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Novos Caminhos, Novas Escolhas - Abílio Diniz - Gestão, liderança, motivação, equilíbrio, longevidade e fé

Novos Caminhos, Novas Escolhas - Abílio Diniz - Gestão, liderança, motivação, equilíbrio, longevidade e fé
Iraci Aparecida Franceschini
abr. 10 - 51 min de leitura
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RESUMO

Que a morte é um fato natural, que a doença faz parte da condição humana, que a morte é uma boa conselheira e que aceitá-la é necessário para desenvolver sabedoria, nós já sabemos.

O que é bonito dizer sobre a idade? Que é necessário levar uma vida adequada à idade que se tem. 

Quanto mais vivo, mais acredito que somos aquilo que escolhemos ser.

Se eu conquistei e ainda posso conquistar muitas coisas você também pode. Acredito que é possível ser ativo e saudável na velhice, não devemos temê-la desde que estejamos preparados para ter uma vida longa com qualidade.

No momento em que a maioria decide parar, escolhi continuar caminhando em busca de uma vida mais feliz e de uma longevidade com qualidade. Acredito que qualquer um pode seguir o mesmo caminho.

Se você conseguir conciliar uma mente saudável com um corpo saudável, ou seja uma mente ágil e repleta do conhecimento com um corpo que conserve resistência e agilidade, certamente vai passar pelos melhores anos de sua vida.

Dediquei dez anos da minha vida ao Conselho Monetário Nacional, na década de 1980, e procurei ajudar o país naquele momento difícil pelo qual passava. Participei com a minha voz, as minhas opiniões, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, nos anos 2000.

Acho também que a função do empresário é produzir riqueza e gerar emprego.

A paciência sempre foi uma coisa escassa em mim. Nunca tive muita: gosto das coisas acontecendo com rapidez.

Eu não desisto nunca. Continuo fazendo exercícios algumas horas por dia, sou católico praticante e por isso rezo bastante e ainda reservo um tempo para o autoconhecimento e a meditação.

Dar banho a um filho pequeno foi uma experiência nova e incrível para mim, então com 77 anos. Precisamos apreender a dar valor às pequenas coisas. Metas ambiciosas são importantes, é claro, mas, para uma vida com mais equilíbrio e auto- satisfação, é fundamental amar e valorizar o que se tem.

Não tenho dúvida de que, sem a base de sustentação dos meus valores e sem a solidez do que eu chamo de “meus pilares", as dificuldades teriam sido muito maiores. Foi o amor, no autoconhecimento, na espiritualidade e na fé, que me apoiei para construir uma nova realidade familiar com Geyse, com os meus quatro filhos adultos, Ana Maria, João Paulo, Adriana e Pedro Paulo e meus dois pequenos Rafaela e Miguel.

Se posso ter uma cabeça jovem e um corpo ativo, buscando sempre novos conhecimentos e a longevidade com qualidade, por que não posso ser mais feliz ainda?

O casamento foi a grande transformação na minha vida nesse período.

Não quero ser um velhinho para eles, nem para a minha mulher, nem para mim mesmo.

Considero que Ele quer que você dê o melhor de si e faça o melhor que puder para as pessoas que estão ao alcance de suas ações. Essa determinação de retribuir tem sido cada vez mais forte em mim.

A atividade física e a alimentação, eles são alicerces do meu projeto de vida, e meus conceitos nessas duas áreas mudaram substancialmente.

Hoje vejo o esporte não como uma competição, mas como algo que pode trazer longevidade com qualidade de vida. No que diz respeito à alimentação, percebi que na busca da longevidade com qualidade, seria preciso rever alguns conceitos desenvolvidos no meu primeiro livro, já não sou mais adepto da ingestão excessiva de carboidratos. Por isso, o capítulo sobre alimentação foi bastante modificado.

As pessoas, às vezes, confundem o conceito de humildade, acham que ser humilde é usar roupa velha, fazer voto de pobreza, falar baixinho, ser tímido, não aparecer.

É importante olhar a alimentação como algo prazeroso, mas é importante prestar muita atenção e se esforçar para fazer o melhor para a saúde e para conquistar a longevidade com qualidade.

As pessoas que vivem muito, que tem mais saúde, disposição e energia, são pessoas que se alimentam bem, mas comem pouco.

É fundamental você não comer mais do que precisa. O ideal seria até você comer um pouquinho menos.

É preciso entender que determinação não é sinônimo de ser cabeça dura. Você tem que saber como ser determinado e, ao mesmo tempo, flexível, se adaptar a situações inesperadas que podem aparecer à sua frente. A determinação, portanto, é um valor que precisa ser usado com sabedoria, e a flexibilidade é uma atitude que se conquista ao longo da vida.

Determinação: não sabendo que era impossível, foi lá e fez.

Hoje tenho cinco valores: honestidade e ética, humildade, determinação e garra; disciplina; equilíbrio emocional.

A base dos nossos atos deve ser a honestidade.

Mas muita atenção, porque determinação pode ser facilmente confundida com obsessão, teimosia, rigidez, com alguém que não escuta e não aceita outros argumentos.

Vou buscar o quê? Por quê? De que forma?

Determinação é o caminho que você traça em direção a um objetivo claro, do qual você tem certeza da importância. Já a garra, é a força que você coloca nessa determinação, é tudo aquilo que você traz lá de dentro para ajudar na busca desse objetivo.

Um valor porque ela é muito importante na minha vida.

A disciplina é uma forma de andar pela vida, uma forma de me conduzir. Se você for disciplinado e traçar uma linha reta em direção às metas, vai alcançá-las com mais facilidade.

Disciplina significa, fundamentalmente, organização.

Adoro as minhas rotinas, principalmente porque sou eu quem as crio, sou eu quem me organizo.

É importante ter em mente que você deve ter rotinas e compromissos, mas deve também ser flexível.

Se você organiza sua vida dentro de um padrão confortável, tranquilo e principalmente, prazeroso, você terá uma vida muito mais calma e serena, com muito menos estresse.

Eu só me estresso com as poucas coisas realmente importantes da vida.

Disciplina não é só controle. Disciplina é postura, é modo de agir. É ter atitude perante a vida e ser determinado em relação aos objetivos traçados. É reconhecer que o mais importante é ser feliz.

Não adianta estar muito feliz na vida profissional e não estar feliz no casamento, na relação com os pais, na relação com os filhos. Não adianta estar satisfeito com o trabalho e com a família se você fica frustrado com a falta de tempo para a atividade física, o lazer e o descanso.

Ao analisar em retrospecto, tenho de fazer uma autocrítica e admitir que as coisas não correram bem porque eu não as fiz como deveriam ter sido feitas.

Surpreendi a plateia curiosa, afirmando que os erros até então, no processo de profissionalização, eram de minha responsabilidade.

Porque nós podemos delegar a direção de uma empresa, nós podemos delegar as responsabilidades de representantes dos acionistas, dos donos da companhia. Não podemos deixar que o executivo tome decisões com as quais não concordamos, e que sabemos que não serão benéficas para a empresa.

Demos robustez ao caixa da companhia, reduzimos drasticamente os investimentos e adotamos a posição cautelosa do bwait and see. Resultado: Quando o vendaval financeiro passou, tínhamos dobrado o tamanho do Pão de Açúcar.

Os excelentes resultados desses dois anos provaram a eficiência da gestão profissionalizada, especialmente quando ela é madura e trabalha harmonicamente em espírito e direção com os acionistas.

As garantias verbais dele foram confirmadas pelo contrato redigido pouco tempo depois. A elaboração desse contrato, a maneira como ele foi feito e o seu conteúdo foram aquilo que eu classifico como o maior erro da minha vida empresarial. Não dediquei a ele a atenção que merecia, não me detive em todos os detalhes, não fui na profundidade necessária e permiti que muitas questões ficassem em aberto ou sujeitas a uma dupla interpretação. Isso me causou problemas seríssimos mais adiante.

O avião aterrissou em São Paulo por volta das quatro horas da madrugada. Quando cheguei em casa, Geyse e os meninos estavam dormindo. Ainda cheio de adrenalina, troquei de roupa e fui para a esteira. Corri por uma hora, tomei banho. O dia estava clareando quando me sentei à mesa para tomar o café da manhã e ler os jornais.

Pressionado pelo governo, pelo Cassino e por parte da opinião pública, o BNDES desistiu do negócio.

“Abílio, prefiro que você atravesse no farol vermelho com cuidado do que passe no verde sem olhar para os lados.”

“Não deixe nada ao acaso.”

“Amarre tudo muito bem, nunca deixe pontas soltas.”

Meu pai sempre se preocupou em não deixar nenhuma ponta solta, e sabia como os detalhes podem fazer toda a diferença, para o bem ou para o mal.

“Quem trabalha muito não tem tempo de ganhar dinheiro.” Aquele que só põe a mão na massa, só se concentra no lado operacional, que não para, não pensa, não medita, tem mais dificuldade de conquistar suas metas. É preciso raciocinar, desenvolver um lado estratégico e só depois passar para a operação, se quisermos resultados mais sólidos.

Certo ou errado, naquela época eu acreditava que a força bruta, a disposição para a pancadaria e a noção de que o ataque não era apenas o melhor solução, mas a única possível, me tornavam indestrutível. Abrir o caminho na base da cotovelada poderia ser, por que não? Um meio de me tornar um vencedor. Começou a nascer ali o Abílio que, anos mais tarde, comecei a questionar.

A partir do momento em que decidi que nunca mais apanharia de alguém, as coisas passaram a dar certo na minha vida. Passei a não fazer ideia do que era fracasso nem admitia a hipótese de que uma única derrota viesse bater à minha porta.

Tive de aturar todo tipo de gente colocada na empresa para me desestabilizar. A situação era praticamente insuportável. A tensão era tanta que, em determinado momento, seguindo conselho de minha terapeuta, voltei a lutar boxe como forma de aplacar o enorme desejo de reagir a tantos desaforos.

Foi um momento de muito sofrimento, mas também de muito aprendizado. Porque os nossos valores, muito mais do que nossas ideias, eram completamente diferentes.

“Se você faz sempre a mesma coisa do mesmo jeito, é insanidade pensar que vai obter resultados diferentes.”

Costumo ser indagado em minhas palestras e pelos meus alunos do curso de liderança da FGV, sobre qual o meu maior erro empresarial. Respondo, sem dúvida nenhuma, que foi o contrato que assinei com o Cassino, em 2005.

Contratar mal, sem que as coisas fiquem muito bem explicadas, é um sinal de conflitos ainda mais dolorosos à frente. Portanto, a hora de contratar é a hora de esclarecer tudo e não deixar nada ao acaso.

A vida é um conjunto de papéis e atividades, e a sabedoria da vida é você manter esses papéis e atividades em equilíbrio. Não adianta você estar bem numa atividade ou papel e estar mal em outro, se esse mal tiver a capacidade de desequilibrar o todo.

Para poder suportar tudo o que estava vivendo no Pão de Açúcar, tive que me refugiar na família, nos meus esportes e também naquilo que realmente me dava prazer e mantinha minha mente e meu corpo saudáveis.

Apoiei-me nos meus valores e nos meus pilares, o amor, a família, a espiritualidade, a busca da felicidade, a atividade física, a alimentação correta, o combate ao estresse. Falarei sobre eles mais adiante.

“Abilio gostaria de me encontrar com você para propor um negócio muito bom, que talvez seja maior e melhor do que o Pão de Açúcar.”

Quanto mais estudávamos, mais acreditava que aquele era um ótimo e estimulante projeto, era uma empresa grande, e com grande capacidade de crescimento.

Assumi minhas novas atividades em 9 de abril de 2013, a BRF é uma companhia incrível. Eu não fazia idéia da sua complexidade e do seu tamanho. É uma empresa integrada que faz nascer oito milhões de frangos por dia, em cerca de catorze mil e seiscentas granjas. É a mior exportadora de frango do mundo, atendendo 130 países. Ela é um universo à parte. Nessa altura da vida, a descoberta desse universo é fascinante. Tudo completamente diferente. Incrível oportunidade de novos aprendizados. Novo local de trabalho, novos companheiros, uma empresa industrial com cadeia produtiva longa.

Nós praticamente dobramos o valor de mercado da empresa entre 2013 e 2015.

True Corporation, é uma companhia sem um acionista controlador. São empresas de capital pulverizado, que terão um bom desempenho se estiverem uma governança corporativa eficiente e, preferivelmente, um acionista de referência.

O management acaba assumindo o papel do dono, colocando o conselho e os acionistas numa posição de passividade. Não acho que isso seja a melhor governança corporativa. Toda empresa, mesmo uma corporação, tem de ter, na sua visão e na sua estratégia, um rosto por trás dela. Alguém ou algumas pessoas que se identifiquem com a companhia. Esse é o tipo de empresa que eu mais admiro hoje, pelos meus estudos, pelas minhas pesquisas. Elas são as que têm uma atuação melhor, e é aquilo que eu procuro fazer hoje na BRF.

A BRF é uma True Corporation, não tem nenhum dono, mas tem acionistas de referência: a família Fontana, dos fundadores da Sadia, a Tarpon, a Previ, que funciona como um acionista atuante, que pertence, e a Península, que pertence a minha família. É uma empresa de capital pulverizado, mas, se você procurar, vai encontrar um rosto por trás dela.

Alguns que poderão ajudar a formar uma ideia do tipo de sujeito que eu era; autossuficiente e um tanto prepotente. Também falei das circunstâncias que inspiram minhas transformações.

Outras grandes crises da minha vida, como o sequestro, a briga da família e a quase falência do Pão de Açúcar, de que falarei a seguir, poderiam muito bem ter servido apenas para acentuar meus velhos defeitos, meus velhos hábitos, minha maneira de ser. Foi a reflexão sobre tudo o que vivi e a conclusão de que não gostaria de passar por situações como aquelas novamente, que me abriram os olhos para a necessidade de encarar o mundo, as pessoas e a mim mesmo de uma maneira diferente.

Eu me considerava perfeitamente preparado para me defender sozinho.

O cativeiro forçou-me a um reencontro com todo o meu passado.

Em 1978, meu pai resolveu dividir a companhia no que eu chamava de “”capitanias hereditárias” e deu uma delas a cada filho. Isso me desagradou muito e comecei a me interessar por outros assuntos.

Meu irmão Alcides havia trocado sua participação na companhia por uma boa soma em dinheiro e mais alguns imóveis. Foi um baque enorme para os cofres da organização. Alcides tomou seu caminho, nos afastamos e a vida seguiu seu curso.

Tive muito tempo para lamentar minha autossuficiência no momento em que me vi sozinho naquele cubículo subterrâneo.

Tinha certeza de que, se fosse mantido muito tempo naquele lugar, corria o risco de fazer alguma a tolice que pudesse apressar minha morte. Pedia a Deus que não me deixasse perder a fé.

Na segunda-feira, já estava de volta ao trabalho. À noite, fui nadar em companhia do meu filho João Paulo.

Na época já me considerava relativamente bem resolvido. Havia enfrentado com disciplina seis anos de análise freudiana ortodoxa. Quatro vezes por semana, passava cinquenta minutos deitado no divã de um psicanalista. Havia deixado as sessões.

A arrogância, a prepotência e o pavio curtíssimo estavam menos evidentes.

O primeiro foi a desagregação da minha família durante o desfecho de uma série de episódios desgastantes, que começaram no momento em que meus irmãos quiseram atuar mais diretamente na empresa.

A tarde da briga que selou o rompimento da família foi um dos meus piores momentos e me fez questionar seriamente algumas das atitudes que tomei ao longo da vida.

Escolhi a segunda alternativa. Reconstruir tudo aquilo que foi um trabalho que exigiu uma nova visão do mundo. Incluindo, sobretudo, uma dose elevada de humildade.

Humildade. Essa é a palavra-chave em torno da qual se organiza todo o processo de mudança, não houve uma noite mágica em que fui dormir arrogante e acordei humilde. Foi um processo de aprendizado longo e, muitas vezes, doloroso.

A principal lição de sabedoria que uma pessoa pode dar não está na forma como ela fala, mas na maneira como escuta o que os outros dizem.

O primeiro passo para o bem-estar é o autoconhecimento. Só aqueles que se conhecem e têm consciência do que gostam de fazer, são capazes de organizar sua vida de maneira a evitar a sensação desagradável de falta de tempo ou, o que é pior, de perda de tempo.

Uma vida de boa qualidade exige mais determinação e disciplina do que qualquer outra escolha do ser humano.

A questão é que, no meu caso, o esporte ocupa um papel fundamental para o meu equilíbrio. Para muitas pessoas, esse equilíbrio pode estar em outras atividades: ioga, leitura, viagens... O fundamental é cada um olhar para si e descobrir o que é prioritário em sua vida.

É preciso, claro, ver as coisas a longo prazo. Muitos têm a visão romântica, quase adolescente, de que a felicidade está na indisciplina, na liberdade a todo custo, na falta geral de compromisso. E que a disciplina é uma chatice.

Com disciplina, conseguimos realmente fazer o que é importante para nós, sem perder tempo em desejos que nunca se concretizam.

Prestamos mais atenção àquilo que comemos e como comemos.

Dizem respeito a como nos colocar no mundo. É o autoconhecimento, a importância de olharmos sempre para nós mesmos; o segundo é o amor. Eu não concebo uma vida sem amor. É o que nos traz energia, nos traz vigor, e o que torna a vida realmente bonita: o último trata da importância e da necessidade de nos relacionarmos com a grande força ordenadora do universo – Deus – por meio da fé e da espiritualidade.

A construção de uma vida com qualidade não depende de um aspecto isolado. Depende, isso sim, da combinação dessas seis circunstâncias.

O amor, como a forma mais perfeita de relacionamento entre as pessoas, perde muito de sua grandeza, na ausência de valores como a fé e a espiritualidade. Eles são os elementos essenciais, e a presença de um não compensa a ausência dos outros.

A disciplina é quase o sétimo fator dessa equação. Ela é o nó que mantém unidos os fios dessa teia. Essa qualidade, como já disse, nada mais é do que a força que nos impede de desviar do caminho que traçamos para nós mesmos.

A complexidade da vida tem a medida que lhe damos.

A dor é temporária, o orgulho é eterno. Valeu todo o esforço, valeram os meses de preparação, valeram as dores na hora da prova. Tudo aquilo valeu a pena.

O que aconteceu de errado? O exagero. O exagero de levar o índice de gordura a um nível tão baixo e de perder tanto peso. As consequências não foram assim tão graves, perdi um longo trabalho de preparação e tive um desempenho muito aquém do que esperava. Mas o aprendizado foi grande.

Todo o exagero é sempre ruim. É como aquela frase: “A virtude está no meio.” Toda vez que se vai para as pontas, para as extremidades, para os excessos, corre-se o risco de dar um passo errado e perigoso. Não só na alimentação, mas em qualquer coisa. Quando se vai aos extremos, é preciso ir com muito cuidado, prestar atenção e ver muito bem o que se está fazendo.

Os estudos de hoje apontam claramente que os atletas de elite têm características genéticas que os tornam aptos a praticar determinadas modalidades e melhorar constantemente seus índices de desempenho sem sofrer os males do excesso de treinamento.

A principal função da atividade física é promover o bem-estar clínico e psicológico. Qualquer efeito fora disso pode ser nocivo. Outro importante efeito colateral é a queda da resistência imunológica. “Quanto mais eu treino, mais eu tenho sorte.” É uma frase famosa para levar você a treinar e treinar, cada vez mais. Hoje, vejo que as coisas são diferentes. Até mesmo o seu rendimento é afetado negativamente com aquilo que se chama overtraining, o excesso de treinamento.

Hoje ainda me exercito duas horas por dia todas as manhãs, mas não mais em dois ou três períodos, como antigamente.

É muito importante entender que os males descobertos não são resultado da atividade física, mas do excesso crônico e duradouro do exercício físico. Isso porque as forças de compressão, o impacto e as sobrecargas existentes no exercício estimulam o tecido ósseo a captar o cálcio da corrente sanguínea, mantendo sua densidade ao longo dos anos.

O treinamento também tem a capacidade de desacelerar a perda da massa muscular que ocorre impreterivelmente, ao longo dos anos (fenômeno conhecido como sarcopenia), auxiliando na manutenção da força muscular e, consequentemente, da estabilidade, do equilíbrio e da capacidade funcional por toda a vida.

Abandonei a prática do triatlo e da maratona. Muitas pessoas que conheço fazem essas atividades de forma amadora, em busca de superação pessoal e aumento da autoestima, o que tem seu valor.

Sempre é possível adequar os nossos objetivos ao que o conhecimento científico na área da saúde, aponta como mais apropriado.

Nunca se deve esquecer que os benefícios psicológicos alcançados por uma superação pessoal só serão válidos se a saúde for mantida. Sem saúde, nada disso faz sentido.

Gostaria de convencer você a provar a emoção e o gosto do desafio de se disciplinar a fazer exercícios regularmente. Essa comunhão entre corpo e mente faz a gente se sentir pleno, livre e dono de si.

É fundamental sempre fazer exercícios com segurança. Geralmente, tudo começa com um teste ergométrico, feito por cardiologistas habilitados e hoje oferecido na maioria dos laboratórios clínicos, que avalia suas condições cardíacas em situações de estresse físico.

Eu me apeguei à minha disposição física e batalho por ela. Quando se quer realmente aprender uma nova prática esportiva, é preciso dedicar de corpo e alma. Só assim se conseguirá extrair dessa atividade o prazer e todos os benefícios que ela é capaz de proporcionar. A realização é uma consequência direta da dedicação, da disciplina e do bom senso.

O treinamento de força tem um efeito positivo sobre os músculos, ossos e tendões, tornando-os mais aptos e eficientes para enfrentar as tarefas dia a dia. Além disso, a musculação tem um efeito protetor sobre todo o sistema musculoesquelético, o que pode nos proteger das lesões esportivas e dos tão temidos problemas ósseos que costumam acometer as pessoas idosas.

Exercícios de coordenação motora, isso me prepara para situações inesperadas que ocorrem no dia a dia, reduzindo a perda do equilíbrio e da estabilidade ao longo dos anos.

A coisa que mais sinto é a diminuição de equilíbrio. Faço todos esses exercícios justamente para tentar neutralizar essa perda.

Ação, reação e mudanças de direção o tempo todo. Essas tarefas auxiliam no desenvolvimento e na manutenção da saúde do sistema nervoso central.

Mais recentemente, passei também a fazer exercícios de pilates. Quando amigos me perguntavam o que eu achava de pilates, eu respondia: pode fazer, é como homeopatia, não faz mal. E agora eu estou fazendo pilates. É uma nova descoberta, trabalhar mais com isometria, alongamentos e flexões em um número menor de repetições. Vai indo bem.

Para muitas pessoas, é sempre bom tirar um dia de descanso.

O exercício regular feito ao longo da vida proporciona mais saúde por muito mais tempo, li muito a respeito. Faço tantas atividades físicas que meus amigos médicos brincam que, quando precisam de uma consulta nessa área, vêm me procurar.

Nem mesmo a falta de tempo pode ser usada como desculpa. Qualquer pessoa pode reservar algum momento dentro das 24 horas de seu dia para fazer um programa de exercícios.

Reforço a necessidade de escolher atividades que sejam prioritariamente prazerosos.

Como chegar a isso? Qualquer meio que você encontre de movimentar o corpo de forma sistemática e regular, aumentando o gasto energético (consumo de calorias), trará benefícios. Dançar por exemplo, é um exercício excelente.

Pode optar por subir escadas, andar pela rua, pedalar pelo parque ou mesmo fazer faxina em casa.

O importante é não ficar parado.

A atividade física deve ter metas como estimular o sistema cardiovascular, aumentar a força muscular, a flexibilidade e manter o bom funcionamento do sistema nervoso central, permitindo o aprendizado de novos movimentos.

Natação é um exercício excelente, que age sobre todos os músculos.

O importante é variar o exercício. Essa variação, além de ensinar novos movimentos, minimiza os esforços repetitivos em ossos, tendões, músculos  e articulações, evitando sobrecarga constante nas diferentes estruturas corporais.

Falo de resultados que vão  muito além dos benefícios estéticos e promovem o estado geral da saúde, trazendo melhoras no sistema nervoso central, no sistema cardiovascular, nas estruturas responsáveis pelo movimento e no estado psicológico. Tudo comprovado pela ciência.

Pessoas que se exercitam com regularidade vivem e envelhecem melhor.

É importante olhar a alimentação como algo prazeroso mas é importante prestar muita atenção e se esforçar para fazer o melhor para a saúde e para conquistar a longevidade com qualidade.

As pessoas que vivem muito, que tem mais saúde, disposição e energia são pessoas que se alimentam bem, mas comem pouco.

É fundamental você não comer mais do que precisa. O ideal seria até você comer um pouquinho menos.

“Susan, como você consegue se manter tão elegante e em tão boa forma?” Ela respondeu de forma muito simples: “Eu como pouco.”

Não como em exagero, não se sinta cheio, empanturrado.

Como regra, será extremamente prejudicial para a sua saúde, a sua autoestima, o seu corpo e a sua imagem.

O carboidrato deve ser ingerido, mas o de baixo teor glicêmico, e de maneira muito mais contida. Os produtos de alto teor glicêmico são prejudiciais à saúde, farinha branca, açúcar e sal em excesso fazem realmente muito mal.

Sou metódico e consciente em relação ao que escolho para comer, e às quantidades, acho que isso que faz diferença para que eu mantenha a saúde em ordem e uma boa qualidade de vida.

Mas alimentos de alto índice glicêmico e feitos com farinha e açúcar refinado, como o pãozinho francês e os doces, devem ser consumidos com mais parcimônia.

O que engorda não é a exceção, é a regra.

Comer de tudo mas com moderação, se preocupando não apenas com a quantidade, mas com a qualidade nutricional do alimento ingerido. E também combinar essa boa alimentação com a prática e adequada de exercícios físicos. Dessa maneira, ninguém sente culpa após um eventual exagero.

Aos trinta e tantos, eu almoçava com meus filhos em casa e abusava de carnes, frituras, gorduras e molhos brancos. Depois, quando vivia metade da semana em Brasília, aos quarenta anos, era obrigado a almoçar fora com muito mais frequência do que queria.

Nessas ocasiões, muito penosas para mim, colocava no estômago alimentos, que se costumavam uma digestão mais arrastada e comprometiam meu desempenho nos esportes.

Realizar várias refeições ao dia. Não é saudável fazer uma única refeição no dia. Ou devorar mil e quinhentas calorias de manhã e duas mil à noite, pulando o almoço.

Jejuar é o princípio básico para quem quer engordar e ter mau hálito. 

Quando você submete seu organismo a prolongadas abstinências alimentares, ele entende que deve estocar energia para uma emergência. Assim, o corpo se prepara para situações de pouca comida, absorvendo tudo o que pode em cada migalha que você come, prevendo um longo período sem combustível. Se a atitude se repete ele se treina para agir assim estocando gordura.

O resultado é o acúmulo de gordura corporal em locais como o quadril e a barriga, e também em lugares cuja principal função não é estocar gordura, como o fígado. Por isso, o segredo para manter o peso controlado é fazer pequenos lanches ao longo do dia.

Minha dieta consiste em cerca de seis refeições diárias, muito bem balanceadas; lanche pré-treino matinal, café da manhã, lanche matinal, almoço, lanche à tarde e jantar.

Eu como hoje uma porção de oleaginosas sem sal (no meu caso, castanha-de-caju). Essa alimentação pré-treino se torna mais necessária com o passar dos anos, pois, a partir de certa idade, o organismo tem menos capacidade de conservar a massa muscular.

Costumo sempre que possível, ingerir alimentos orgânicos por terem menos carga tóxica.

O foco de uma boa alimentação não deve ser a exclusão radical de determinados grupos de alimentos, mas sim uma combinação equilibrada entre elas, sem restrições ou ingestões exageradas.

Outra confusão comum é achar que alimentos light e diet são apropriados para todas as pessoas, quando na verdade foram desenvolvidos para grupos especiais, como diabéticos e cardíacos, entre outros.

Tenho disciplina alimentar há muito tempo. Mas estou me atualizando. A grande diferença da minha rotina hoje, comparada à de dez anos atrás, quando escrevi meu outro livro, é que reduzi drasticamente a ingestão de carboidratos com alto teor glicêmico, principalmente os feitos com farinha branca e açúcar refinado.

Opto por consumir apenas carboidratos integrais, como grãos e cereais com baixo índice glicêmico, ricos em fibras, vitaminas e minerais.

Opto por frutas com baixo índice de glicêmico, especialmente quando as consumo isoladamente. Com o intuito de melhorar o perfil de gorduras em minha dieta, tenho sido cauteloso quanto ao consumo de carnes vermelhas, devido ao conteúdo de gordura saturada, dando preferência aos peixes, fonte de gordura poli-insaturada ômega 3, e às oleaginosas, ricas em gorduras monoinsaturadas ômega 9, além de minerais antioxidantes, como selênio, manganês, cálcio, zinco e ferro.

Se um alimento não vai fazer bem e não tem um sabor excepcional, para que comê-lo?

O importante é a variedade e o equilíbrio.

O conhecimento e o interesse por assuntos ligados à alimentação vêm crescendo muito. Temos hoje acesso muito maior a informações nutricionais e diferentes tipos de preparos, que desmitificam a noção de que comida saudável é comida sem gosto.

Seu organismo lhe agradece a cada decisão certa tomada à mesa. Você rejuvenesce seu organismo funciona melhor, sua pele melhora.

Investimos em muita pesquisa na Fazenda da Toca, buscando caminhos para viabilizar seu consumo em larga escala e que trago efeito positivo na preservação dos recursos e da diversidade do nosso planeta.

O controle do estresse se dá fundamentalmente pela definição do que é importante e do que não é importante na vida. O que pode de fato me levar ao estresse? Pelo que e por quem vou me estressar?

O primeiro passo fundamental é definir o que é importante. Ensino isso aos meus alunos da FGV.

Primeiro, a minha família e a minha saúde. Depois, as minhas atividades empresariais e esportivas, meu relacionamento com as pessoas, meus amigos.

A única que não está inteiramente sob o nosso controle é o estresse. É um inimigo poderoso e cheio de artimanhas. Age quase sempre de forma sorrateira e, quando nos damos conta, já nos dominou e nos envolveu numa situação difícil. Controlá-lo é bem mais complicado, por exemplo, do que praticar uma atividade física ou do que ter uma alimentação equilibrada.

Por isso para combatê-lo, neste livro, resume-se bem na seguinte imagem: seja o condutor, nunca o passageiro, do carro de sua vida.

Exercer o direito de escolher que rumo seguir, o que fazer a que velocidade andar.

De exercer poder sobre si mesmo. De ouvir o que seu corpo e seu espírito podem que faça.

É saber o que é importante e se permitir chegar o mais próximo possível de suas prioridades da vida. E isso não significa só trabalho. Trabalho é importe você deve fazer algo que lhe dê prazer ou de que possa extrair satisfação. Mas não falo só disso. Na verdade, há muitas outras coisas na vida que devem ser levadas em conta e que precisam estar ajustadas aos seus desejos.

A única pessoa que pode mudar esse quadro é você. Você pode mais do que as outras pessoas, as que andam no banco do passageiro. Quando você identifica fatores causadores do estresse e consegue controlá-los, sua vida se torna bem mais leve. Você se desvia deles, como se devia de um engarrafamento.

Além de trabalhar pesado para superar as dificuldades materiais enfrentadas pela companhia, procurei ajuda médica, passei a me conhecer melhor e a encarar o mundo de uma forma diferente, mais positiva, menos complicada. É você ter consciência de onde vem seu estresse para evita-lo, torná-lo menor ou prevenir-se.

Eu devia mudar minha relação com os aspectos fundamentais de minha vida, com a maneira pela qual me relacionava com o mundo. Naquilo que dependesse de mim, naquilo que estivesse ao meu alcance, eu faria de tudo para manter-me o mais próximo possível da serenidade. Isso é uma atitude de quem procura ser o condutor do carro de sua vida.

Para controlar o estresse, é preciso, antes de tudo, separar o que é importante do que não é importante. Isso parece simples, mas não é. Muito do que você faz nas dezoito horas em que está acordado é absolutamente inútil.  Não agrega nada a você. Ao contrário, tira energia do seu dia, toma seu tempo, consome sua atenção, tira o rumo. Mas você nem percebe, faz automaticamente, trombando com coisas pequenas e chatas: percorrer quilômetros por dia de carro no trânsito, deixar-se levar por uma necessidade de pressa permanente, fazer as refeições em um lugar feio ou barulhento. Há tantas coisas, tantos detalhes.

Cuide de sua agenda. Tente compartilhar suas atividades sob a indicação de prioridades alta, média e nula. Se você conseguir elimina as inutilidades, certamente sobrará tempo para você fazer o que julga ser alta prioridade.

Você precisa mesmo falar pessoalmente com alguém? Não dá para falar por telefone? Não dá para ser uma conversa curta e objetiva? Nesse caso o celular ajuda ou atrapalha? Ajuda. É mais uma comodidade da tecnologia. Mas também com ele temos de saber dizer não: “Desculpe, falo mais tarde com você, agora estou ocupado”.

Organize-se assim lhe sobrará mais tempo para, após o almoço, passar numa livraria, olhar vitrines ou sentar num banco de jardim. Conceda-se minutos de contemplação e calmaria no dia a dia.

Se quisesse manter distância do estresse e impedir que pequenas questões se transformassem em monstros, deveria encarar a vida de uma maneira mais positiva.

Não poderia permitir que contrariedades menores afetassem meu bom humor. Querer impor o meu modo de pensar a todo mundo. Enxerga os acontecimentos pelo lado positivo. Isso é uma tragédia?

Muito pouca coisa na vida pode nos levar de fato a um grande estresse.

Como é grande nossa capacidade de transformar obstáculos minúsculos em muralhas intransponíveis. Normalmente nos irritamos com situações absolutamente corriqueiras, das quais poderíamos nos livrar com a simples decisão de escolher aquilo que tem e aquilo que não tem o poder de nos contrariar. Falo de questões banais. Quer o exemplo de uma? Que casal jamais discutiu por motivos fúteis como a que filme assistir no final de semana ou a que restaurante ir?

Aprender a administrar o próprio tempo e a organizar a agenda de maneira prática e radical, como já disse anteriormente, é um passo fundamental para quem pretende se manter afastado do estresse.

Relação entre o bom gerenciamento do tempo e o controle do estresse ficou muito mais fácil evitar uma série de pequenos aborrecimentos. Administrar o tempo é o tipo da possibilidade que está ai, diante dos olhos de qualquer um, mas que poucas pessoas trabalham para alcançar.

O trânsito não coopera e o atraso causado não pelos engarrafamentos, mas pelo mau gerenciamento do tempo, traz chateação e causa muito mais estresse do que deveria. Não custa nada refletir sobre o verdadeiro culpado por esse tipo de situação e sair mais cedo.

Não ignore o tempo.

Quanto mais você domina o tempo, mais pode usá-lo a seu favor. Mas ele lhe pertence. Isso sim é ter sucesso e não ser um empresário bem-sucedido, um artista famoso ou um cientista ganhador do Prêmio Nobel. Costuma-se dizer que quando Deus criou o mundo, deu o mesmo quinhão de tempo para cada um de seus filhos e a liberdade para que cada um usasse como bem entendesse. O que cada um fez com seu tempo é que gerou a desigualdade entre os homens.

Essa palavra prioridade é fundamental.

Acredito que alguém só consegue ter uma vida feliz e portanto, de qualidade quando se dá ao trabalho de olhar para dentro de si e se conhecer a ponto de definir quais são suas prioridades.

Ter a rotina bem definida e a agenda em ordem é fundamental, isso implica também dizer não.

É necessário evitar as emergências, antecipando-se a elas. Se a pessoa permitir, as emergências acabam se transformando em rotinas. E esse é o pior e o mais estressante dos cenários.

O otimismo ajuda a tornar a viagem nesse caro (da própria vida) muito mais tranquila e agradável.

Se você quiser alcançar uma meta estabelecida, tenha ambições gerais, organize-se e planeje o caminho a seguir.

Não se aborreça com os pequenos problemas, assuma suas prioridades e saiba controlar o tempo, a se preocupar mais seriamente em separar aquilo que faz a diferença em sua vida daquilo que não tem a menor relevância.

Quero ser hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje.

Com maior autoconhecimento, a gente se entende melhor, ajusta os ponteiros e fica mais livre para cultivar o amor, a paixão e as relações humanas em geral.

A psicóloga de Abílio, Dra Iraci Galiás na década de 1990, o nome técnico desse problema é insônia terminal uma das características da depressão.

O exercício foi de uma eficácia tão grande que conseguiu, algumas vezes, uma proeza naqueles dias: me fazer sorrir.

Vejo que os exercícios do autoconhecimento que fiz, especialmente por meio das sessões de terapia, produziram em mim transformações que tiveram o mesmo efeito de contraste daquele conseguindo com a “lista dos medos”.

Quando queremos podemos mudar. Esforçar-se para reconhecer limitações e superá-las é uma das atitudes que tornam nossa vida melhor.

Me livrei da tensão permanente, da ansiedade, da impaciência e consequentemente, do mau humor.

Instrumentos como a análise, que levam ao autoconhecimento são um caminho seguro para você se sentir mais feliz dentro dos próprios sapatos, acho que a consequência disso é ainda mais importante o modo como passamos a compreender as pessoas com as quais lidamos.

Ser feliz consigo mesmo leva uma pessoa a conviver harmoniosamente com as diferenças dos outros.

Se você é intolerante consigo mesmo, é intolerante com todos.

Somos uma construção inacabada. Mas a matéria-prima e o mestre de obras estão em nós mesmos.

É esse ponto de equilíbrio que você deixa de ser passional para ser racional, torna-se persuasivo em vez de agressivo, tolerante em vez de reticente.

A busca do autoconhecimento por meio da terapia sempre fez parte da minha vida relata Abílio.

Encarei a terapia desta maneira e foi uma das decisões mais sábias que tomei na vida

Quando o estresse, a exaustão e uma tristeza pesada tomaram conta de mim, fui parar no consultório da Dra Iraci Galiás.

Os que têm preconceito contra remédios para angústia e depressão convivem com o sofrimento intenso e desnecessário.

Permaneci firme nas sessões. Alguns meses depois o céu começou a clarear. Mantive as visitas à doutora por 12 anos, que a considero uma amiga e devo muito a ela.

Aprendi também que a busca do autoconhecimento não tem linha de chegada. Ela é permanente. E, quanto mais praticada, mais frutos traz.

Como vou empreender se não sei o que quero, se me disperso em dúvidas neuróticas e conflitos inconscientes?

Uso as terapias em particular e o autoconhecimento em geral, como forma de aumentar minha capacidade de realização.

Não há felicidade sustentável se você não cuidar da sua vida íntima. Se você não estiver amando e sendo amado pelas pessoas que estão com você.

O autoconhecimento é fundamental para a gente se colocar no lugar das pessoas, perceber coisas que elas estão disfarçando ou que muitas vezes nem estão percebendo.

Sempre peço a meus terapeutas que me mostrem coisas que não sei sobre mim.

Quero ser confrontado, não quero reforçar minhas certezas, quero ter dúvidas, quero ser questionado e aprender coisas novas. É impossível se manter vivo, vibrante, se a gente fica apegado ao já conhecido, ao já conquistado, ao já ultrapassado.

A fé é o caminho que nos dá direito a uma nova chance sempre.

Minha fé é uma alavanca empreendedora, com o poder de vitalizar, construir, resolver problemas, unir, solucionar e, sobretudo, me colocar no devido lugar perante Ele.

Consulto Deus até na hora de fazer uma negociação empresarial. Peço que ilumine minhas decisões, que me ajude a escolher o caminho certo a seguir. Não peço coisas materiais. Nunca! Considero impensáveis pedidos como: “Quero que minha empresa dobre de tamanho...

O Instituto Península que criamos em 2010 com objetivo de canalizar em uma única frente o investimento social da nossa família, foca principalmente na educação e no esporte, duas áreas capazes de efetivamente transformar a vida das pessoas.

O sofrimento acelera o crescimento das pessoas e as torna mais preparadas para o sucesso.

Amar ao próximo como a ti mesmo é talvez a coisa mais difícil de ser seguida.

O amor canaliza nossa energia. Sua presença em nossas vidas pressupõe troca, cumplicidade e doação.

O amor como tudo na vida é um aprendizado.

Quando nossas competências são estimuladas pelo amor, somos capazes de realizar qualquer coisa muito mais facilmente.


DADOS DO EXEMPLAR LIDO

Título: NOVOS CAMINHOS. NOVAS ESCOLHAS

Autor (es): Abílio Diniz

Edição:1.a Local de Publicação: São Paulo- SP

Editora: Objetiva/Ano: 2002


QUESTÕES ORIENTADORAS PARA FICHAMENTO

1) Qual a mensagem global que o autor deixou para você? Resuma em, no máximo, 4 linhas.

É saber o que é importante e se permitir chegar o mais próximo possível de suas prioridades da vida. E isso não significa só trabalho. Trabalho é importante e você deve fazer algo que lhe dê prazer ou de que possa extrair satisfação. Mas não falo só disso. Na verdade, há muitas outras coisas na vida que devem ser levadas em conta e que precisam estar ajustadas aos seus desejos.

A única pessoa que pode mudar esse quadro é você. Você pode mais do que as outras pessoas, as que andam no banco do passageiro. Quando você identifica fatores causadores do estresse e consegue controlá-los, sua vida se torna bem mais leve.

O sofrimento acelera o crescimento das pessoas e as torna mais preparadas para o sucesso.

2) A partir do que você leu, enumere 10 dicas para você criar excelência para sua vida.

1 - O que é bonito dizer sobre a idade? Que é necessário levar uma vida adequada à idade que se tem. 

Quanto mais vivo, mais acredito que somos aquilo que escolhemos ser.

2 - A paciência sempre foi uma coisa escassa em mim. Nunca tive muita: gosto das coisas acontecendo com rapidez.

3 - Dar banho a um filho pequeno foi uma experiência nova e incrível para mim, então com 77 anos. Precisamos apreender a dar valor às pequenas coisas.

4 - Com disciplina, conseguimos realmente fazer o que é importante para nós, sem perder tempo em desejos que nunca se concretizam.

5 - Foi o amor, no autoconhecimento, na espiritualidade e na fé que me apoiei para construir uma nova realidade familiar com Geyse, com os meus quatro filhos adultos, Ana Maria, João Paulo, Adriana e Pedro Paulo e meus dois pequenos Rafaela e Miguel.

6 - Uma vida de boa qualidade exige mais determinação e disciplina do que qualquer outra escolha do ser humano.

7 -“Quem trabalha muito não tem tempo de ganhar dinheiro”. Aquele que só põe a mão na massa, só se concentra no lado operacional, que não para, não pensa, não medita, tem mais dificuldade de conquistar suas metas. É preciso raciocinar, desenvolver um lado estratégico e só depois passar para a operação, se quisermos resultados mais sólidos.

8 - A busca do autoconhecimento por meio da terapia sempre fez parte da minha vida, relata Abílio.

Encarei a terapia desta maneira e foi uma das decisões mais sábias que tomei na vida.

9 - Essa palavra prioridade é fundamental.

Acredito que alguém só consegue ter uma vida feliz e portanto, de qualidade quando se dá ao trabalho de olhar para dentro de si e se conhecer a ponto de definir quais são suas prioridades.

10 - Como é grande nossa capacidade de transformar obstáculos minúsculos em muralhas intransponíveis. Normalmente nos irritamos com situações absolutamente corriqueiras, das quais poderíamos nos livrar com a simples decisão de escolher aquilo que tem e aquilo que não tem o poder de nos contrariar.

3) Considerando a realidade onde vive, o que você aplicou, imediatamente, assim que leu? (Qual tópico, qual ideia? - cite o capítulo, página e a ideia).

Consulto Deus até na hora de fazer uma negociação empresarial. Peço que ilumine minhas decisões, que me ajude a escolher o caminho certo a seguir. Não peço coisas materiais. Nunca! Considero impensáveis pedidos como: “Quero que minha empresa dobre de tamanho...

Ser feliz consigo mesmo leva uma pessoa a conviver harmoniosamente com as diferenças dos outros.

Se você é intolerante consigo mesmo, é intolerante com todos.

Somos uma construção inacabada. Mas a matéria-prima e o mestre de obras estão em nós mesmos.

4) O que você transformou em si mesmo com a leitura deste livro?

A vida é um conjunto de papéis e atividades, e a sabedoria da vida é você manter esses papéis e atividades em equilíbrio. Não adianta você estar bem numa atividade ou papel e estar mal em outro se esse mal tiver a capacidade de desequilibrar o todo.

Não ignore o tempo.

Quanto mais você domina o tempo, mais pode usá-lo a seu favor. Mas ele lhe pertence. Isso sim é ter sucesso e não ser um empresário bem-sucedido, um artista famoso ou um cientista ganhador do Prêmio Nobel. Costuma-se dizer que quando Deus criou o mundo, deu o mesmo quinhão de tempo para cada um de seus filhos e a liberdade para que cada um usasse como bem entendesse. O que cada um fez com seu tempo é que gerou a desigualdade entre os homens.

É importante olhar a alimentação como algo prazeroso mas é importante prestar muita atenção e se esforçar para fazer o melhor para a saúde e para conquistar a longevidade com qualidade.

As pessoas que vivem muito, que tem mais saúde, disposição e energia são pessoas que se alimentam bem, mas comem pouco.

É fundamental você não comer mais do que precisa. O ideal seria até você comer um pouquinho menos.

5) Quais as mudanças que você se compromete em tornar real a partir desta leitura?

Pessoas que se exercitam com regularidade vivem e envelhecem melhor.

É importante olhar a alimentação como algo prazeroso mas é importante prestar muita atenção e se esforçar para fazer o melhor para a saúde e para conquistar a longevidade com qualidade.

Não há felicidade sustentável se você não cuidar da sua vida íntima. Se você não estiver amando e sendo amado pelas pessoas que estão com você.

Se você quiser alcançar uma meta estabelecida, tenha ambições gerais, organize-se e planeje o caminho a seguir.

Dizem respeito a como nos colocar no mundo. É o autoconhecimento, a importância de olharmos sempre para nós mesmos; o segundo é o amor. Eu não concebo uma vida sem amor. É o que nos traz energia, nos traz vigor, e o que torna a vida realmente bonita: o último trata da importância e da necessidade de nos relacionarmos com a grande força ordenadora do universo – Deus – por meio da fé e da espiritualidade.

6) Se você encontrasse o autor do livro, o que você diria a ele?

Ter um legado e construir uma história é a missão pela qual viemos a esse mundo. Parabéns pela sua resiliência em admitir os seus erros e se expor contribuindo assim com os leitores.

7) Enumere 3 pessoas para as quais você sugeriria este livro e justifique.

Todas as pessoas que sabem que as Biografias enriquecem muito nosso conhecimento e os amantes desse tipo de leitura.

 

 

 

 

 


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