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A face desafiadora do amor próprio

A face desafiadora do amor próprio
Silvia Costa
jul. 28 - 4 min de leitura
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Amai o teu  próximo como a ti mesmo. Mateus 22:39



 

Há muito tempo sonho em trabalhar com terapias, e as que mais me interessaram sempre foram as alternativas, intuitivas que vão profundo sem ser explícitas, que resolvem com certa arte. Resumindo um longo caminho, decidi criar um método:

Poderosa: AMOR PRÓPRIO SEM CULPA!

(Cuja versão masculina e bem menos procurada, infelizmente, é: O CARA CERTO: Amor próprio sem medo!)

 

A melhor definição que encontrei de amor próprio é que ele é auto aceitação e auto aprovação em todos os momentos (Elvi Orr).

O amor próprio então, é a base para a vida livre de impedimentos, alegre e pacífica, porque a partir dele conseguimos nos encontrar, cuidar e preservar, fazendo escolhas que sejam realmente boas pra nós.

Portanto, me parece fácil perceber que sem essa base sólida tendemos à infelicidade e doença.

 

Dito isto, o desafio do amor própria parece óbvio:

  1. Como se amar quando sabemos que não nos encaixamos nos padrões idealizados socialmente?
  2. Como manter essa chama acesa quando parece que não há combustível suficiente lá fora?

Podem nos julgar, nos odiar, nos insultar, nos isolar... e essa é uma dor que evitamos a todo custo. (Aliás escrevi um texto sobre afeto social aqui).

 

No entanto, o que faz o exercício do amor próprio brotar, não é o ar de fora, é a compaixão de dentro. Essa inteligência emocional e divina ajuda a nos relacionar com quem somos de maneira bondosa, paciente e amorosa. Sem essa prática, sempre haverá auto julgamentos e nossas crenças sobre amor estarão sempre associadas  ao que e a quem supostamente deveríamos ter e ser, não a quem somos: Imagem e semelhança do Criador.

 

E aí que a gente começa a perceber que, na verdade, a relação que temos conosco é que define a relação que temos com os outros e não o contrário! Portanto, aquele que nos julga, julga também a si mesmo, e  vice-versa. Me parece que, por isso, o julgador precisa mais da compaixão possível em mim do que a vergonha e raiva que já me habitavam antes do outro. Nesse ponto, acho pertinente o que Thupten Jinpa escreveu em seu livro “Um coração sem medo”: 

 

“Quando experimentamos a compaixão, nos despimos dos rótulos para nos destacarmos dos demais e nossa humanidade se revela. É nesse nível básico que podemos nos conectar com a pessoa que está diante de nós. Nesse momento, tudo o que importa é o fato de ela ser outro ser humano, como nós, que aspira à felicidade e instintivamente tenta evitar o sofrimento. Nada mais tem importância: nem etnia, nem identificação cultural, nem gênero.” 

 

Eu não acho que seja fácil agir assim, mas é impossível se não tratarmos nossas feridas infantis e não nos comprometermos fortemente com nosso desenvolvimento.

Portanto, a face desafiadora do amor próprio é o empenho pessoal clamado por ele,  a desistência de que esse movimento comece com o outro, e a aceitação de que essa prática nos levará invariavelmente ao amor pelo próximo. Sentir-nos amados pelo outro é importante, mas não nos salvará da nossa falta de amor próprio.

Há milhões de anos nosso irmão mais velho, o Primogênito, tenta nos ensinar sobre isso.

As terapias também existem como Seu legado.

Um novo tempo se anuncia e é preciso ir além.

Silvia Costa

@silviacostadh

017 99650 3500


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