Amai o teu próximo como a ti mesmo. Mateus 22:39
Há muito tempo sonho em trabalhar com terapias, e as que mais me interessaram sempre foram as alternativas, intuitivas que vão profundo sem ser explícitas, que resolvem com certa arte. Resumindo um longo caminho, decidi criar um método:
Poderosa: AMOR PRÓPRIO SEM CULPA!
(Cuja versão masculina e bem menos procurada, infelizmente, é: O CARA CERTO: Amor próprio sem medo!)
A melhor definição que encontrei de amor próprio é que ele é auto aceitação e auto aprovação em todos os momentos (Elvi Orr).
O amor próprio então, é a base para a vida livre de impedimentos, alegre e pacífica, porque a partir dele conseguimos nos encontrar, cuidar e preservar, fazendo escolhas que sejam realmente boas pra nós.
Portanto, me parece fácil perceber que sem essa base sólida tendemos à infelicidade e doença.
Dito isto, o desafio do amor própria parece óbvio:
- Como se amar quando sabemos que não nos encaixamos nos padrões idealizados socialmente?
- Como manter essa chama acesa quando parece que não há combustível suficiente lá fora?
Podem nos julgar, nos odiar, nos insultar, nos isolar... e essa é uma dor que evitamos a todo custo. (Aliás escrevi um texto sobre afeto social aqui).
No entanto, o que faz o exercício do amor próprio brotar, não é o ar de fora, é a compaixão de dentro. Essa inteligência emocional e divina ajuda a nos relacionar com quem somos de maneira bondosa, paciente e amorosa. Sem essa prática, sempre haverá auto julgamentos e nossas crenças sobre amor estarão sempre associadas ao que e a quem supostamente deveríamos ter e ser, não a quem somos: Imagem e semelhança do Criador.
E aí que a gente começa a perceber que, na verdade, a relação que temos conosco é que define a relação que temos com os outros e não o contrário! Portanto, aquele que nos julga, julga também a si mesmo, e vice-versa. Me parece que, por isso, o julgador precisa mais da compaixão possível em mim do que a vergonha e raiva que já me habitavam antes do outro. Nesse ponto, acho pertinente o que Thupten Jinpa escreveu em seu livro “Um coração sem medo”:
“Quando experimentamos a compaixão, nos despimos dos rótulos para nos destacarmos dos demais e nossa humanidade se revela. É nesse nível básico que podemos nos conectar com a pessoa que está diante de nós. Nesse momento, tudo o que importa é o fato de ela ser outro ser humano, como nós, que aspira à felicidade e instintivamente tenta evitar o sofrimento. Nada mais tem importância: nem etnia, nem identificação cultural, nem gênero.”
Eu não acho que seja fácil agir assim, mas é impossível se não tratarmos nossas feridas infantis e não nos comprometermos fortemente com nosso desenvolvimento.
Portanto, a face desafiadora do amor próprio é o empenho pessoal clamado por ele, a desistência de que esse movimento comece com o outro, e a aceitação de que essa prática nos levará invariavelmente ao amor pelo próximo. Sentir-nos amados pelo outro é importante, mas não nos salvará da nossa falta de amor próprio.
Há milhões de anos nosso irmão mais velho, o Primogênito, tenta nos ensinar sobre isso.
As terapias também existem como Seu legado.
Um novo tempo se anuncia e é preciso ir além.
Silvia Costa
@silviacostadh
017 99650 3500