A Pedagogia Sistêmica não envolve o remodelar do plano de ensino para ser implementada, muito embora fosse bastante proveitoso se considerada para a formulação do mesmo. Também não requer que o professor seja um terapeuta ou constelador.
Olinda nos mostra, que movimentos singelos por parte dos professores, buscando agregar a abordagem sistêmica à rotina de ensino do conteúdo a ser ministrado, pode trazer resultados surpreendentes no processo de aprendizagem.
O Módulo 5 da formação em Pedagogia Sistêmica da Escola Real nos faz refletir sobre um ponto fundamental: “nossa mente inconsciente se expressa o tempo todo”.
Alunos e professores não deixam em casa seus registros mentais. Memórias de um passado recente ou distante, de situações pessoais ou transgeracionais marcantes são levadas para a vida escolar, se refletindo em comportamentos ou sintomas tidos como fora do socialmente esperado.
Marianne Franke-Grickch também nos lembra, que juntamente com suas memórias, alunos levam seus pais para a escola. Sempre desejam ajuda-los, ainda que nem sempre por meio de um comportamento aparentemente positivo.
As dinâmicas sistêmicas que envolvem sintomas e dificuldades de aprendizagem relacionados às crianças têm ligação direta com as memórias que carregam, com emaranhados de seus sistemas familiares, com dores de sua família.
Enxergar com honra e respeito os pais dos alunos juntamente com os mesmos, dar um bom espaço para todos no coração, possibilitar que memórias de dor sejam trazidas para a mente consciente para que possam ser observadas de forma objetiva, assim como tratar cada tema que se apresenta pelas histórias de cada aluno como algo valioso e importante, são algumas atitudes que professores no exercer do seu papel de servir.
Atividades sistêmicas incorporadas no dia a dia, de preferência de maneira transversal, envolvendo as diferentes disciplinas, curam!
Curam dislexia, enurese, encoprese, a necessidade de mentir, o terror noturno, o sonambulismo, a gagueira, dentre tantas outras situações difíceis que acometem nossos alunos, nossas crianças.
Estimular a produção de textos que falem dos pesadelos e temores apresentados pelos alunos ou que contem histórias que essas crianças imaginam ter ocorrido com familiares de gerações anteriores;
Estudar quanto um ventre materno tem capacidade de nutrir e deixar em segurança uma criança que ali se desenvolve;
Pesquisar como o ph da água pode influenciar nosso organismo;
Apresentar para a turma, a cultura de sua pátria mãe ou quanto a profissão de seus pais os deixam orgulhosos.
São apenas alguns exemplos de atividades sistêmicas que podem trazer bons resultados pela pedagogia do amor.