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AMPLIANDO A VISÃO DO CUIDADO COM A BELEZA EM TEMPOS DE PANDEMIA

AMPLIANDO A VISÃO DO CUIDADO COM A BELEZA EM TEMPOS DE PANDEMIA
Angela Helena Bona Josefi
mai. 6 - 3 min de leitura
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Durante tantos anos, uma manicure cuidava das minhas mãos (e dos pés), e hoje vejo que cuidava da minha alma também, porque sentir-me bem, bonita, arrumada, ajuda-me a arrumar e embelezar a alma. Agora vejo o quanto o trabalho dela sempre me valeu nesse aspecto tão sutil do autocuidado. Então, nesse período de isolamento por causa da Pandemia, penso que é bom continuar enviando a ela o valor mensal referente ao seu trabalho comigo, afinal, esse valor faz parte do que lhe garante o sustento. Talvez ela pense que a estou ajudando mas, na verdade, estou ajudando a mim mesma, porque isso me faz bem. Entretanto, já que não é possível contar com o seu precioso serviço e, ao mesmo tempo, não é possível deixar de cuidar da beleza do corpo e da alma, estou reaprendendo uma coisa que fazia com tanto prazer (e mais facilidade) na adolescência: cuidar das minhas próprias unhas (e do meu corpo), para me sentir bem.

E ao fazer isso, aciono memórias que não são somente minhas mas de outras mulheres do meu sistema familiar: minha mãe, minhas avós, bisavós... mulheres que se sentiam interiormente belas quando se viam arrumadas, que se sentiam capazes de quase tudo porque quase tudo se fazia em casa. E cuidavam da casa – em que tudo se fazia. E a beleza da alma brilhava nos seus olhos, nas suas mãos, nos seus passos... na sua casa. Eu achava a minha mãe tão linda quando a via pintar as unhas, enrolar os cabelos, passar rouge no rosto (coisas só para mulher adulta), usar vestido tubinho para ir à missa ou para ir a uma festa cantar em dueto com meu pai. Ela ficava com um semblante alegre e brilhante, diferente daquele do cansaço de quando chegava da roça. Arrumar-se, ir à missa, cantar com meu pai, ver a casa organizada e brilhando deixavam-na mais bonita. Hoje sei que a sua beleza externa refletia o brilho da sua alma, e que cuidar da elegância exterior arruma ainda mais a beleza interior.

Aliás, organizar e fazer brilhar a casa, agora também é por minha conta, já que a pessoa que me auxiliava nisso desde que os meus cinco filhos eram muito pequenos (hoje eles já cuidam de si e das suas casas), também ela precisa ficar em sua casa. E para que ela possa ficar em casa e cuidar de si e dos seus, precisa que seja mantida a sua remuneração. Se eu conseguir fazer isto, tenho certeza de que me sentirei mais elegante diante da visão de mim mesma (ou da minha consciência) e, por que não dizer, do Criador. Assim, abro melhor os olhos e vejo a quem e em que mais posso ajudar. Vejo que dentro dos meus limites, há algo que pode ser feito para cuidar da beleza exterior e interior, minha e de mais alguém.  Peço a Deus que enquanto faço isso – e rezo, medito e estudo para cuidar do espírito – a Sua Graça limpe e purifique a minha alma de tudo o que possa ofuscar o brilho da vida que Ele me deu.


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