O destino não significa condenação, fatalidade, muito menos uma espécie de proibição que nos impeça de fazermos as nossas vontades, ou de fazermos diferente do "script". Destino, conforme as orientações sistêmicas, tem a ver com " reconhecimento de território". De onde viemos? Para onde é possível irmos?
Os sofrimentos corriqueiros, situações repetitivas, crises existenciais formam as pistas que direcionam a orientação para as respostas às dúvidas levantadas. São essas pistas que chamamos de memórias transgeracionais, sofrimentos e dores que já aconteceram, e não ficaram resolvidos pelo sistema, e transmitem as crises existenciais ao longo dos destinos das próximas gerações.
Por meio do nosso rumo, o destino, é que percebemos a qual contexto pertencemos, em que tempo estamos, quais as ferramentas, habilidades, recursos, dons, talentos e disposições estamos mais propensos a utilizar para lidar com as crises existenciais.
Toda pessoa que decide olhar para o desconforto das crises existenciais da ancestralidade, são pessoas, que quase sempre, são consideradas "predestinadas" ou dotadas de recursos para a solução, pois são aliados da generosidade, da sabedoria e da cura.
A memória transgeracional é o nosso mapa do destino, e está nos apontando as chances de cura para os traumas do nosso sistema. Quando existe um tempo de sofrimento, uma época de insatisfação, esse é o momento que temos condições de aproveitarmos para fazermos as mudanças necessárias rumo à solução, e prosseguirmos na evolução do sistema, fazendo pelo nosso sistema, o que ainda não se tinha consciência para fazer.
Libertar os que vieram antes de nós e libertar os que estão por vir, é para isso que experimentamos as crises existenciais nos nossos destinos pessoais. Nós mudamos as nossas histórias com esses episódios de dores e sofrimentos, ao reconciliarmos com aquilo que não estava sendo acolhido.