Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

ACEITA QUE DÓI MENOS

ACEITA QUE DÓI MENOS
Simone Belkis
out. 10 - 4 min de leitura
020

Essa expressão já virou filosofia de funkeiros, quero dizer, já se tornou popular na voz de uma musa desse ritmo, mas qualquer semelhança será apenas parte do significado que podemos dar a essa ou qualquer outra expressão popular. O fato é que essa e outras expressões acabam significando muito para cada intérprete (seja cantando, pensando ou escrevendo).

Pois, nessas minhas andanças evolutivas, e um tanto quanto cansativas, acabei por assimilar definitivamente (assim espero!!!) o sentido de "aceita que dói menos".

Entender é fácil e pode até ser divertido, afinal é um convite ao esquecimento, ao "deixa pra lá" (expressão ainda mais popular, embora mais antiga). Porém, assimilar passa por mais que entender, passa por experimentar, com isso chego a conclusão que a outra frase bem conhecida "quer ter razão ou quer ser feliz" vai pelo mesmo caminho.

Essas expressões são, a meu ver, versões diferentes de uma mesma coisa, a necessidade de abrir mão, seja lá do que for. Mas, não podemos esquecer que nossas razões muitas vezes são o motivo da felicidade do nosso amigo Ego. Aí a coisa fica mais complexa, porque nossa exteeeeeeeensa porcentagem de 95% de mente subconsciente não escuta funk (brincadeirinha)!!!! 

Falando sério, o que eu percebi mesmo foi que, inconscientemente, eu apenas achava que ser feliz era ter razão, mas não no puro sentido egoísta de eu ser feliz em detrimento do outro, mas no sentido de crer que os dois poderiam ser felizes juntos simplesmente fazendo a coisa "certa", mesmo que o outro discordasse ou não estivesse capacidado a fazer esse "certo".

Em termos de ideal, eu continuo acreditando que é assim que funciona, mas explico porque não dá certo. Vamos dar um exemplo, imagine que você tem um filho/filha e acredita que ele/ela deve seguir uma carreira X, por N motivos que não veem ao caso. Mas, esse ser iluminado chamado filho/filha bate o pé querendo ser outra coisa, também por uma série de motivos que nao são necessários para o contexto.

Você, como pai/mãe desse serzinho, pode se desesperar, forçar a barra, por acreditar que tem razão em pensar desse modo e querer apenas a felicidade de seu pimpolho, não? Bom, não precisamos ir muito longe para perceber que um dos principais motivos de uma série de problemas no trabalho são consequência de... "carreira errada"

Estou dando um exemplo a grosso modo, até porque nem sou mãe. Mas, acho que já deu para ter uma pequena ideia das consequências de querer o melhor, quando esse melhor é apenas sua visão de mundo (ou da coletividade).

Mas, isso tem um outro nome, e no meu caso o estrago foi grande. Perfeccionismo é considerado hoje um dos "itens" de bagagem das inúmeras doenças emocionais, como depressão, transtornos ansiosos e outras.

Esse era o meu calcanhar de Aquiles, estava disposta a grandes sacríficios (inconscientemente, é claro) para atingir a perfeição... EM TUDO!!!! Bom, antes é importante explicar que o conceito de perfeição pode tomar formas diferentes para cada indivíduo, e nesse caso é preciso avaliar para entender se somos perfeccionistas ou não. Eu sou!!!

Esse em tudo, para mim, significava até eu mesma me autopunir se não o atingisse. Agora imagina minha situação, eu nunca atingi!! Dei meu melhor, fiz todos os esforços, briguei, gritei, chorei e surtei, mas não consegui a bendita perfeição. Mesmo que para os outros tudo estivesse bem legal.

Bem legal não é perfeito!!!

Você já parou para pensar no que é passar uma vida tentando fazer apenas aquilo que é certo, dentro do seu próprio conceito (é claro), uma vez que eu entendo que não existe certo ou errado, mas ainda assim, acreditando que sempre poderia fazer o melhor apenas me obrigando a fazer o ideal? Não deu certo!!

Agora, estou aprendendo a relaxar, a aceitar que se eu ou o outro não pode seguir o caminho do ideal, como por exemplo, esquecer seus traumas, confiar e se jogar naquilo que mais lhe dá medo não é necessário e é uma escolha. Embora tenha seu preço.

Pode parecer tudo muito óbvio, eu diria isso se não tivesse sido um aprendizado pessoal. Então, agora virei adepta definitiva do "Feito é (bem) melhor do que Perfeito".


Denunciar publicação
    020

    Indicados para você


    Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica

    Verifique as políticas de Privacidade e Termos de uso

    A Squid é uma empresa LWSA.
    Todos os direitos reservados.