"Hey, aceita que dói menos querido!"
Como é difícil né?
Mas quando entendemos que aceitar as coisas como são dói menos mesmo, ficamos muito mais propensos a essa aceitação.
Você deve aceitar verdadeiramente sim, mas não precisa querer pra você entende?
Vou dar um exemplo: um pai que abandonou o filho pequeno e foi embora, traz muita dor para a criança e para o adulto que ela se torna. A partir do momento que aceita que aquele pai pôde apenas dar a vida a ela, somente sendo seu genitor, começamos a ressignificar as coisas. Colocamos tudo em seu devido lugar, fica mais leve e não há mais frustrações e mágoas, dor, abandono... você aceita, ordena as coisas, mas não precisar querer para si.
- Ah mas aí eu não consegui entender essa parte.
Essa pessoa não teve um pai, teve apenas um genitor, que ressignificado consegue agradecer a ele de todo coração pela vida, e não querer isso pra si podendo fazê-la ser adotada por um pai.
-Mas eu sou uma adulta, como posso pedir pra ser adotada?
Pode sim. Alguém que durante sua vida ocupou esse lugar de pai amoroso... peça para essa pessoa te adotar.
-Ah mas não tem ninguém assim na minha vida...
Então busque algo que você tenha fé... Deus, o universo... peça para ser adotado por eles. Nosso cérebro entende quando nos colocamos na presença do que queremos. Isso é mudar seu destino, aceitar completamente mas não querer pra si... então ressignificar e com tudo em ordem, conseguir sim ser mais feliz e grato.
Todas as vezes que não aceitamos, criticamos ou ofendemos, nos emaranhamos mais.
Tudo tem sua ordem e sua razão de ser.
Aceitar é treino, mas também é uso muitas vezes da lógica. Quando conhecemos princípios sistêmicos e passamos a entende-los, estamos a todo tempo aceitando e nos curando.
Filhos não devem tomar partido dos pais, somos pequenos e eles grandes, tudo que acontece com eles pertencem a eles, aceitamos.
Muito sobre o saber sistêmico é sobre aceitação, quem aceita de certa forma não exclui, faz pertencer. Pertencer é direito de todos nós. Que possamos cada dia mais aceitar aquilo que não nos compete.
Nos curar fazendo um pouquinho diferente que seja, mas tentando trazer a alegria de volta a nossa vida!