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A PANDEMIA DA INCONSCIÊNCIA

A PANDEMIA DA INCONSCIÊNCIA
Simone Belkis
dez. 28 - 4 min de leitura
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Quando a pandemia começou eu não tinha a intenção de me envolver demais nesse tema, fosse falando sobre, escrevendo, e muito menos ainda, tendo pessoas próximas morrendo por causa dela. É que como milhões de pessoas, eu também, no início, subestimei o tamanho do estrago. Não se fazia ideia, afinal a própria ciência estava subestimando.

Mas o que já não se pode mas subestimar é o nível de inconsciência das pessoas em relação a essa catástrofe e tudo o que ela representou até agora. Diversos setores da vida de todos nós foram afetados. Ninguém, absolutamente ninguém, saiu ou sairá ileso dessa experiência.

Não estamos acostumados a olhar por tanto tempo para um mesmo fato, as coisas acontecem sempre muito rápido e não temos foco suficiente em coisa alguma. E parece que essa pandemia, assim como muitos outros episódios de nossas vidas, vem para nos ensinar por "mal" aquilo que nos negamos a ver por bem.

É assustador observar a falta de consciência das pessoas, ou do povo, como se diz. Não podemos esquecer que o povo é formado por um imenso grupo de indivíduos, que aqui no Brasil, está muito acostumado a agir como povo quando se trata de reivindicar direitos e/ou dar opiniões sobre como as coisas devem ser ou não, desde o futebol até as altas decisões governamentais. Porém, quando se trata de deveres, pensa apenas como um individualista, esquecendo que sua liberdade termina onde começa a do outro.

Em um país, onde é necessário o diário lembrete de deveres comuns por meio da mídia, é difícil esperar conscientização. As pessoas veem se aglomerando, burlando protocolos, contaminando suas próprias famílias por falta de consciência e respeito ao próximo e a si mesmo, por mais incrível que isso pudesse parecer, pois é perfeitamente crível atitudes como essa em um país subdesenvolvido.

Pelo teor da conversa, você pode imaginar que isso é um julgamento, uma crítica e pode até se ofender, caso não esteja seguindo os protocolos. Mas, não é. É apenas o desabafo de uma constatação sobre o nível de inconsciência de que somos capazes. Porque me incluo nisso, infelizmente.

Por um lado, eu entendo o quando é chato e fácil de esquecer protocolos, ou o quanto pode ser difícil seguir as regras sobre como proceder. Nós, que nos perdemos nisso, também somos responsáveis. Mais triste ainda são aqueles que se recusam a segui-los ou que simplesmente não acreditam no óbvio. Milhões de pessoas estão morrendo todos os dias, e outros milhões estão burlando regras e vivendo como se nada estivesse acontecendo.

O que isso diz sobre nós e nosso baixíssimo nível de consciência e respeito ao próximo? O que isso diz sobre nossa inteligência emocional? Afinal, o que isso diz sobre nós?

Se a pandemia do Coronavírus é uma novidade, a pandemia da inconsciência já é (ou deveria ser) considerada crônica. Porque o que estamos vivendo nesse momento é apenas o fato escancarado. Eu diria que isso sim é o final dos tempos, onde o ser humano vem mostrando sua verdadeira face.

Você pode imaginar que me refiro a uma face demoníaca, no seu melhor estilo satânico. Mas, não. Não é disso que estou falando. Falo do desamor, da dor não olhada, não cuidada, da falta de compromisso que a grande maioria de nós tem com nossa própria saúde mental e emocional, do medo que temos de olhar para nossa sombra e reconhecer que precisamos de ajuda, que precisamos de cura. E que nem sabemos disso.

Afinal, qual é o papel do humano dentro do contexto universal?

O guardião da Terra ou explorador sem escrúpulos?

Quem viver, saberá!

 


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