte-o! Deixe ele ir leve coma uma pluma.

Se a vida é a arte do encontro, ela dará um jeito de trazer para perto quem é necessário e poderá enfim, ficar.

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Texto criado para reflexão das relações: Podendo também causar a reflexão da valorização dos corpos e do auto- amor. 
 


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