Meus pais, sempre vistos como pais!
Poucas as vezes que tive a oportunidade de ver qualquer manifestação mais exacerbada de carinho em público.
Com um tom de voz sempre alto, a comunicação sempre foi vista assim.
Minha mãe, filha do meio entre 10 irmãos, uma pessoa que sempre fez tudo, mas tudo para agradar. Hoje vejo que servir demais era o medo enorme de não ser amada e aceita. Sua auto estima realmente sempre foi entre baixos e baixos, isso mesmo...
Meu pai, uma pessoa que desde cedo sentiu a orfandade! O pai que partiu e não voltou. A ida para a terra da avó de criação, enquanto a mãe aqui ficava e sim, fez de suas armaduras a sua defesa, não sabe abraçar, mesmo que eu faça por nós..
Vejo, com o olhar que de respeito e amor, que o desequilíbrio entre dar e receber sempre existiu, mas que honro e agradeço, por entender que tudo que damos, é tudo que temos, mesmo que nada seja.
Somos todos assim, crianças que precisavam de colo, de serem ouvidas, que tivessem elogiadas suas letras e suas matemáticas erradas.
Mas cá estou, curando tudo isso! Agradecida pela vida recebida e principalmente, devolvendo esse amor, transformado!
Meus queridos pais, eu os vejo!
Amo profundamente nossa família!