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AS NOITES ESCURA DA ALMA - ABANDONO

AS NOITES ESCURA DA ALMA - ABANDONO
tania Monteiro Lopes
mar. 25 - 3 min de leitura
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Quanta luz estou tendo agora com esse estudo de constelações sistêmicas.

Comecei perceber minhas noites escuras quando aos 8 anos de idade fui morar na casa de minha irmã mais velha. Eu queria muito estudar, aprender ler e escrever. E morar longe de meus pais era a única alternativa que eles tinham para que eu pudesse frequentar a escola. Eu estava empolgada com a ideia de ir para a escola que nem pensei na falta do aconchego do meu lar. 

Os dias foram passando, a saudade foi apertando e as noites escuras chegando. O tempo custava a passar, eu contava os dias até chegar as férias para eu poder voltar para casa. Meus pais me visitavam pelo menos a cada dois meses. E nesses momentos a noite escura clareava, e tão logo eles iam embora, as noites escuras voltavam. E mais uma vez aquele sentimento de abandono. Sentimento esse que me acompanhou por muitos anos. 

As noites escuras foram muitas, em várias fase do meu viver. Pânico, ansiedade, tristeza, raiva, solidão.... Tinha uma coisa que me confortava: Saber que um dia tudo isso ia passar, que eu ia voltar pra casa e ocupar o meu lugar.

Hoje eu sei  onde  tudo começou....

Minha vó materna, quanto medo ela deve vivenciado quando foi tirada de sua terra, do conforto do seu lar, para viver num lugar estranho com 5 filhos pequenos, com a promessa de uma vida melhor.  Quanta dor e saudades ela sentiu em deixar minha mãe para trás, e nunca teve a oportunidade de conhecer nenhum de seus netos.

Minha mãe aos 18 anos de idade, grávida de seu primeiro filho, sendo deixada por sua mãe, o quanto ela se sentiu abandonada. E nunca teve a oportunidade de visitá-la por conta da distância e por ter tido um filho a cada ano. E a dor que ela sentiu ao saber que sua mãe estava morrendo e ela não pôde dizer adeus, porque só soube mesmo que sua mãe havia falecido dois meses depois, porque meu pai na tentativa de protegê-la não lhe contou que recebeu uma carta dando a notícia. Ela descobriu sozinha, quando desconfiou que não chegava mais cartas, foi procurar e a encontrou escondida nas coisas de meu pai. Que choque, que tristeza, e mais uma vez o sentimento de abandono.

Depois de muitos trabalhos terapêuticos fui juntando meus pedaços, me curando, me preenchendo de amor. E as noites escuras foram ganhando cores vibrantes. Hoje, especialmente nesse momento, meu coração vibra de amor por todos que vieram antes de mim. Sou tão grata por essa oportunidade de conhecer a história dos meus ancestrais e saber que posso honrá-los, me curando, e me permitindo ser feliz.

Gratiluz!

Tânia

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