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CARTA ÀS MINHAS RELAÇÕES

CARTA ÀS MINHAS RELAÇÕES
Liana Utinguassu
jan. 6 - 3 min de leitura
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Escrever sempre foi uma grande cura para mim, e hoje mais ainda, uma grande ferramenta para constelar. Este ano tem sido para mim o de mergulhar fundo... Observar o que nunca permiti ser observado e cuidado em mim mesma.

A virose mundial me trouxe isto.

Vivi mundos distintos, entre culturas e tradições diversas, mas não olhava para mim mesma, somente para os outros. Estabeleci com estas tantas relações entre mundos um vazio dentro de mim mesma. Necessitava olhar para mim, de verdade! Sei que nesta vida interagimos todos, ou ao menos era para assim ser, porém, fui muito além de interagir. Transcendi fronteiras, pedindo licença para que jamais eu invadisse, mas descuidei sim, de muitas invasões que se davam em meu ser.

Esta publicação não tem quaisquer arrependimentos, vivi intensamente o que seria altruísmo, espiritual, físico, mental, emocional... Também não busco enaltecer estas ações. Fiz o que fiz porque assim senti o coração.

Certa vez um parente me disse que eu havia nascido sem canoa. Eu não entendi, em princípio, mas acreditem, hoje eu entendo. Acredito que fazemos certos acordos antes de nascer. Um dos acordos que fiz, certamente continha jamais esquecer onde estou e com quem estou.

Dentre muitas lições, ainda me deparo com sombras que me fazem ver a luz. Ainda sei que é difícil quando alguém que amamos se vai. Esta lição de que amar é deixar ir é uma lição profunda que vem muitas vezes mostrar que não acolhemos o que precisávamos dentro de nós.

Tenho lido muitos textos lindos e profundos. Alguns vão ao cerne da questão, mas são todos parte do que compõem o entendimento. Tudo é bem vindo...

Sei que agora é a hora de eu olhar para esta mulher de 58 anos que tanto tem para revisar e renovar em sim. Morri e Renasci muitas vezes e seguirei daqui com outras bagagens, agradecida por todas estas relações. Recordo de cada momento, cada rosto, cada cerimônia e de cada "esquecimento" também. Sim, às vezes a gente vive o esquecimento, a falta de irmandade, de generosidade, mas isto é do humano, somos imperfeitos.

Há ditados antigos que se referem às pegadas que deixamos, ou o que realmente importa, que é como caminhamos. A herança que fica é esta, sem dúvida.

Muitas vezes o que se precisa é simplesmente parar, relaxar, escutar a voz que ecoa. Não esqueçamos de nós, não esqueçamos que só conseguiremos doar se nutrirmos em nós mesmos este sentir, verdadeiramente.

Acredito este novo ano sinaliza que é preciso olhar para esta matriz e refazer em nós todo o percurso.

Que possamos renascer para o novo amanhecer!

 


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