Neste módulo e através dos estudos das constelações familiares pude perceber que o que tem adoecido a família e os indivíduos é o amor. Aprendi que existe o amor que adoece e o amor que cura. Bert Hellinger nos ensina em seus livros que para o amor dar certo ele precisa de ordem, a qual consta abaixo:
- Hierarquia;
- Pertencimento;
- Equilíbrio (entre o dar e receber nas relações).
Durante o módulo II, a mestra Olinda Guedes nos traz em prosa uma profunda aprendizagem acerca das lealdades invisíveis, mostrando como podemos viver emaranhados numa vida de sofrimento em lealdade àqueles que amamos, nossos pais e familiares.
Também Hellinger nos ensina acerca do amor cego, também chamado de amor infantil, que consiste num amor leal da criança que lhe dá uma sensação de pertencimento. Para as crianças, pertencer é mais importante que sobreviver, e o que as crianças querem é amar e serem amadas, serem vistas pelos seus pais. Sendo assim, ela ama de uma forma que adoece, tomando para si os sofrimentos e pesos que seus pais carregam.
Como a Olinda diz várias vezes: Antes da felicidade, os pais. De certa forma, ser leal ao nosso sistema nos traz a sensação de dignidade. É muito difícil caminhar mais longe e mais alto, nos permitir o sucesso e a felicidade, quando vemos dor, escassez e infelicidade em nosso meio familiar.
Por exemplo, em um sistema onde todas as mulheres fracassam em seus casamentos e são infelizes em sua vida amorosa, é muito difícil e pesado ter um casamento feliz e abundante, sem se sentir deslocada. A felicidade então, torna-se um peso e traz medo de deixar de pertencer àquele sistema. Assim como é difícil tornar-se alguém de sucesso e próspero, quando viemos de um sistema de pessoas que sofreram muita escassez ou que não possuem conhecimento intelectual.
Ao conhecer as constelações compreendi que existe uma maneira mais eficaz de pertencer, vivenciando um amor que traz cura para nosso sistema. Quando nos conscientizamos da nossa lealdade cega podemos fazer uma profunda reverência a todos aqueles que vieram antes, que mesmo em meio a luta, sofrimento e privação conseguiram com muita valentia e força, passar a vida adiante.
Quando reconhecemos e aceitamos como a vida chegou até nós, podemos dizer a eles: Eu lhes presto homenagem, eu vejo a luta e o destino de vocês e agora que a vida chegou até mim, vou fazer algo incrível com ela em memória a vocês. Peço que me abençoem se eu escolher viver de uma forma leve, feliz e abundante, carregando em meu coração a história de cada um de vocês.
Assim caminharemos direcionados para a vida e encontraremos no amor a força e a cura, não só da nossa vida, mas de todo o nosso sistema.
Referências Bibliográficas:
- As Ordens do amor, Bert Hellinger;
- Olhando para a alma das crianças, Bert Hellinger.