As duas primeiras ordens da ajuda apontam para uma postura de humildade, que exige do ajudante muita atenção e presença.
A humildade de perceber e respeitar os próprios limites internos no dar e tomar, e a humildade de se submeter às circunstâncias predeterminadas pelo destino e somente interferir apoiando enquanto elas permitirem.
A Primeira Ordem nos remonta à Força do Equilíbrio, pois se trata de dar apenas o que se tem e pegar para si somente o que necessita. Dessa forma, quem ajuda e quem é ajudado são beneficiados. A segunda Ordem dialoga com a Força da Aceitação, pois nos convida a enxergar a realidade tal qual ela é, com as suas limitações.
Quando reconhecemos o verdadeiro e concordamos com ele, não precisamos colocar as nossas ideias ali.
O desequilíbrio destas ordens também traz dificuldades no processo de ajuda.
O principal arquétipo da ajuda, segundo Hellinger, é a relação entre pais e filhos. Por isso, é muito comum que as pessoas acreditem que devem ajudar como se fossem pais que auxiliam seus filhos pequenos.
Também aqueles que solicitam ajuda, muitas vezes, esperam recebê-la como se viesse de pais para os filhos, ou seja, exigem, inconscientemente, receber aquilo que seus pais “deveriam” estar lhe dando.
Dessa forma, é comum que o ajudado projeta no ajudante a imagem de seus pais, e o ajudante projeta no ajudado a imagem de seu filho.
Diante desse contexto, surge a Terceira Ordem da Ajuda: adulto perante adulto.
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