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AMOR INTERROMPIDO

AMOR INTERROMPIDO
Ivanda Oliveira
mar. 10 - 4 min de leitura
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Se nós soubéssemos como o amor é frágil...

Não sei em qual momento isto se passou em minha vida, mas como minha irmã nasceu 11 meses depois de mim é fácil concluir... Hoje é possível com o conhecimento das constelações ver como busquei este amor por toda a minha vida. Muitos outros emaranhados foram descobertos.

Fui uma criança triste que achava que meus pais não gostavam de mim.

Tudo fiz para ser amada, a lealdade estava em mim.

Me lembro bem de como eu, depois de separada com 3 filhos para cuidar sozinha,  sofria por não ter a minha mãe comigo. Ela "morava" comigo e eu sentia a falta dela. Ela nunca estava quando eu realmente precisava. Sua filha precisava de companhia, de afago, e isto eu não tinha. Seria fácil dizer a ela e tudo seria resolvido, mas eu não sabia dizer, aliás eu nem percebia que eu queria o seu amor.

Parti para um segundo casamento e este sofri de alienação parental dentro de casa e tortura psicológica velada. Um excelente pai, embora ciumento até com o filho.

Uma depressão profunda me derrubou. Eu só queria carinho e proteção dos meus pais e isto eu não tive. Mais uma vez fui à luta em busca de ajuda, sozinha.

Uma repetição de separações em família, um sistema de separações. Mulheres que não sabem conviver com a figura masculina.

Comecei a trabalhar tarde e já tinha 3 filhos.

Ah! Como eu chorava. Chorava todos os dias como uma criança por ter que sair de casa sozinha e ter que enfrentar um mundo que não conhecia. Hoje percebo que meu choro era de desespero porque eu queria gritar ao meu pai pedindo socorro.

Eu não saía de casa e de repente estava na rua enfrentando o mundo.

A minha criança ainda precisava de colo...

Um dia papai me disse, na adolescência: "Você tem que ficar em casa e cuidar de tudo, você não vai trabalhar agora." Eu já tinha arrumado um emprego.

Quem vai trabalhar são as suas irmãs e você, quando precisar, vai saber se virar.

Pensei que ele não me amava.

Como foi difícil me virar e superar todos estes sentimentos. Fui a luta e fui bem sucedida, nisso ele não errou. Fui bem sucedida por necessidade e não por realização e sofri muito para enfrentar as barreiras. Eu queria ter sido médica.

Levei minha mãe para a minha casa. Sei que não basta estar perto, tem que estar no coração. Saber em que momento nossos filhos precisam de nós e saber dar a atenção necessária. Nós filhos temos que dizer: "Eu quero colo."

Um dias destes, depois deste evento maravilhoso, o da constelação em minha vida, eu disse a minha mãe:

Mãe, eu te amo! Eu vejo a sua luta e tudo o que a vovó e vovô passaram. O quanto a senhora sofreu e foi guerreira! E como a vovó também sofreu com uma separação de um marido que a agredia.

Tudo aquilo que eu queria, ela também queria. Nosso sistema é de mulheres sofredoras que não puderam realizar seus desejos.

Eu a abracei choramos muito juntas. Como isto foi importante. Constelamos nossas dores e o movimento de cura.

Foi uma bênção.

Hoje ela me recebe com uma alegria imensa, me dá vontade de carregá-la no colo e dançar com ela. Sabe o que aconteceu em seguida?

Um dos meus filhos me enviou um vídeo, chorando, dizendo exatamente tudo isto para mim também. Ele não sabia porque de repente sentiu tudo isto.

Ele ainda não sabe sobre a constelação. Choramos juntos.

Gratidão a Deus por este conhecimento ter chegado a tempo.

 


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