A felicidade solta.
Eleva-nos a um plano superior, por isso é sentida como leve, deixa para trás algo que nos oprime e amarra. Ela exige algo de nós: é uma realização, mas nunca é pessoal. Ela se comunica e se abre, deixando outros compartilharem o que conseguiu. A felicidade lembra.
A infelicidade, como sentimento, também liga, mas de uma forma passiva.
Ela vem, por assim dizer, espontaneamente, não é preciso fazer nada para isso. Por isso é preguiçosa. Ela se nutre de fidelidade a outros infelizes na família. E uma lealdade infantil, nela, a gente permanece criança.
A felicidade se nutre da afeição dos pais, principalmente da afeição da mãe. As pessoas felizes amam seus pais e sentem-se amadas por eles. Por isso, também amam outras pessoas e são amadas por elas.
Já os infelizes rejeitam um dos pais ou mesmo ambos e não se sentem amados por eles. Por isso, tem dificuldade de amor outras pessoas e frequentemente também são amados por poucos. Nesse caso, principalmente por pessoas que querem compartilhar da infelicidade deles - especialmente seus filhos.
A felicidade pode ser aprendida. Ela se aprende por meio do amor.
Pensamentos a Caminho - Bert Hellinger