Fiquei sabendo sobre a Constelação Familiar em 2018, por indicação de uma médica psiquiatra que eu havia procurado na época, pois estava com sintomas de depressão.
Na época estava mergulhada em mágoas de minha mãe, pai (não tanto), do ex-marido, devido a um litígio que se estendia por mais de dois anos (e que atualmente não se resolveu) além disso, não entendia o ciclo repetitivo que estava vivenciando na minha vida em relação às sogras.
Enfim, não vivia o presente e a ira só aumentava diante dos conflitos.
Então, o que me motivou inicialmente foi saber que este método terapêutico me ajudaria a curar feridas do passado.
Pesquisei a respeito, e apesar da sua complexidade, achei interessante e aumentou meu desejo de mudança, queria constelar, e assim, marquei uma sessão individual com bonecos, na verdade não gostei da experiência, ou seja, não alcancei nenhum objetivo; mas não desisti e fui participar em grupo e me senti tocada a continuar o processo.
Eu me surpreendi quando participei como representante na constelação em grupo, e assim não desisti, me interessei cada vez mais pela Constelação familiar, até conhecer a Olinda Guedes; fiz a imersão e depois me matriculei no curso.
A Constelação me ajudou a perceber dinâmicas que esclareceram minhas questões não por me trazer respostas diretas, mas por me fazer entender que todos estamos respondendo tanto a um problema atual, quanto a situações que foram herdadas de relações com outras pessoas, em outros momentos de vida.
É importante tentar se abrir para esse olhar abrangente e ver o problema a partir do sofrimento de cada um dos envolvidos, ao invés de focar somente no "meu" sofrimento.
Dessa forma, a Constelação familiar tem contribuído, cada vez mais, para que eu entre em contato com a minha essência: buscar viver em harmonia, sabendo acolher com amor e respeito a minha própria história dentro do sistema.
Como constelada, pude ter conhecimento das origens dos meus problemas, dentro da hierarquia dos antepassados, resultando, por consequência, nas situações atuais pelas quais passava.
O aprendizado em Constelação Familiar me permitiu sentir que eu pertenço, e que cada indivíduo do meu sistema também pertence. Ter consciência do que estava oculto, me fazendo olhar para a vida com uma força que eu não sabia que tinha.
Portanto, neste processo de mudança, escolho e me permito atuar de forma assertiva e equilibrada ao me relacionar com os demais e como enfrentar essas situações conflituosas, sair da consciência pessoal e ir para a consciência grupal.
É preciso deixar de lado crenças, conceitos, verdades, dar lugar a todos, sem julgamentos, e respeitando a ordem de cada um dentro do sistema familiar.
#RCCFR