Arte de Magritte- Fabrício Carpinejar
Quando o destino fecha uma porta, temos o costume de ajudar o azar e dar mais uma volta na chave. Terminamos nos trancando ainda mais. Aproveitamos para nos isolar ainda mais.
Entramos no modo conspiratório: o mundo está contra nós.
A paranoia é o mel para atrair coisas ruins.
Mas poderia ser diferente.
Quando o destino fecha uma porta, poderíamos abrir uma garrafa de vinho.
Quando o destino fecha uma porta, poderíamos abrir um livro.
Quando o destino fecha uma porta, poderíamos abrir os braços aos amigos.
Quando o destino fecha uma porta, poderíamos abrir uma garrafa de vinho.
Quando o destino fecha uma porta, poderíamos abrir nossas gavetas e arrumar a bagunça.
Quando o destino fecha uma porta, poderíamos abrir a cabeça e parar de culpar o destino.
Autor: Fabrício Carpinejar