Em uma semana cheia de emoções a nossa amada professora Olinda Guedes encerrou com louvor mais uma imersão totalmente gratuita em Constelações Sistêmicas.
Ao mesmo tempo, realizou uma sequências de lives em seu Instagram @olindaguedes, respondendo à perguntas, apresentando resultados...
Um verdadeiro show de amorosidade que só a Olinda com sua elegância ímpar sabe proporcionar, e de forma tão, tão curativa.
Na Live do dia 18/02, nossa professora iniciou falando sobre a orfandade antes de entrevistar a constelada da noite anterior. E a orfandade, é um tema que me toca fortemente enquanto terapeuta, pois em meu sistema, também a orfandade se fez muito forte e presente.
Sempre, em meus atendimentos como terapeuta, aparecem pessoas com dores muito profundas em relação aos seus pais. Dores que adiam o sonho do realizar.
E quando percebemos essa orfandade? Quando o nosso cliente está aborrecido, encontrando culpados pra tudo, quando fica o tempo todo reivindicando, tem vícios como o alcoolismo...
São tantos os sintomas que vão aparecendo! E a cada queixa podemos perceber o sofrimento alojado dentro do coração do nosso cliente. Sobrecarga por estar se embalando sozinho, lambendo as próprias feridas.
A orfandade é um sentimento muito solitário que leva à uma depressão profunda.
Muitos que sofrem desse mal exteriorizam suas ausências por meio das compulsões: alimentar, de acumular coisas comprando excessivamente.
Toda compulsão revela uma falta!
Lembro de uma cliente que comprava roupas sem parar, estava atolada em dívidas e mesmo assim continuava comprando.
Memória transgeracional de orfandade. Sua avó materna faleceu deixando a mãe, uma bebê de apenas 2 anos.
Mas e quando o seu cliente diz não haver orfandade no sistema e mesmo assim essas características, esses sentimentos são latentes na vida dele?
Ali, por certo, estão memórias de abandono, de orfandade de pais vivos. E isso é possível? Claro que sim! Por isso, muitos de nós sentimos órfãos da falta de tempo dos pais, de pais provedores, onde o essencial aprendido era apenas a subsistência.
Ah, oonde está o amor? Está ali, há duas, três gerações... Ficou à espera!
O mesmo amor que em sua ausência trouxe a dor, é o que agora retorna e é capaz de trazer a cura!
Mas e quando não é possível olhar os pais? E quando a dor é tão grande, quando é causada por pais disfuncionais? Quer dizer que nunca vou ter uma vida saudável, próspera e feliz, porque nunca será possível dar um lugar no meu coração?
Não! A orfandade pode ser curada! E a cura começa quando aprendemos a não nos sentirmos culpados por não poder acolher pais abusadores, aliciadores, espancadores, e por aí vai! A lista é infinita no universo da disfuncionalidade...
Olinda sabiamente nos ensina a diferenciar pai de genitor, mãe de genitora. Às vezes somente a vida é possível, portanto, a verdade vos libertará!
Aos pais, gratidão pela vida e pelo algo mais que me deram, sem cobranças.
Aos genitores, gratidão pela vida que me foi entregue! Ela é suficiente da forma que é!
O que nos diferencia nesse processo? Nada! Absolutamente nada!
A vida é o maior presente! Com ela podemos realizar o que até então ainda não se tornou completo.
E o que faltou? Agora, podemos nos proporcionar, por meio do auto cuidado, da terapia, de nos tornarmos pessoas e pais funcionais.
E se eu não conseguir sozinho? Então, tomamos essas figuras parentais com muito respeito. Uma avó, um padrinho, um santo de devoção...
A partir de então podemos estar abertos aos milagres!
Gratidão Olinda, por tantos ensinamentos preciosos!