“Olinda, gostaria que você falasse sobre o que os animais representam no sistema de quem os acolhe. Quando os animais adoecem com doenças graves que também atuam no sistema familiar da pessoa que o adotou.”
Os animais, assim como outros viventes fazem parte do sistema onde pertencem e vivem.
Mais que outros reinos, os integrantes do mesmo reino estão muito mais interligados, por uma questão de organização neurológica.
Portanto, é mais comum um animal estar em ressonância com os humanos da família a qual pertence, do que plantas ou pedras.
Entretanto, isso também pode acontecer.
Precisamos pensar que tudo está interligado, que tudo tem ressonância, que tudo se comunica o tempo todo.
É muito provável que todos já passaram ou sabem de alguém que passou por um livramento: um acidente que quase aconteceu e um animal da família foi atropelado em período muito próximo.
Comigo mesma isso já aconteceu. Meu irmão iria viajar para América no dia onze de setembro, sua cachorrinha ficou comigo. Foi no dia do atentado às torres gêmeas – World Trade Center, o fatídico 11 de setembro. Seu voo foi cancelado. Assim como todos os outros. Voltamos para casa. Sua cachorrinha saiu rapidamente do portão e voltou carregada por trabalhadores que cuidavam do asfalto da rua. Tinha sido atropelada. Infelizmente, faleceu.
Poderia relatar também outros fatos curiosos aqui. Entretanto, segue somente mais um:
Era eu adolescente, tinha ido para faculdade, sentia tantas saudades de casa, desenvolvi um problema de pele, como era de se esperar. O amor de minha mãe me fazia muita falta, o contato, o dia a dia.
Nessa mesma época ganhei uma cachorrinha que permaneceu na casa de meus pais. O nome dela era Nikita, uma homenagem à música de Elton John.
Então, ela desenvolveu um problema crônico de pele e morreu ainda muito jovem em decorrência de problemas imunológicos. Felizmente, estou bem e contando aqui a história.
Também já ouvi falar de povos que têm em sua tradição uma medicina sistêmica. Eles simplesmente pedem para um animal que carregue a doença de um humano integrante daquela comunidade. Se for algo grave, o animal pode morrer. A pessoa melhora.
Geralmente, é uma pessoa que faz isso. Eu desconfio que quem se comunica com o mundo humano e animal é uma pessoa com bastante estado de presença, amor e empatia. Consegue ser ouvida pelo coração da manada, dos outros viventes que de modo inocente, podem trabalhar uns para os outros.
Sabemos que todos somos um. E todos, todos, sem exclusão, sem distinção, trabalhamos uns para os outros, trabalhamos para que todos estejam bem.
Por isso devemos respeitar todos os viventes, também os animais e as plantas, o solo e os outros minerais. Todos os reinos vivem em sinergia para o bem de todos.
Isso é maravilhoso, é admirável e espantoso.
Também já presenciei muitos que enquanto estão trabalhando inclusão de pessoas que foram anônimas ou esquecidas, pensam que estão fazendo isso de modo tão bonito, e romântico. E planejam viagens, inclusão de nomes, colocam retratos na parede. Tudo isso é muito válido.
Mas, aparecem em suas casas pássaros feridos, animais doentes ou velhos, ou mesmo filhotes. São oportunidades de completar verdadeiramente, de tirar a vida da teoria. Nem sempre esses sinais são vistos, essas oportunidades são aproveitadas.
Geralmente, os animais representam os excluídos, os ignorados, os desamparados, os que não tiveram amor incondicional dentro dos sistemas.
Você já teve experiências assim em sua vida? Gostaria de ler seu relato.
OLINDA GUEDES é mãe da Nina e Camila Maria, apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras. É mãe de mais outros cinco príncipes na terra, e quatro anjos no céu.
Um dia sua mãe disse que se tivesse filhos seria menos apegada aos animais. Errou.
Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola de Saberes Úteis. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável.
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