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Ainda que eu fale a língua dos Anjos

Ainda que eu fale a língua dos Anjos
Simone Belkis
out. 6 - 4 min de leitura
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A passagem da Bíblia que sempre me fascinou foi a Carta de Paulo aos Coríntios (1 Coríntios 13-16), mais pela beleza que pela verdadeira compreensão. Precisei viver por muitos anos para finalmente entender e (principalmente) sentir seu significado. E ainda tenho muito que aprender.

Estamos nessa vida, pelo menos esse é o meu entendimento, para contribuir com a evolução do todo, assim como cada célula do corpo cumpre seu papel. E nossa principal tarefa é amar a Deus e a nosso próximo como a nós mesmos, como disse Jesus.

Diante de todos os ocorridos nos últimos tempos, vendo o sofrimento do mundo, podemos pensar que fomos abandonados ou que estamos mesmo pagando nossos pecados. Mas, não acredito nisso. Se para Deus não existe o pecado, tal como o conhecemos, não seremos castigados. Mas, a falta de amor cobrará o seu preço, como manda a justa lei do retorno.

Estamos aos milhares tentando mudar o mundo, sendo solidários, contemporizando a vida, fazendo sacrifícios e acreditando que estamos realmente ajudando nosso próximo. Esse texto não pretende referir-se à cultura do ódio, essa é uma outra face da história. Quero aqui falar do que acreditamos ser o amor. E porque motivos estamos enganados.

Paulo diz: "- Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, sem amor nada serei". Não é difícil compreender o que ele quer dizer, mas é difícil fazer. Porque muitas vezes ajudamos ao próximo por necessidade de aceitação, por carência, por orgulho, conveniência e até mesmo por complexo de superioridade. Não damos de coração, não temos nossa alma livre do ego inflado, do medo ou da raiva. Brigamos pelos direitos com o coração cheio de dúvidas, expectativas, julgamentos. Cobramos atitudes alheias quando nada fazemos de concreto para mudar até a nós mesmos.

Isso não é amar. Mas, não vim aqui para julgar e muito menos condenar aqueles que habitam o nosso mundo (pessoal ou não). Eu acredito que precisamos compreender primeiro o quanto o amor real e incondicional é a única resposta para qualquer tipo de dor. Esse amor (o incondicional) engloba tudo, desde a manifestação mais sublime até a mais simples. Existem apenas formas de manifestação, mas o amor (o verdadeiro) é um só.

E Paulo segue dizendo: "- 4 O amor é paciente e bondoso. Não é invejoso, nem orgulhoso; não é arrogante, 5 nem grosseiro. O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço e dificilmente suspeita do mal que os outros lhe possam fazer. 6 Nunca fica satisfeito com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. 7 O amor nunca desiste, nunca perde a fé, tem sempre esperança e persevera em todas as circunstâncias".

Então, se formos honestos conosco mesmos, entenderemos que ainda estamos apenas na infância do amor, porque somos tudo aquilo que o amor não é. E não porque sejamos maus, somos apenas crianças, como Paulo fala: " 11 - Quando eu era criança falava, pensava e raciocinava como uma criança. Mas quando me tornei adulto deixei as coisas de criança. 12 - Da mesma maneira, nós agora compreendemos imperfeitamente as coisas como se estivéssemos a ver um reflexo num espelho de má qualidade. Mas um dia virá em que veremos de uma forma completa, face a face. Tudo quanto sei agora é parcial, mas depois verei tudo com clareza, como Deus conhece o interior do meu coração". 

Ao que me parece, ainda não chegamos nessa clareza, estamos até muito longe dela. Mas, podemos alcançá-la olhando com dignidade a nossa imperfeição. Sem auto-julgamentos, sem auto-condenações, mas olhando para nós, já que o próximo é apenas nosso espelho.

É preciso despertar, pois que já se faz tarde demais. Já perdemos muito, já deixamos tempo demasiado passar olhando apenas para nossas mazelas, como crianças que choram por não ter  o brinquedo que mais desejam, sem saber que o presente do amor será sempre maior e mais valoroso. Porque só: " 13 -  Há três coisas que hão de perdurar: a fé, a esperança e o amor. E destas, a principal é o amor". Pense nisso.


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