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A economia “divina” do ser humano

A economia “divina” do ser humano
Simone Belkis
ago. 26 - 5 min de leitura
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Estava pensando a respeito do comentário de um amigo no Facebook sobre a postura do ser humano diante da economia. Somos ainda, embora não pareça mais, elementos da Natureza. Fazemos parte do ecossistema (que inclui os seres vivos e o ambiente, com suas características físico-químicas e suas inter-relações). Mas, o que temos feito com certa maestria, e infelizmente, é criar um distanciamento cada vez maior e mais perigoso entre nós humanos e a natureza que nos sustenta.

Na conversa, foi citado o fato de o homem encarar o sistema econômico como algo Divino, que não pode ser revisto. Achei a colocação perfeita. O ser humano, na sua infeliz mania de sentir-se Deus, cria as regras para seu próprio Inferno.

Mas, por que isso acontece? Eu penso que nós humanos perdemos a mão, e já faz tempo, quando se trata de senso de valor. Afinal, o que realmente tem valor nessa vida que levamos? Quais são os parâmetros considerados quando se trata de gerir a sociedade? "Bora" primeiro entender (como vocês já sabem, sou chegada num conceito, hehe). Juízo de valor é um julgamento feito a partir de percepções individuais, tendo como base fatores culturais, sentimentais, ideologias e pré-conceitos pessoais, normalmente relacionados aos valores morais.

A construção do juízo de valor começa com nosso desenvolvimento como indivíduos, mas como somos criados dentro de um padrão pré-estabelecido por uma série de fatores internos e externos alienantes, acabamos por nos deixar levar (em sociedade) pelas conveniências e facilidades que nosso ego estabelece como "certo ou errado" para o existir em grupo. E claro, o favorecimento individual ou de grupos específicos se torna inegavelmente óbvio.

Passamos, então, a assistir a metodologia "divina" (com d minúsculo mesmo) favorecer os interesses materiais, razão única e exclusiva para o controle massivo que os governos e o empresariado exercem sobre taxas e valores que regem a sociedade, e que determinam até mesmo quem vive e quem morre.

Outro fator importante a considerar nesse caso é porque chegamos a esse ponto, com um desnível absurdo de distribuição de renda e de valores pessoais. Isso também não vem de agora. No meu entendimento, antes de sermos puramente físicos, somos uma essência, que muitos chamam de espiritual, embora eu acredite que existam estágios anteriores que precisamos galgar para chegar a essência verdadeiramente espiritual. Eu diria que somos antes seres anímicos, com uma alma por construir por meio do amor e do autoconhecimento.

Para muitos esses são temas que não se misturam, dirão: "religião" e dinheiro, isso é heresia. Primeiro, que não estou falando em religião e sim em religiosidade ou o ligar-se a Deus. E esse ligar-se a Deus está mais para: "Mateus 6: 6 - Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará diante dos homens". Mas, o que estou querendo dizer com isso tudo?

Quero dizer que ao nos afastarmos de nossa natureza ambiental e espiritual (que são lados de uma mesma essência), acreditando que o mundo material e a sobrevivência é tudo o que temos, e agindo como predadores na cadeia "alimentar" da sociedade humana, perdemos o verdadeiro senso do que vale essa vida.

Enquanto uns lutam desesperadamente para sustentar seus corpos físicos, cheios de males e doenças, porque passam fome, porque não possuem educação que os valide, porque não têm acesso a realizações pessoais, porque são encaixotados na categoria "pobres", categoria essa que também extermina a individualidade (que é a base da essência anímica de cada um), outros se empanturram com carboidratos e proteínas caríssimos para encobrir sua falta de amor-próprio, enchendo-se do que não precisam, suicidando-se porque não conseguem enxergar a si mesmos, porque igualmente se encaixam na categoria "pobres", só que agora de essência.

O ser humano não se dá conta de ser seu próprio algoz por desconhecer e menosprezar as leis universais e invisíveis (sim, isso mesmo) que nos rodeiam. Quando acreditamos que só existe aquilo que vemos, miseravelmente, esquecemos que cães ouvem sons que não ouvimos e gatos transmutam energias que não sentimos. E aí eu pergunto: Onde fica supremacia humana?


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