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A mente: o campo de batalha da vida

A mente: o campo de batalha da vida
Simone Belkis
dez. 9 - 4 min de leitura
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Durante muito tempo eu estive em uma guerra mental. Para quem já me conhece, sabe que tenho TEPT (Transtorno de estresse pós-traumático), mas imagino que bem poucas pessoas tenham a real ideia do que isso significa.

O TEPT é causado pelo chamado trauma de choque (quando existe o risco de morte), e causa o que chamamos de congelamento ou o famoso "fingir de morto" que vemos no Animal Planet e achamos tão interessante.

Nesse caso, o sistema nervoso paralisa e as funções de pensar e sentir são congeladas junto com os hormônios de defesa dentro dos músculos, criando uma memória traumática e perpétua (em casos sem tratamento) nos três níveis: físico, mental e emocional.  

No meu caso, o maior prejudicado foi o padrão de pensamento, fazendo com que me tornasse uma pessoa extremamente mental, ao ponto da obsessão. Você simplesmente não para de pensar.

Mas, aí você pode dizer que ninguém para de pensar, e eu lhe pergunto:

- Você tem o hábito de pensar em looping, repetindo histórias negativas 20 ou 30 vezes seguidas para si mesmo(a)?

Se você responder sim, bem-vindo(a) ao clube. Já superei essa fase, obrigada. Hehe.

Bem, não faz muito tempo que afinal entendi o que o estresse fez realmente comigo.

Ele fez com que minha mente analítica ou a frequência Beta (se alguém entender bem desse assunto, corrija-me por favor, se por acaso eu me expressar de forma incorreta), tornasse-me uma pessoa extremamente preocupada e, de certa forma, egoísta. E a explicação para isso é ótima. Quando somos analíticos demais (para nos protegermos das emoções dolorosas), entramos no modo sobrevivência, onde só conseguimos pensar em nos defender ou proteger nossos interesses em detrimento, inclusive, dos outros. Isso me convence que existe muita gente traumatizada nesse mundo, não é mesmo?

Pois é, o egoísmo é isso, gente. Luta pela sobrevivência, e claro, muita falta de consciência. Também não me parece difícil compreender esse processo.

Traumatizar-se é algo muito mais fácil e corriqueiro do que parece, principalmente, nos primeiros anos de vida. Um ambiente hostil, a pobreza, a violência urbana, a  morte de um ente querido, a perda de um amor, um susto, tudo isso desde o maior evento ao mais comum pode criar um trauma, que alguns desavisados (sem alma) costumam classificar de mimimi. 

É triste isso, mas mais triste ainda é dar-se conta de que o nível de desamor encontrado aí explica e até poderia justificar algumas dessas ações ditas racionais e egoístas. Somos seres emocionalmente congelados, justificando, analiticamente tudo aquilo com que não sabemos ou não queremos lidar.

E pior, sem dar-nos conta que quanto mais focarmos no negativo, mas criaremos essa realidade, que está na TV, nos lares, na educação, na política, na luta injustificada pelas conquistas materiais. Conquistas essas que servem como miolo para preencher um vazio que é existencial, emocional e nunca completará o espaço que só pode ser enchido com amor.

Os altos níveis de estresse impedem que possamos navegar, naturalmente, pelas frequências vibratórias mais sutis e que nos conectam com os estados de consciência capazes de criar uma realidade além da matéria e da escassez, realidades que podem inclusive curar nossas almas e até mesmo nossos corpos.

Observe seu padrão de pensamento e o quanto você luta para evitar entrar em contato com suas emoções. Esse é o sinal de que o estresse, o egoísmo, a raiva e o medo pegaram você.

 


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