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A TEORIA DO ELÁSTICO E A MENTE ABERTA

A TEORIA DO ELÁSTICO E A MENTE ABERTA
Simone Belkis
fev. 17 - 4 min de leitura
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Esses tempos atrás eu me dei conta da teoria do elástico (eu amo metáforas e analogias). E de que se trata? Quanto esticamos um elástico, além de correr o risco de levar uma "elasticada" (hehe), percebemos que ele se expande até um limite e depois retorna a seu estado inicial (desde que não arrebente).

Recapitulando, esticamos até um limite e depois, ao soltá-lo, o veremos retornar a seu tamanho original. Nossa mente funciona quase dessa mesma forma, pois que dizem que: "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original". (Albert Einstein) 

Por isso, disse quase da mesma forma. Imagine sua mente sendo expandida por uma nova ideia. Ela se estica, mas tenderá a voltar a seu estado inicial. Nós percebemos isso quando observamos o quanto demoramos para mudar um hábito, por exemplo. A mente se expande, mas esbarra em alguns obstáculos a nível emocional, mental, subconsciente e etc.

Isso faz parte do processo, afinal somos mais sofisticados (para não dizer complicados) que um elástico, mesmo?

Mas, diferente do elástico, nossa mente não retorna de todo a seu tamanho original, porque se assim fosse, mudanças não existiriam. Para um elástico, o máximo de mudança que pode sofrer seria o romper-se.

A mente humana tem a capacidade de se expandir sem o risco de rompimento, desde que o esticar dessa mente seja feito com os devidos cuidados, porque senão arrebenta mesmo, e aí já era.

O que devemos atentar é como se dá esse processo. Surge uma nova ideia em sua mente, você a contempla, entre fascinado(a) e ressabiado(a), examina, pondera e acolhe aquela nova forma de perceber. Mas, se for honesto(a) consigo mesmo(a), também notará que passado um certo tempo, tenderá a repetir um pouco dos velhos comportamentos que ainda condizem com a velha postura, porque a nova ainda não se incorporou totalmente.

E isso faz parte. 

Eu penso que o segredo é a auto-observação, quando acompanhamos nosso processo, poderemos notar que estamos retornando um pouco aos velhos hábitos e que isso nos causa um certo desconforto por estarmos com um pé em cada "barco". 

Muitas vezes, e em geral, quando não temos autoconsciência, tenderemos a voltar à velha forma, terminando por abrir mão da pequena amplitude que nossa mente viveu no processo, ainda precoce, que a nova ideia nos trouxe. Isso pode nos levar a pensar que realmente não mudamos e existem n reincidências em várias áreas da vida para "provar" isso.

E o que se pode fazer para não perder a expansão por completo? Primeiro, a meu ver, é perceber que estamos sempre nos modificando, e que isso é natural. Assim, como também é normal (mas não natural) nós tendermos a voltar ao velho, porque é conhecido e, portanto, mais fácil. Segundo, é perceber que esse processo é real e não significa exatamente um fracasso. Terceiro, ter em mente que é preciso cuidar e cultivar as mudanças desde suas primeiras sementinhas.

A mudança não vem de graça, mas como não costuma levar desaforo para casa, sem cultivo, morre mesmo.

Diante disso tudo eu entendo e quero compartilhar como percebi isso ao meu redor. Dentro do processo terapêutico que venho experimentando, eu reparei mudanças, mas também percebi "retrocessos", alguns bem acentuados, por sinal. Ou, pelo menos, era assim que entendia. Até que percebi mudanças de padrão de pensamento em várias áreas de minha vida e, que embora se tornassem um pouco menos incisivas, ainda estavam ali.

O que me levou a compreender que, no processo, precisamos estar atentos às mudanças, porque precisam de perseverança e de adaptação para serem definitivamente implantadas. E que o risco de voltarmos atrás é real quando as mudanças ameaçam partes inconscientes que possuem fortes tendências instintivas.

Percebi quem não precisamos, necessariamente, fazer algo para mantê-las. Muitas vezes só temos que nos manter no processo que as iniciou. Também percebi que precisamos de tempo para que as mesmas se enraizem, e principalmente, precisamos e devemos acreditar em nossa capacidade de mudar e aceitar que, se não mudamos é porque permanecer igual é a forma mais triste de sobrevivência, mas não necessariamente a mais fácil.


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