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A PENEIRA DOS RELACIONAMENTOS

A PENEIRA DOS RELACIONAMENTOS
Simone Belkis
set. 12 - 3 min de leitura
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Devo começar o texto confessando que esse título não me pertence, mas é que acabo de ver um post no Facebook que se encaixa tão bem no meu momento, que não pude resistir. O post falava de como as pessoas se afastam quando ficamos doentes e sugere que algumas dessas "fugitivas" voltam ao nosso convívio quando ficamos curados e que cabe a nós, e só a nós, avaliar o quanto isso vale a pena.

Acredito que o mesmo valha para muitas (senão todas) outras situações da vida, pois que no momento que mais precisamos é que saberemos o quão amigos são aqueles que assim se dizem. Sem julgamentos.

Tenho aprendido muito com a vida nesses útimos tempos, e posso entender que nem sempre somos fortes o suficiente para estar ao lado daqueles que amamos ou que pelo menos acreditamos amar. 

Isso poderia ser motivo suficiente para aceitarmos de volta os que nos deixaram "na mão" em uma hora difícil, por justificá-los por suas fragilidades. Mas, eis que surge o livre-arbítrio ou o direito divino de fazer uma escolha consciente.

Quero dizer com isso que tenho o direito de dizer não, mesmo que o pedido seja sincero, honesto e até verdadeiro.

Isso tudo me tem feito pensar sobre o compromisso que os relacionamentos nos pedem e o quanto somos realmente obrigados a mantê-los. Não quero dizer com isso que podemos simplesmente fugir deles só porque sim, existem relacionamentos que são de nossa total responsabilidade, como filhos pequenos por exemplo, mas é preciso aprendermos que realmente não somos responsáveis pelo sentimento alheio, por mais duro e egoísta que isso soe.

Não somos!!!

Então, eu posso escolher manter afastadas de mim pessoas que por sua fragilidade (e isso eu não discuto) podem criar desavenças, seja por medo, insegurança ou egoísmo mesmo.

O motivo não importa, o que me fere me dá o direito de escolha em repeli-lo.

Claro que isso é mais fácil falar do que fazer ou perceber. Às vezes, não percebemos que nós mesmos abrimos espaço para que outros nos escolham como ouvidos, ombros, colos e sem contrato de troca, esperam que estejamos aí só para supri-los. Devemos então perguntar-nos sobre qual é o nosso papel nessa via sem mão dupla.

Não importa o caso, o contexto, o motivo ou a história, precisamos cada vez mais compreender que por sermos indivíduos únicos e singulares temos o direito e o dever de preservarmos nosso amor-próprio.

Também não quero dizer que precisemos afastar toda e qualquer pessoa, talvez, só tenhamos que rever nossos próprios conceitos sobre amizades, relacionamentos afetivos ou comerciais, perguntando se esses preenchem nossas reais necessidades ou se podemos, sem sacrifícios desnecessários ou manipulações, mantê-los.

E isso requer consciência, compromisso e responsabilidade, e é por isso que a sabedoria diz para amarmos nosso próximo como a nós mesmos. E porque assim não tem erro.


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