Estou vivendo uma história que daria um livro tipo romance açucarado, com direito a lágrimas e quem sabe um final feliz (ou não). Mas, não vim aqui para falar disso e sim do que tenho aprendido sobre compromisso. Eu, como quase todo mundo, creio que viver uma história de amor faz parte do processo da vida e é o desejo de muita gente.
Pois bem, também penso que seja um dos relacionamentos mais difíceis, pois que pai, mãe, filhos a gente "não" escolhe (não de forma consciente), amigos a gente vai experimentando, mas amor de casal é uma escolha mais complexa, porque envolve um tipo de intimidade que vai desde a nudez do corpo até a nudez da alma.
É bem verdade que a maioria dos relacionamentos de casal sempre foram criados por conveniências, antigamente, econômicas para o sustento das famílias, união de heranças e etc. E hoje em dia, por conveniências econômicas individuais, por conveniências emocionais, e em uma pequena parte, por amor mesmo.
Mas, são raros os casais que se unem porque estão comprometidos tipo para o que der e vier. Quando muito, um lado está disposto a ir até o fim, e não estou falando de ir até às últimas consequências não, viu?
Estou falando do compromisso de construir uma relação. É que como nos contos de fada, a gente acha que o amor é algo que vem pronto e embaladinho para presente (e isso não é uma metáfora, pois que eu descobri que era isso mesmo que eu sonhava). A gente pensa que o amor vem pronto ou então não é.
Esquecemos que a paixão é só o "preâmbulo" (além de ser como aquela teia que pega (várias) mosquinhas distraídas, hehe). Faz parte se apaixonar, mas o que fica depois é o que se poderá chamar de início do amor, se não sucumbir com o término da paixão.
Enfim, tudo isso já sabemos. O que não sabemos é que compromisso implica ser responsável não pelo outro, mas pela relação. É prestar atenção naquilo que torna firme o estar com alguém. E isso implica em maturidade, que implica em autoconhecimento e... a lista é grande.
Então, amar parece algo difícil demais, porque parece que só tem deveres obrigatórios e direitos aleatórios. Mas, não é assim, compromisso não é isso, amar não é isso. Pelo menos, eu acho que não.
Acreditamos por tempo demais que papel e aliança eram garantia de alguma coisa, mas só servem à sociedade e para avisar se o Crush é comprometido ou não.
Entendi que para eu amar alguém, primeiro eu preciso curar minhas feridas emocionais e não usar o relacionamento para curá-las. É certo que a cura é um processo, e que o parceiro até pode ajudar, mas para isso é preciso estar consciente das feridas, porque senão o risco de abrir e infeccionar é certo e garantido.
Se tenho medo e dúvidas a respeito de mim mesma ou sobre a pessoa com quem desejo estar, preciso compreender antes o porquê e não simplesmente deixar para trás. Eu preciso saber o que quero!
Saber o que quero, o que tenho a oferecer e o que estou disposta a fazer é o caminho para amar alguém.
Posso me apaixonar por várias pessoas, mas se tiver maturidade suficiente, poderei escolher a que mais tenha a ver com meus projetos, desde que me encaixe nos dela também.
Você pode pensar que isso tira o encanto da paixão, mas se tira, abre os olhos para a realidade que o amor não é algo para nos preencher, o amor é um compromisso que duas pessoas assumem, porque a energia do amor que elas construírem irá ajudar a fazer do mundo um lugar melhor.
Isso é compromisso. Isso é amor.